quarta-feira, 28 de julho de 2010

"BUILT TO SUIT" - UMA ESTRATÉGIA DE DESIMOBILIZAÇÃO DE ATIVOS!


A utilização crescente de operações denominadas "built to suit" - na qual o investidor constrói um prédio de acordo com as especificações do usuário que utilizará o bem por longo prazo, pagando ao investidor uma remuneração determinada - e de "desimobilização" - através da qual um proprietário vende o imóvel para um investidor, alugando de volta para utilização por longo prazo - integram o fenômeno que podemos denominar como "financialização" ou "refinancialização" do mercado imobiliário brasileiro, através do qual o setor, após uma radical segregação imposta por duas décadas de hiperinflação e juros estratosféricos, volta a ter sua lógica de ordenação e de desenvolvimento fundada em premissas ditadas pelo mercado financeiro.
Estas transações são orientadas por motivações de natureza financeira, econômico-comercial e tributária. As razões financeiras estão associadas à atratividade do investimento, já que a rentabilidade das locações comerciais já pode igualar e, no futuro, potencialmente superará com facilidade a taxa real de juros que se projeta para os anos seguintes a 2010, estimada pelos economistas em 3,5% ao ano.
As razões econômico-comerciais dizem respeito às diferentes expectativas de retorno que possuem os investidores em renda fixa e os empreendedores comerciais e industriais. Vale dizer, enquanto o capital aplicado em imóveis espera-se render entre 7% a 9,5%, segundo prazos e riscos associados, os empreendedores esperam que seus negócios industriais os remunere com taxas que variam de 15% até 25%. Desta forma, resta evidente que os recursos do empreendedor, se escassos ou limitados, devam ser prioritariamente aplicados na atividade-fim ou no giro do negócio, pois proporcionam retornos superiores àqueles comumente associados à propriedade imobiliária.
As razões tributárias, por sua vez, são relacionadas ao tratamento distinto que recebem as despesas operacionais (de locação) e os custos de depreciação e amortização (atinentes à propriedade) incorridos pelas pessoas jurídicas tributadas pelo regime do lucro real para fins de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Enquanto as locações são integralmente dedutíveis, a propriedade predial admite apenas uma dedução das quotas de depreciação das edificações - de 4,5% ao ano sobre o valor da construção -, sendo irrecuperáveis, para fins tributários, os valores investidos na aquisição do respectivo terreno. Para os não iniciados nas "ciências ocultas" da contabilidade ou nas "letras apagadas" do direito tributário, o afirmado acima significa, em outras palavras, que o pagamento de locação de um prédio, composto de terreno e edificação, tem um efeito redutor do valor do IRPJ e da CSLL a pagar maior do que a simples depreciação permitida pela legislação fiscal exclusivamente para as edificações e em prazo superior àquele do contrato comumente firmado em operações tipo "built to suit" ou desimobilização através de "leasing back".
A desimobilização de ativos libera capitais para reinvestimentos no próprio negócio e gera possibilidades incríveis.
Vejamos os números a partir do exemplo de uma empresa que necessita ocupar um prédio por dez anos, e cujo terreno e construção demandam recursos de capital de R$ 30 milhões, utilizando um financiamento a taxa de longo prazo na faixa de 8% ao ano, pago em 120 prestações mensais, em um prazo médio de cinco anos. A empresa despenderia, ao fim de dez anos, o principal tomado de R$ 30 milhões mais o custo do financiamento - 0,08 X cinco anos X capital, resultando em R$ 42 milhões - menos a depreciação de 4,5% ao ano e a correspondente dedução admitida pelo IRPJ e CSLL para a edificação e para a despesa financeira relativa ao juros do capital mutuado, o qual poderíamos supor como 80% do valor tomado emprestado e aplicado apenas na construção. Neste caso, teríamos, ao fim de dez anos, um investimento líquido e custo de capital de R$ 34,2 milhões.
Se considerado o mesmo valor predial, com o terreno, locado após ser construída ou adquirida segundo especificação ou encomenda do usuário, calculada a rentabilidade do proprietário locador em 12% anuais, teríamos, então, despesas líquidas, acumuladas ao fim de dez anos, equivalentes à soma dos aluguéis pagos, menos o valor da dedução integral da despesa admitida pela legislação tributária. Ou seja, R$ 23,76 milhões. A parcela resultante da diferença de recursos não alocados para obter o uso do imóvel - R$ 34, 2 milhões - R$ 23,76 milhões = R$ 10,44 milhões - fica, então, liberada para ser aplicada no próprio negócio da empresa.
Se admitida uma taxa de retorno interno para o negócio na ordem de 15% anuais contra a mesma taxa de financiamento de 8% anuais, teríamos retornos líquidos oriundos da parcela economizada na ordem de 7% líquidos, os quais poderiam ser reinvestidos no próprio negócio, sucessivamente, pelo mesmo período de dez anos, obtendo-se, com isto, um retorno marginal equivalente a R$ 10 milhões.
Em outras palavras, as utilizações "built to suit" ou oriundas de desimobilização de ativos liberam capitais para reinvestimentos no próprio negócio que, em sua forma sucessiva (composta) ao longo do tempo, gera possibilidades incríveis de crescimento. Veja que, neste exemplo, os ganhos do negócio foram supostamente reduzidos, pois se admitiu que a parcela de diferença foi igualmente tomada no mercado à taxa de 8% anuais. Se, de modo distinto, a diferença de R$ 10,4 milhões estivesse no caixa da empresa para utilização no giro, os ganhos oriundos do reinvestimento em dez anos seriam de R$ 28,8 milhões, e, portanto, idêntico ou superior ao que seria o valor do prédio industrial após dez anos de utilização, caso não houvesse uma abrupta valorização imobiliária no local. Aliás, o potencial de valorização dos ativos imobiliários de empresas comerciais ou industriais é, para a maioria delas, um fator absolutamente irrelevante. Percebem nas suas instalações apenas o valor de sua utilização como geradora dos resultados operacionais positivos, proporcionados por sua atividade-fim ou ramo de negócio específico.
Para concluir, vale lembrar de Sam Walton, o fundador da Wal-Mart -grande usuária de imóveis "built-to-suit" e a ela locados por terceiros-, que disse: "Estou no negócio de vendas a varejo, não no negócio de imóveis. Se tiver que construir uma loja eu o farei. Mas, em seguida, a venderei".

Fonte: Jornal Valor Econômico

domingo, 25 de julho de 2010

ETAPAS PARA UMA VENDA DE SUCESSO!


