sexta-feira, 29 de abril de 2011

INVESTIDORES EUROPEUS E CHINESES DE OLHO NO MERCADO IMOBILIÁRIO BRASILEIRO


Dos investidores estrangeiros que estão de olho no mercado imobiliário brasileiro, seja de empresas ou de fundos de investimento, os ingleses, os europeus e os chineses parecem demonstrar maior apetite nos grandes centros do País. Para unir projetos e oportunidades a esses investidores, a Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico (Adit) realizará, em maio, a sexta edição da feira Adit Invest, com que espera movimentar R$ 2,3 bilhões.

"O número é 30% maior ante os negócios realizados em 2010, e deve-se principalmente ao bom momento do mercado imobiliário brasileiro, que está sendo reconhecido mundialmente", afirmou Luiz Henrique Lessa, presidente da Adit. Para ele, é notável o crescimento de demanda dos investidores. "Temos grandes oportunidades em termos de espaço no Brasil", disse ele.

Além de atrair aportes na área residencial, as grandes obras voltadas à área de infraestrutura nos setores de aviação, transporte e saneamento básico contribuirão para que os investidores estrangeiros continuem a ver o Brasil com bons olhos.

De acordo com Lorena Gomes Leite, especialista em investimentos imobiliários e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), esse interesse decorre de circunstâncias como a crise internacional que desvalorizou imóveis em alguns países, mas se refletiu em atratividade nos emergentes, pelo franco crescimento. "E o Brasil tem trabalhado com políticas de promoção e atração de investidores internacionais", lembra ela.

Uma das provas da tendência de que o olhar estrangeiro realmente está nos imóveis nacionais vem dos portugueses do grupo Avistar, que se associaram à construtora nacional Teto Planejamento para erguer um prédio de 110 apartamentos para a classe C. Outro exemplo do interesse externo no País está no fundo de investimento inglês Charlemagne Capital, que junto à alagoana Record Engenharia anunciou a construção de um edifício de 312 unidades no nordeste. Já a britânica RG Salamanca foi além: fechou com a Ecocil, empresa de capital nacional instalada no Rio Grande do Norte, 14 prédios para a classe média, em que prevê mais 25 mil unidades para o "Minha Casa, Minha Vida".

Fonte: Paula Cristina/DCI

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