Nos idos anos 30/40, a técnica de vendas de imóveis era um tanto empírica. Com o desenvolvimento da psicologia aplicada às relações humanas, ficou evidenciada a necessidade de um aprofundamento das técnicas de vendas e de negociação em todos os sentidos, especialmente no caso dos imóveis. Pautados nessas mudanças, os corretores de imóveis mais responsáveis chegaram à conclusão de que uma adaptação em suas velhas técnicas de venda se fazia necessária. E foi o que realmente aconteceu. Vamos definir as bases que modernamente são consideradas como as etapas necessárias para uma venda de sucesso. Podemos dividi-las em seis fases, hoje implementadas pelos Gestores Imobiliários, que apesar de bem definidas são entrelaçadas em diversos momentos. Vejamos:

Fase 1
O atendimento e a análise, se dá quando o Gestor Imobiliário procura conhecer os dados do cliente, de sua família, de seu interesse de aquisição. Ele analisa o tipo de moradia pretendida, qual o bairro e diversos outros detalhes, bem como a disponibilidade financeira, para que possa fazer o diagnóstico do interesse do cliente em relação a sua real disponibilidade.

Fase 2
Feito o diagnóstico, a fase seguinte é da descrição e motivação, quando o Gestor Imobiliário descreve o produto motivando o interessado a fazer uma visita ao local, onde poderá comprovar as informações dadas anteriormente por telefone, internet e/ou pessoalmente.

Fase 3
A demonstração e a motivação é uma das fases de maior relevância, pois vai depender da demonstração (visita) bem feita - cumprindo-se todo um ritual técnico -, para se criar a motivação indispensável à tomada de decisão do provável comprador. Não é suficiente esperar que ele goste do imóvel. O visitante tem de ser induzido a gostar do imóvel visitado.

Fase 4
O fechamento. Observe-se que o fechamento tem de ser feito, em primeiro lugar, nas áreas comercial e financeira, ou seja: negociar o preço, condições de pagamento, prazo de entrega, pertences do imóvel, para depois realizar o fechamento jurídico, que trata então de toda a documentação do vendedor, do comprador e do imóvel. Por esse motivo é que se deve colocar um imóvel à venda somente depois de analisar a documentação para saber se está em ordem para possibilitar a venda, pois caso contrário pode-se fechar o negócio e não efetivá-lo porque a documentação é falha.

Fase 5
A venda da satisfação. Essa é uma etapa muito delicada porque depois do fechamento o cliente está, na maioria das vezes, inseguro da decisão de compra que tomou. O mediador deverá então ter o cuidado de vender a satisfação para o cliente, para que não haja o risco de desistência antes da formalização jurídica do ato.

Fase 6
O pós-venda. Essa última etapa é a que exige do Gestor Imobiliário a defesa de seu patrimônio. Constitui-se, não apenas, em cumprimentar as partes pela realização do negócio, mas sim em dar uma continuidade do atendimento ao cliente, em caráter permanente, para que não se esqueça do profissional que o atendeu a contento. Não podemos esquecer que um cliente satisfeito gera outro, e outro, e mais outro... e essa é uma ótima forma de fidelizar a sua clientela.

Fonte: Ari Travassos

quarta-feira, 21 de julho de 2010

SALVADOR - CAPITAL MUNDIAL


(Para visualizar clique na imagem)
Vinte projetos arrojados que prevêem grandes intervenções urbanísticas para o desenvolvimento sustentável da cidade irão transformar Salvador nos próximos anos, em sintonia com os mais modernos estudos sobre a urbanização e sustentabilidade de grandes cidades do mundo. O projeto, batizado de Salvador Capital Mundial, foi criado por alguns dos mais conceituados arquitetos e urbanistas do Brasil e prevê soluções para o transporte, para o trânsito e para o crescimento da cidade. Serão abertas novas vias de tráfego, implantados sistemas modernos de transporte, revitalização da orla, da cidade baixa, novos equipamentos de cultura, de lazer, de esporte, requalificação e ampliação da estrutura turística. Tudo isso visando melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes.
Alguns projetos foram doados pelos arquitetos e por instituições privadas. Outros foram contratados pelo Governo da Bahia e pela Prefeitura de Salvador. Segundo o prefeito João Henrique, algumas obras já dispõem de recursos disponíveis e se encontram em fase de execução. A meta é preparar a cidade para receber os jogos da Copa de 2014, quando parte dos projetos já estará concluída e, a cidade, em condições estruturais de receber os milhares de torcedores brasileiros que virão assistir aos jogos do Mundial.
De acordo com o prefeito João Henrique, “a Copa de 2014 vai trazer grandes investimentos para as cidades-sedes”, avaliou. Com as obras, “Salvador entra na era de desenvolvimento sustentável das grandes capitais mundiais, preservando tudo aquilo que a transformou na cidade mais amada do Brasil”. Segundo João Henrique, as demandas geradas pela Copa de 2014 indicam que os projetos voltados para a mobilidade urbana e os de infraestrutura na Orla Atlântica serão os prioritários, visando dotar a orla, desde a Barra à Praia do Flamengo, de condições de abrigar novos complexos hoteleiros.
A necessidade de ajustar os equipamentos urbanos da cidade a uma nova realidade mundial, preservando a história e as belezas da primeira capital do Brasil; incorporar o desenvolvimento sustentável a uma cidade que cresce em um ritmo alucinante; e estruturá-la para os turistas, mas com melhor qualidade de vida para seus habitantes, foram os principais desafios enfrentados pelos arquitetos e urbanistas para planejar o futuro de Salvador.
Para a população, o projeto representa a garantia de uma cidade mais humana e confortável, dotada de infraestrutura adequada e em condições de suportar o acelerado crescimento que vem se verificando nos últimos anos. “É preciso começar um processo de revitalização na cidade, criar um movimento em uma cidade com tantos problemas e com demandas cada vez mais urgentes da sua população. Vamos movimentar o comércio, o turismo, gerar empregos e renda, atrair novos investimentos, movimentar a economia e, certamente, todos vão se beneficiar com isso, principalmente a população”, avaliou João Henrique.
Participaram da elaboração dos projetos os arquitetos Sidney Quintela, João Filgueiras Lima (Lele), as entidades Fundação Bahia Viva e Instituto Viver Cidades e as empresas TTC – Engenharia de Tráfego e Transportes, ABFI – Empreendimentos e Participações Ltda., e Empreendimento Costa Espanha.

Os principais projetos a serem executados na cidade

O principal eixo do projeto Salvador Capital Mundial está assentado na questão da mobilidade urbana. Garantir aos cidadãos condições dignas de trafegabilidade e acesso ao transporte público rápido e eficiente são duas principais vertentes do projeto. Com essa preocupação, busca-se resolver alguns dos graves problemas do trânsito e do transporte coletivo de Salvador e Região Metropolitana. As ações estão consolidadas em dois grandes planos: Rede Integrada de Transporte (RIT) e Programa de Obras Viárias (PROVIA).

Rede Integrada de Transporte (RIT)

Esta rede prevê a implantação de um Sistema Multimodal de Transporte de passageiros. As principais ações compreendem a a modernização dos trens do Subúrbio Ferroviário, a complementação da linha 1 do Metrô (Lapa/Acesso Norte), atingindo o percurso de 12 km entre Lapa e Pirajá; a revitalização do Plano Inclinado (Liberdade/Calçada); e, a principal novidade, o Sistema BRT (Bus Rapid Transit), que, em Salvador vai se chamar TransMetrópole. Vias exclusivas vão garantir o transporte coletivo mais rápido e eficiente para a população. Este sistema será operado por ônibus de grande capacidade e com prioridade de circulação no tráfego geral. Prevê redução dos tempos e dos custos de deslocamento, agilidade no atendimento, mais segurança para os passageiros e menos emissão de poluentes.
O sistema BRT foi escolhido para Salvador em razão da sua rapidez e baixo custo de implantação e, também, pela possibilidade de sua modulação e fácil adequação da infraestrutura física no tratamento do sistema viário. Esse sistema está planejado para um total de 135 km de corredores de ônibus. Na primeira fase, serão 36 km de vias segregadas para ônibus, nas avenidas Paralela, ACM, Juracy Magalhães, Barros Reis e Vasco da Gama. Já na segunda etapa, 44 km de vias percorrerão as avenidas Jorge Amado/Edgar Santos, Pinto de Aguiar/São Rafael, Gal Costa, Dorival Caymmi/São Cristóvão e Barroquinha/Sete Portas/Heitor Dias.
Posteriormente, mais 55 km de vias (denominado de “Rota Fluida”) serão implantadas com propostas de adequação viária para dar maior fluidez à circulação dos ônibus e ao tráfego de veículos em geral, abrangendo as avenidas Silveira Martins, Afrânio Peixoto (Suburbana), Orla Marítima, Aliomar Baleeiro (E.V.A.) e São Caetano, dentre outras avenidas. Está prevista também a extensão ao município de Lauro de Freitas, apoiada nos 9 km iniciais da Estrada do Coco (BA-099), e ao Aeroporto Internacional.

Programa de Obras Viárias (PROVIA)

O PROVIA vai solucionar os maiores engarrafamentos da cidade na região do Iguatemi, Bonocô e Paralela e ainda incrementar as soluções de trânsito rápido com cerca de 59 quilômetros de cinco novas vias para o trânsito rápido, sendo as principais a Linha Viva e a Avenida Atlântica. Para isso, serão duplicadas 33 km de avenidas existentes preparadas para receber o Sistema BRT; execução de novas conexões viárias em desnível nos pontos críticos do Iguatemi, Bonocô, Lucaia, Parque da Cidade, Jardim dos Namorados, Jardim de Alah e Paralela.

Avenida Atlântica

A construção desta avenida será uma alternativa à Paralela com 14,6 quilômetros de pista dupla, com 3 faixas de tráfego por sentido, que começa na Avenida Luís Eduardo Magalhães e termina na Avenida Dorival Caymmi, integrando o Centro de Convenções. A previsão é que o tempo total de deslocamento por esta via seja menor do que 20 minutos.
A Avenida Atlântica contará, ainda, com oito conexões com o sistema viário existente: viadutos, alças e rampas, duas ligações viárias simples (viaduto) e uma ponte suspensa sobre o Parque Metropolitano de Pituaçu. A Ponte de Pituaçu passará por cima do Parque de Pituaçu, e será a primeira ponte pêncil do Brasil, com 1 quilômetro de extensão e 600 metros de vão livre, projetada com tecnologia de ponta para ser muito leve e não interferir na paisagem.
A Avenida ainda criará uma ligação direta desde o Centro de Convenções de Salvador e Avenida Luís Eduardo Magalhães até os bairros de Mussurunga e Piatã. Atende também as regiões do Imbuí, Boca do Rio, Jardim Imperial, Parque de Pituaçu, Patamares, Piatã, Alto do Coqueirinho, Bairro da Paz e Aeroporto Internacional. Beneficiará uma população estimada de 430 mil moradores, residentes nas suas áreas de influência direta.

Linha Viva

Nova Via Expressa de Salvador, a Linha Viva será mais uma alternativa à Paralela, com 20 quilômetros de pista dupla, com 3 faixas de tráfego por sentido, ligando Bonocô e Rótula do Abacaxi ao Aeroporto. Construída sob o regime de Parceria Pública Privada (PPP), terá cobrança de pedágio. O tempo total de deslocamento não ultrapassará os 15 minutos, beneficiando uma população de 780 mil moradores, residentes na sua área de influência direta.
Será implantada na faixa de domínio das linhas de transmissão da CHESF, com nove conexões com o sistema viário existente: viadutos, alças e rampas; vinte ligações viárias simples, por viaduto. Também funcionará como opção de apoio à Avenida Paralela, estabelecendo uma ligação direta do Centro Tradicional e Histórico de Salvador ao CIA-Aeroporto (BA-526) e ao novo trecho da Estrada do Coco (BA-099), através de sua conexão com a Avenida Mário Leal Ferreira (Vale do Bonocô), permitindo uma alternativa de trânsito sem necessidade de utilizar a região do Iguatemi. Atende, também, aos bairros de Pernambués, Cabula, Retiro, Saboeiro, Narandiba, Imbuí, CAB, Sussuarana, S. Rafael/S. Marcos, Parque de Pituaçu, “Miolo” de Salvador, Centro Tecnológico da Bahia, Alphaville II, Bairro da Paz, Mussurunga e São Cristóvão.

Nova Cidade Baixa

Um projeto que vai promover a requalificação urbana, ambiental e paisagística do trecho que vai do Campo Grande até a Ribeira. A proposta principal é abrir a frente marítima da cidade para todos, criando espaços públicos de qualidade e o apoio a um sistema eficiente de transporte público que priorize a articulação de todos os setores da cidade baixa e a conexão com a cidade alta. O projeto tem também como objetivos a melhoria das moradias, através da recuperação e ocupação de edifícios e áreas degradadas, e a implantação de uma rede de equipamentos de grande porte destinados à cultura, ao esporte e ao lazer da população.

Via Expressa

É mais uma via rápida que vai ligar a BR 324 ao Porto, no Comércio, passando pela Avenida Barros Reis e Baixa de Quintas e, no futuro, ainda pode ser ligada à Ponte Salvador-Itaparica. Serão 4,3 km com 10 faixas (4 faixas para veículos de carga, 4 faixas para veículos leves e 2 faixas exclusivas para ônibus, além de 3 túneis e 14 viadutos), ciclovia com três metros e quatro passarelas interligando os bairros. Valorização das residências de 400.00 habitantes, diminuição das carretas na região do Iguatemi e Bonocô e solução para os problemas de tráfego na Rótula do Abacaxi, Ladeira do Cabula, Largo dos Dois Leões e Baixa de Quintas.

Orla

O projeto abrange 12 km de praias e requalifica a orla desde o Jardim de Alah até Itapoan. O objetivo é criar novos equipamentos de uso público, padronizar as barracas de praia, oferecer novos serviços aos banhistas e ainda organizar a circulação de transporte, melhorando o trânsito. Em alguns trechos, a pista vai ser ampliada.

JARDIM DE ALAH - Através de via elevada, soluciona o acesso ao Costa Azul e prevê o alargamento e a implantação de um binário na Avenida Otavio Mangabeira. E também a criação de calçadão e deck, ao longo de todo coqueiral, com pérgolas para massagem, aparelhos para atividades físicas e barracas de praia.

AEROCLUBE - Através de via elevada, reordena o acesso ao centro de convenções e cercanias. Na quadra do Aeroclube, está prevista a revitalização do shopping e de toda área com a criação de um centro de música, aquário municipal em formato piramidal, casa de espetáculos e arena para shows. Todo conjunto desenvolve-se a partir de um lago e de ramblas. Nas áreas circundantes, prevê-se a renovação urbana com ocupação residencial e hoteleira.

BOCA DO RIO - Com a retirada do Clube Bahia, será instalado um núcleo de esportes radicais integrado a diversas quadras poliesportivas com infraestrutura de apoio. Será criado ainda uma torre com restaurante panorâmico e píer.

PARQUE DE PITUAÇU - A ideia é interligar o parque à praia, resgatando a continuidade da sua cobertura vegetal, construindo-se um semimergulhão na Avenida Otavio Mangabeira. Serão implantados centro de visitantes, núcleo de referência ambiental, diversos viveiros, além de um borboletário, criando uma amostra viva da biodiversidade local. Estão previstos ainda 2 sistemas de teleféricos que funcionarão sob forma de concessão. Um deles, com 1,5 km, será paralelo à costa. O segundo, com cerca de 2,5 km, interligará a orla ao futuro Centro Olímpico a ser implantado junto ao estádio Roberto Santos.

RIO JAGUARIBE - A intervenção neste trecho será a supressão da via de automóveis da margem esquerda do rio, criando um parque linear.

PRAIA DE PIATÃ - Na ponta do antigo Casquinha de Siri, será criado um centro gastronômico. O coqueiral e as dunas serão preservados e diversos decks com barracas de praia serão implantados.

PRAIA DE PLACAFORD - A partir deste trecho, a Avenida Otávio Mangabeira passará a contar com 3 faixas de rolamento em cada perna do binário, cujo centro está prevista uma área para renovação urbana.

PRAIA DE ITAPOAN - Implantação da Praça da Sereia, revitalização da Praça da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e criação da Praça do Acarajé com um pequeno centro gastronômico. A reordenação viária será feita através de binário. A nova pista à beira-mar vai democratizar o acesso à praia, onde será implantada a área de apoio náutico. O Farol de Itapoan terá o seu entorno revitalizado com a criação de praça e museu náutico.

Promenade Atlântica

Caminho na faixa costeira compreendida entre o Morro do Cristo, na Barra, até a praia das Piscinas das Oliveiras, em Ondina, com aproximadamente 1,5 km de extensão. Serão implantados ciclovia, decks, mirantes, praças, pérgolas, bicicletário, quiosques, equipamentos para prática de exercícios físicos, brinquedos infantis e posto salva-vidas. A utilização de materiais especificados para uso de faixa litorânea, bem como sua correta inserção ambiental, aliado a itens como iluminação feita através da tecnologia de lâmpadas LED, garante uma intervenção sustentável. Ainda em respeito aos cidadãos, os aspectos relativos à acessibilidade estarão igualmente garantidos em sua execução.

Via Histórica

Uma via que liga o Campo da Pólvora, em Nazaré, ao Terreiro de Jesus, no Centro Histórico. A grande novidade desse projeto é uma passarela rolante de 400 metros que vai dar mais conforto a quem anda a pé. O Mercado de São Miguel será reconstruído, e criado um sistema de transporte sobre as encostas, facilitando a acessibilidade e estimulando o turismo com a contemplação das áreas de preservação histórica. O objetivo é revitalizar a Baixa dos Sapateiros, resgatar antigas tradições, atraindo populações de vários segmentos sociais, melhorar sua acessibilidade, incorporando toda a região às principais áreas de preservação histórica.

Terão ainda projetos específicos o bairro de Ondina, Parque das Dunas na Praia do Flamengo, o Parque Tecnológico, a nova Fonte Nova, a Ladeira da Barra, o Cajazeiras Golf Clube, Feira de São Joaquim, Vetor Expansão Oeste, Imbuí e Aeroporto.

DIA DO AMIGO!!!


Ontem foi comemorado o dia do amigo, como não postei nada, segue hoje uma homenagem a esse dia dedicado a uma pessoa tão especial, o amigo.
Em tempo, agradeço os e-mails enviados!

PARA QUE NÃO PAIREM DÚVIDAS QUANTO A BACHAREL E TECNÓLOGO


O texto do CNE que instituiu as Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico já aborda esta questão ao estabelecer a especificidade dos cursos de tecnologia: "o curso superior de tecnologia é essencialmente um curso de graduação, com características diferenciadas de acordo com o respectivo perfil profissional de conclusão". E continua: "a permanente ligação dos cursos de tecnologia com o meio produtivo e com a necessidade da sociedade colocam-nos em uma excelente perspectiva de contínua atualização, renovação e auto-reestruturação".

Os cursos tecnológicos foram concebidos para atender às reais necessidades do mercado e da sociedade. Isto fica claro quando as próprias diretrizes curriculares fazem distinção entre o bacharel e o tecnólogo: "a formação do tecnólogo é, obviamente, mais densa em tecnologia. Não significa que não deva ter conhecimento científico. O seu foco deve ser o da tecnologia, diretamente ligada à produção e gestão de bens e serviços. A formação do bacharel, por seu turno, é mais centrada na ciência, embora sem exclusão da tecnologia. Trata-se, de fato, de uma questão de densidade e de foco na organização do currículo".

Se você já se deparou com questões como “qual a diferença em concluir um curso de graduação com formação em bacharel, licenciatura ou tecnólogo?” ou “quais as vantagens e desvantagens de cada uma dessas opções?”, não se preocupe, você não foi o primeiro e, certamente, não será o último.
Primeiramente, cabe ressaltar que os cursos de graduação estão abertos a candidatos que tenham concluído o Ensino Médio ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo. Além disso, as instituições de ensino deverão informar aos interessados, antes de cada período letivo, os programas dos cursos e demais componentes curriculares, tais como, duração, requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de avaliação.

Bacharelado ou Título Específico
São cursos que habilitam o aluno a exercer uma profissão de nível superior. Alguns cursos de bacharelado oferecem diferentes tipos de habilitação que devem, necessariamente, compartilhar um núcleo comum de disciplinas e atividades. Podemos citar exemplos de cursos de graduação que fornecem diplomas de bacharel ou títulos específicos referentes à profissão, tais como, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Direito, entre outros.

Alguns cursos, por sua vez, concedem habilitações em mais de uma profissão, sendo assim, o curso de Comunicação Social, por exemplo, apresenta habilitações em Jornalismo, Marketing e Publicidade e Propaganda.

Licenciatura
A Licenciatura destina-se à formação de professores para atuar tanto na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental e Médio. No Primeiro caso, incluindo os anos iniciais do Ensino Fundamental, a formação se dá nos Cursos Normais Superiores, podendo também realizar-se em cursos de Pedagogia, quando oferecidos pelas universidades, faculdades e centros universitários.
Nas séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, a formação se dá nas licenciaturas das áreas específicas do conhecimento, como licenciatura em Física, Matemática, Geografia, Letras e demais matérias.
A formação de profissionais da área da Educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica será feita em cursos de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino. Já a formação de professores para a Educação Básica é feita em cursos superiores de licenciatura e de graduação plena, sempre supervisionados pela Coordenação de Formação de Professores, do Ministério da Educação (MEC).
Algumas instituições de ensino dispõem as duas opções aos alunos em determinadas matérias, possibilitando a oportunidade de se tornar bacharel ou diplomado em licenciatura, em determinada área.

Tecnólogo
O Tecnólogo é um curso superior de curta duração, geralmente de 4 a 8 semestres, que objetiva a formação de profissionais para atender campos específicos do mercado de trabalho. Essa opção de formação tem grande procura, pois apresenta cursos em áreas específicas com carga horária inferior, facilitando assim a freqüência dos alunos. Muitos deles, vale ressaltar, já estão inseridos no mercado de trabalho.

Aquele que seguir qualquer uma dessas opções pode dar continuidade ao ensino cursando a pós-graduação Stricto Sensu ou Latu Sensu, dependendo da carreira que pretenda seguir.
Lembre-se que apenas o conhecimento qualifica o profissional, portanto, mantenha-se informado e atualizado, buscando sempre aprimoramento e desenvolvimento intelectual

POLIURETANO FLEXÍVEL CONTRA AS INFILTRAÇÕES


A maioria dos síndicos já começa a ter dores de cabeça só de imaginar que o seu condomínio poderá sofrer com o mal das infiltrações. Também pudera, nesses meses onde são freqüentes as chuvas, qualquer prejuízo que o edifício venha sofrer caso não tenha tomado as devidas medidas preventivas, não será mesmo mera coincidência. Afinal, água não irá faltar! Vazamentos, goteiras, toda a sorte de incômodos que se possa imaginar estarão colocando a paciência de todos à prova. Pensando nisso, aqui vão algumas dicas de como evitar futuros transtornos para os moradores, como quebradeiras, gastos exorbitantes etc. garantindo o perfeito estado das estruturas do seu edifício.

Cuidados básicos garantem a saúde do seu condomínio
Essencialmente, a água poderá ocasionar a infiltração através de três caminhos distintos: por meio de trincas e rachaduras, pelos poros do material e ainda por falhas que este material possua como, por exemplo, brocas, ninhos no concreto e fendas junto às armaduras. Os principais vilões dessas infiltrações são os vícios construtivos, ou seja, defeitos originados no próprio processo construtivo (erro de projeto ou de execução) ou adquiridos ao longo do tempo (desgastes naturais, utilização, manutenção ineficiente, agressões).
Mas se os cuidados necessários para a prevenção não foram seguidos corretamente, não adiantará chorar sobre o leite – ou melhor, a água – derramada. Afinal, só haverá uma alternativa: resolver o problema! Neste caso, o síndico se vê no meio de uma enxurrada de informações e é o responsável em decidir qual será a alternativa ao mesmo tempo mais eficiente e não muito dispendiosa para todos. Há mais de 10 anos, os Estados Unidos e alguns países da Europa fazem uso de um sistema impermeabilizante chamado de Grauteamento Químico (injeção de resinas) – mais conhecido como injeção de poliuretano hidroativado – destinado a resolver problemas de infiltração em reservatórios e estruturas de um modo geral, que impermeabiliza profundamente o interior da própria estrutura.
O Poliuretano Flexível nada mais é que uma resina líquida hidrófoba, ou seja, imune à penetração de líquidos e projetada para acabar com todos os tipos de vazamentos ou infiltrações de maneira profunda. Ele contém um aditivo chamado WD, capaz de quebrar a tensão superficial da água e fazer com que ela seja facilmente desalojada de onde quer que esteja surgindo. Desta forma, é realizada uma rápida colmatação das trincas, fissuras e cavidades no interior do concreto.
Ao entrar em contato com a água/umidade, esta resina promove uma reação expansiva quase instantânea, através da formação de uma densa barreira sólida de espuma com células fechadas – preenchendo e impermeabilizando trincas, fissuras e poros por onde a água tiver acesso. Ideal para ações contra vazamentos/umidade de água em lajes de playgrounds, garagens, túneis, caixas de passagens, poços de elevadores, reservatórios, eletrodutos, cabos de força e telefones. Adesivo e penetrante, o poliuretano desenvolve um profundo trabalho de ancoragem em ambos os lados da fissura injetada. Como conseqüência, promove uma tenaz aderência em praticamente todos os substratos, estejam secos, molhados ou úmidos.

Com as infiltrações, os prejuízos são progressivos
A aplicação é feita através de injeção, em quaisquer trincas, fissuras, ninhos de concretagem, juntas frias, juntas de dilatação e demais formas de surgimento de água. Por se tratar de um produto hidrófobo (repelente), como já foi dito antes, e não hidrófilo (absorvente), o poliuretano não necessita de água para promover a sua expansão. Caso contrário, o seu volume expansivo seria dependente da quantidade de água existente nas estruturas. Logo: pouca água, pouca expansão. Um outro fator bastante preocupante nos produtos hidrófilos, é que o seu volume acabaria sofrendo uma certa retração com o tempo, pelo seguinte: poliuretanos hidroexpansivos hidrófilos, ao contrário dos hidrófobos, têm seu processo de expansão condicionado ao volume d’água existente no interior do concreto. Isso significa que, se houver pouca água, o volume da espuma será pequeno. Muita água possibilitará o desenvolvimento de um volume de espuma padrão, algo em torno de 30 vezes o volume de poliuretano injetado. Traduzindo: a esponja formada pelo poliuretano hidroexpansivo hidrófilo é constituída à base de moléculas d’água e, portanto, sofre os efeitos adversos dos ciclos de secagem/molhagem que toda estrutura hidráulica se submete. Por isso, na medida em que o nível d’água cai ou a superfície do concreto aquece, a água pendurada na cadeia da esponja volatiza ou evapora, fazendo com que sofra retração e torne aquela região permeável novamente ao fluxo d’água.
Outra constante preocupação que envolve a questão da impermeabilização seria a inevitável quebradeira sobre a qual o condomínio estaria sujeito no intuito de resolver as infiltrações. Bem, não necessariamente. Justamente, pelo fato de sua aplicação ser feita por injeção, não há a necessidade de que a parte superior sobre a laje de concreto a ser tratada (pisos nobres, cerâmicas, pedras portuguesas etc.) seja quebrada para que seja aplicada uma manta asfáltica ou algo parecido. Nem mesmo é necessário a retirada de plantas, terra das jardineiras, água das piscinas e reservatórios.
Não há dúvidas de que as infiltrações são capazes de grandes estragos dentro dos condomínios. Um deles é quando elas acontecem na laje da garagem, quando está localizada especialmente logo abaixo de playgrounds. Os resultados mais comuns são: manchas localizadas em forma de elipses (neste caso, geralmente o vazamento está no centro da figura, e é causado por falha de concretagem), manchas lineares (indicam fissura na impermeabilização) e estalactites de carbonato brancas (indicam exatamente o ponto de passagem da água). Esta última ocorre devido à dissolução da cal liberada na hidratação dos silicatos de cálcio do cimento. Esta cal dissolvida, ao chegar na superfície do concreto, é carbonatada pelo CO2 da atmosfera, tendo como conseqüência o aparecimento de tais estalactites.
Este silencioso efeito patológico pode levar os síndicos ao tribunal, pois as estalactites de carbonato são capazes de queimar a pintura dos carros lá estacionados. O síndico, por sua vez, poderá ser obrigado a diminuir o número de vagas em virtude das goteiras corrosivas, e daí em diante serão sempre mais prejuízos... Não devemos esquecer ainda que, além de todos os transtornos trazidos pelas infiltrações, um dos mais sérios é o ataque às armaduras de lajes, vigas e pilares de concreto. O resultado? O comprometimento da estrutura da edificação.

OBS. O primeiro sistema de injeção flexível (GEL DE POLIURETANO) à base de resinas de poliuretano à base de Metil-Di-Isocianatos (MDI) e poliol, foram introduzidas nos anos 70. Desde então, as resinas de poliuretano MDI tem sido sinônimo da mais moderna tecnologia de injeção, comprovado pelas aplicações em várias obras importantes ao redor do mundo.
Resinas de poliuretano MDI permanecem impenetráveis, sendo que a durabilidade das resinas de poliuretano (mais de 20 anos de aplicações no campo) tem sido testada em condições únicas. Mesmo depois de 40 anos da aplicação em um ambiente altamente alcalino, o produto mantém sua elasticidade. Devido a sua alta resistência a produtos químicos, é utilizado em várias situações para impedir que substâncias agressivas infiltrem para dentro da estrutura ou que efluentes armazenados atinjam o lençol freático

DICAS PARA AQUISIÇÃO DE CASA OU APARTAMENTO USADO!


Para muitos consumidores, a aquisição de um imóvel representa a realização de um antigo projeto de vida, um sonho. Por isso, se você está pensando em comprar uma casa ou apartamento usado, procure observar alguns cuidados e procedimentos básicos – que se tornam fundamentais nesta modalidade de aquisição.

Pesquisando sempre

Aliar satisfação, preço justo e qualidade pode não ser uma tarefa fácil. Por meio da pesquisa, o consumidor poderá identificar essas três necessidades, adequando-as conforme sua própria opção.
Assim, é necessário determinar as reais necessidades, disponibilidade financeira, bem como as exigências e expectativas em relação ao bem pretendido.

Analisando a Oferta

Avalie o imóvel, visitando-o durante o dia e à noite. No caso de imóveis localizados em lugares muito movimentados, considere a questão do trânsito e do barulho. Observe se o bairro possui a infra-estrutura de que você precisa (escolas, posto de saúde, iluminação, esgoto, supermercados, farmácias, banco, padaria, etc.) Se possível, vá acompanhado por pessoa que o ajude a verificar alguns itens como: condições do encanamento e rede elétrica; ventilação e iluminação dos ambientes; conservação do teto, do telhado, das paredes e do piso (veja se há rachaduras, vazamentos ou mofo), entre outros.
Verifique a existência de vaga de garagem e o valor do condomínio (no caso de apartamento). Procure informar-se sobre o rateio das contas (água, luz, tevê a cabo, etc.). Analise se a renda familiar é compatível com os gastos fixos da moradia. Lembre-se: o ideal é que o gasto para compra mediante a pagamento de prestações não ultrapasse 25% do orçamento doméstico ou renda familiar.
Casas térreas merecem cuidados especiais quanto à segurança. A existência de terrenos baldios e casas comerciais próximas deve ser bem avaliada, assim como a iluminação na rua.

Investigações importantes

* Certidão Vintenária com negativa de ônus atualizada. Esse documento é fornecido pelo Cartório de Registro de Imóveis competente e informa sobre os últimos 20 anos do imóvel (hipoteca, pendência judicial, titularidade etc).
* Além da Certidão Vintenária, é importante que o comprador tire todas as certidões do vendedor, verificando se ele não contraiu nenhuma dívida que possa comprometer a venda. Essas certidões são:
* Certidão negativa dos últimos dez anos: Informa se o proprietário tem algum título protestado nos dez cartórios da cidade onde reside. Fornece: Cartório de Distribuição de Protestos (em São Paulo: rua XV de novembro, 175)
* Certidão negativa dos últimos dez anos: Informa se o proprietário tem alguma ação judicial ou criminal em andamento ou encerrada, como divórcio e disputa de bens entre outras . Fornece: Forum Central (em São Paulo: Praça João Mendes, sem número).
* Certidão negativa dos últimos dez anos: Informa se o proprietário tem ações civis, criminais e fiscais com a Justiça Federal. Fornece: Forum Justiça Federal Civil (em São Paulo: Avenida Paulista, 1682)
* Certidão Negativa dos últimos dez anos: Informa se o proprietário está sendo processado por ações trabalhistas. Fornece: Justiça do Trabalho (rua Alfredo Issa, 48) .
* Certidões negativas de débito relativo ao IPTU. Certifique-se de que a metragem constante da escritura seja a mesma descrita no carnê.
* Existindo financiamento sobre o bem verifique as condições de liberação ou transferência.
* Informe-se sobre a existência de projeto de desapropriação para a área.
* Solicite declaração negativa de débito ao síndico do condomínio.
* Peça declaração de não condição de empregador e de que não se acha abrangido pelas restrições da Lei Orgânica da Previdência Social e do Funrural nos imóveis urbanos (pessoa física).

Obs.: Normalmente fica a cargo do proprietário apresentação dos itens acima, até por implicarem em custos. A falta das informações podem comprometer a segurança do negócio e acarretar prejuízos.

Contrato

Para aquisição de qualquer tipo de imóvel é fundamental ficar atento ao contrato de compra e venda. O contrato deve ser redigido de forma clara e com caracteres legíveis. As cláusulas que limitem os direitos do consumidor devem estar em destaque. Leia atentamente todo o contrato, observando os seguintes itens:

* Examine o contrato e, na dúvida, solicite esclarecimentos ao vendedor. Se persistirem as dúvidas, antes de assiná-lo, consulte o Procon ou o Gestor Imobiliário que está promovendo a mediação.
* Certifique-se de que todas as estipulações da proposta e os ajustes verbais também constam do contrato;
* O contrato deve conter os dados pessoais do proprietário e comprador, descrição e o valor total do imóvel, forma e local de pagamento, periodicidade anual segundo a legislação em vigor e índice de reajuste, penalidades no atraso de pagamento de parcelas, valor do sinal antecipado, existência de financiamento e todas as condições prometidas pelo vendedor, especialmente a data da escritura;
* Verifique os casos e condições previstas para eventual rescisão.
* Providencie o registro do contrato no Cartório Imobiliário competente. Se o pagamento for à vista solicite a lavratura da escritura definitiva.

Observações importantes no caso de financiamento:

* Verifique antecipadamente se há linhas de financiamento abertas (SFH, Carteira Hipotecária, SFI etc).
* Estabeleça cláusula de rescisão do contrato, fixando prazo e valor a ser restituido em vistas de quantias eventualmente antecipadas, caso não seja obtida a liberação de financiamento.
* Informe-se sobre a composição da renda familiar, pois cada agente financeiro possui regras próprias quanto ao número de pessoas que integrarão a renda, grau de parentesco, percentual do comprometimento da renda, etc.
A compra e venda de imóvel entre particulares é regulada pelo Código Civil, não se caracterizando relação de consumo, nos termos do Código de Defesa do Consumidor.
Ao assinar o contrato, risque todos os espaços em branco e assine todas as páginas. Solicite que o contrato seja datado e assinado na presença de testemunhas qualificadas e do vendedor. Exija na hora uma via do contrato original, reconhecendo firmas de todas as assinaturas, findo o pagamento do preço solicite a lavratura da escritura definitiva providenciando em seguida o registro no Cartório Imobiliário competente.
Antes de concretizar qualquer negócio intermediado por imobiliárias ou corretores, consulte o Cadastro de Reclamações Fundamentadas ou o Banco de Dados do Procon.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

ILHA DE CAJAÍBA BEACH & GOLF RESORT - O MAIS NOVO COMPLEXO TURÍSTICO DA BAHIA!


Local: São Francisco do Conde (BA)
Empreendimento: Ilha de Cajaíba Beach & Golf Resort / Complexo hoteleiro
Investimento: R$ 1.3bi.

A vocação náutica da Baía de Todos os Santos começa a despertar, de fato, a atenção de investidores. O Grupo Property Logic, com sede em Málaga, na Espanha, anunciou a implantação de um complexo turístico na Ilha de Cajaíba, no município de São Francisco do Conde. Serão sete hotéis de alto padrão, cujos investimentos podem ultrapassar 500 milhões de euros, ou R$1,3 bilhão. O empreendimento deverá ser construído em quatro etapas, e a expectativa é que sejam gerados seis mil novos empregos diretos.
A segunda maior baía do mundo deverá ser o novo vetor do crescimento turístico do estado, depois do litoral norte e do sul. Com o empreendimento – Ilha de Cajaíba Beach & Golf Resort –, o turismo baiano será reforçado com mais de 6,3 mil apartamentos, além de 604 vilas turísticas em 20 glebas. O projeto inclui ainda campo de golfe com 18 buracos, marina, campos esportivos, shopping e serviços, centro educacional, spa, heliponto, centro eqüestre, piscinas, campo de futebol, quadras de tênis, além de outros equipamentos voltados para os esportes náuticos.
O arquiteto baiano André Sá, que está desenvolvendo o projeto, acredita que este será o primeiro de grandes complexos que deverão ser implantados na Baía de Todos os Santos. “Temos um grande destino náutico, que será, sem dúvidas, o melhor deste segmento no país”, afirmou. Ele lembrou que a região conta com 52 ilhas com potencial para o desenvolvimento de novos projetos. Todos deverão atender aos rigores da legislação ambiental.
O complexo da Ilha de Cajaíba, segundo Sá, vai ocupar 500 hectares, de uma área total de mil hectares. O acesso de São Francisco do Conde vai ocorrer através de balsas e lanchas. “Haverá ainda uma marina de atracação”, informou.
A Property Logic é uma empresa de desenvolvimento imobiliário com projetos de resorts de luxo no Marrocos e no Brasil. Foi fundada em 2005 e é de propriedade integral e gerenciada pelos seus três fundadores: Sean Cusack, Margus Reinsalu e Joop Huisman. Este último, inclusive, esteve em Salvador discutindo o projeto. Desde a sua formação, a Property Logic já lançou 11 empreendimentos com um valor final acima de 400 milhões (euros), ou R$1,04 bilhão.

Ilha de Cajaíba - A Ilha de Cajaíba, além das belezas naturais, preserva sua herança cultural e histórica. Segundo informações da Bahiatursa, ainda estão em bom estado de conservação a casa grande, senzala, engenho de fábrica e as centenárias palmeiras imperiais do local. A mansão é datada de 1712, e foi a residência oficial do 3º governador geral do Brasil, Mem de Sá; do historiador e precursor do movimento bandeirante no estado, Gabriel Soares, além do Barão de Cajaíba, comandante da Sabinada, revolta liberal em favor da Independência da Bahia. Ao todo, são 8km de extensão, que incluem ainda vegetação composta por reserva de mata atlântica, plantações de cacau, árvores frutíferas e manguezais.

XIII FÓRUM IMOBILIÁRIO


INFORMAÇÕES GERAIS

DATA E LOCAL

27 de Agosto de 2010 Othon Palace Hotel (Salão Ondina)

INSCRIÇÕES E INVESTIMENTO

R$50,00 (Cinquenta Reais) Valor por participante
Obs.: - Será revertido 40% desse valor em doação para o Hospital Aristides Maltez.
-Inclui: Material de apoio, pasta, coffee break, certificado, sorteios, show e coquetel.

Pagamento através de cheque nominal ou depósito identificado em nome do CRECI-BA, na Caixa Econômica Federal, Ag. 1236, Op. 003, C/C. 2332-0, após o pagamento enviar cópia do comprovante bancário para o fax. 3172-8525, identificando o remetente com o nº do CRECI do(s) participante(s).

Obs.: Evento para o Corretor de Imóveis em situação regular com o CRECI-BA.

As inscrições e pagamentos podem ser feitos também no escritório da CIN e/ou no CRECI-BA.

CIN - Educação Empresarial Av. Tancredo Neves, 274 – Centro Empresarial Iguatemi, Bloco A – Salas 711/ 712 Tel.: 71. 3172-8500 - www.cinrh.com.br

CRECI - BA Av. D. João VI, 289 – Brotas – Salvador/BA. Tel.: 71. 3444-1471

Obs.: VAGAS LIMITADAS. Favor fazer a inscrição e pagamento antes da data do evento.

PROGRAMA

27 de Agosto – Sexta-feira

9h15 Credenciamento, café de boas vindas e Expo

10h Abertura oficial e apresentação de VT´s dos Patrocinadores
. Samuel Arthur Prado – Presidente do CRECI-BA
. Eliene Freitas – Presidente do SINDIMÓVEIS-BA
. Manoel Teixeira – Presidente da ABAI-BA
. Nilson Sarti – Presidente da ADEMI-BA

10h30 Palestra

I – “AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS:
O Mercado de Trabalho e Metodologias de Avaliação".
. Frederico Mendonça – Corretor de Imóveis. Perito Avaliador. Advogado, Pós-Graduado em Gestão e Liderança – UFPE. Autor do livro: Avaliação de Imóveis – Teoria e Prática. Professor Universitário.

II - “ALUGUEL E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS: Equívocos que não Devem ser Cometidos."
. Nilson Araújo – Corretor de Imóveis. Advogado, Pós-Graduado em Direito Imobiliário/UFBA e em Políticas Estratégicas-UNEB. Autor do livro “O Corretor Vencedor". Professor Universitário.
Mediador: Noel Silva - Corretor e Gestor de Imóveis. (NNova Imobiliária)

12h30 Almoço (Livre) – Expo

14h30 Painel
“MERCADO IMOBILIÁRIO EM EXPANSÃO COM SUSTENTABILIDADE: Tendências, Perspectivas e Oportunidades"

. A Visão do Mercado Financeiro – Aristóteles Alves de M. Júnior – Superintendente da Caixa Econômica Federal/Bahia
. A Visão do Empreendedor/ADEMI - Nilson Sarti - Empresário e Presidente da ADEMI/Bahia.
. A Visão do Corretor de Imóveis – José Azevedo- Corretor e Empresário (Ello Imóveis e REMAX)

Mediador: Antonio Caramelo - Arquiteto e Urbanista.

16h30 Coffee Break - EXPO

17h Homenagens

. Elbergar da Silveira Bahia (in memoriam)
. Sizenando Rubem Cerqueira (in memoriam)
. Renato de Carvalho Moreira

17h30 Palestra de Encerramento
“LIDERANÇA E ATITUDES VENCEDORAS: Diferenciais de Sucesso na Vida Pessoal e nos Negócios"
. Carlos Hilsdorf – Um dos melhores e mais requisitado conferencista da atualidade no país. Economista, Pós-Graduado em Marketing-FGV. Autor do sucesso editorial “Atitudes Vencedoras".

19h Solenidade de Encerramento do Fórum

19h30 Show humorístico “ O Corretor Indignado"
. Frank Menezes – Ator da peça de sucesso “O Indignado"

20h15 Coquetel de Confraternização c/música – Dia do Corretor de Imóveis.

Fonte: Site CRECI Bahia

domingo, 18 de julho de 2010

CRESCE A PROCURA POR CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS


Empreendimentos que diminuem as agressões ao meio ambiente são tendência no mundo todo, estimulando a procura pelo selo LEED, de sustentabilidade
O conceito de sustentabilidade está presente em diversos setores da sociedade e tem conquistado o respeito da construção civil. No entanto, são poucos os empreendimentos brasileiros com o selo LEED, voltado para edificações sustentáveis. A razão, de acordo com o Green Building Council (GBC) Brasil, instituição responsável por conceder a certificação de sustentabilidade, é o custo inicial elevado dos materiais de construção para esse nicho.
No entanto, de acordo com o gerente de marketing da rede de lojas Leroy Merlin, Marco Gala, a venda de produtos voltados para a construção sustentável cresceu 30% no último ano. Isso pode significar o início do processo de mudanças em favor do meio ambiente. O gerente técnico do GBC Brasil, Marcos Casado, concorda com a afirmação: “há algum tempo já existe no mercado essa nova demanda por produtos com menor impacto ao meio ambiente”.
- Selo LEED
Certificado pelo GBC, o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) é concedido às edificações que proporcionam economia de recursos naturais (água, energia elétrica, etc), que não degradam novas áreas verdes e que sejam construídas em torno de estações de transporte público, para evitar o estímulo à poluição.
Atualmente, existem 16 empreendimentos no país certificados e outros 180 registrados para obter o selo. “Apesar do crescimento da procura pela certificação e também por materiais sustentáveis esses números representam apenas 1% do mercado brasileiro”, avalia Casado. Os trabalhos do GBC Brasil iniciaram em 2008 e a certificação LEED foi adaptada à realidade brasileira.
- Investimento futuro
Os produtos que causam menor impacto ao meio ambiente possuem um valor mais elevado, no entanto, o investimento compensa, afirma Marcos Casado: “são produtos com alta eficiência energética e baixo consumo, além de usarem menos recursos naturais”. Entre esses produtos encontramos arejadores de torneiras, que impedem o gotejamento constante, válvulas de descarga com duplo fluxo (para resíduos líquidos e sólidos), lâmpadas frias (que duram quatro vezes mais que as comuns), além de produtos com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis, de reuso e com conteúdos reciclados.
Casado justifica que a pequena parcela de empreendimentos sustentáveis se deve ao custo da obra, que é cerca de 7% maior do que uma construção convencional. “Porém, não é levado em conta que o investimento é recuperado em, no máximo, três anos devido à redução de custos na operação desses prédios, com economia de água e energia elétrica”, defende o gerente técnico.
- Construção sustentável no Brasil
Mesmo considerando que as construções sustentáveis representam uma pequena parcela do mercado nacional, a procura e a execução destes empreendimentos vêm aumentando. “O conceito da construção sustentável tem crescido exponencialmente no país”, explica Casado. Prova deste crescimento é a procura pelo selo LEED: em janeiro de 2009, existiam 100 empreendimentos registrados para obter a certificação; hoje esse número é de 180.
Além de contribuir para a preservação do meio ambiente uma construção sustentável traz retorno econômico. O custo da obra acaba sendo maior porque utiliza tecnologias mais modernas, como sistemas de aproveitamento de águas pluviais e tratamentos de água, e este valor gasto a mais é recuperado em pouco tempo. “A venda do empreendimento é mais rápida, além da redução dos custos operacionais da edificação”, revela Casado.
Os gastos são reduzidos a partir da diminuição do consumo de água (que gira em torno de 40%), do consumo de energia elétrica (30%) e a redução da produção de resíduos (que atinge 70%). Um exemplo de empreendimento sustentável de sucesso é a agência Granja Viana do Banco Real, em Cotia (São Paulo), que foi o primeiro prédio da América do Sul a receber o selo de construção sustentável.
- Empreendimento sustentável
A agência Granja Viana do Banco Real, em Cotia (SP), foi a primeira edificação a receber o selo LEED no Brasil. Segundo a assessoria de imprensa do banco, a iniciativa de construir um prédio de acordo com as normas da certificação contribui para a imagem da empresa. “É um reconhecimento da estratégia de sustentabilidade que vem sendo disseminada pelo Banco Real”.
- Cobertura Verde: no lugar das telhas convencionais o prédio possui terra e vegetação como telhado, o que melhora o isolamento térmico e acústico. A escolha foi feita com base em espécies nativas e que precisam de pouca água.
- Espaço: um quarto do terreno é ocupado por áreas verdes.
- Água: o prédio possui um sistema de captação de água da chuva, que é reaproveitada nas descargas de vasos sanitários. A estrutura dos banheiros conta com torneiras com sensores e bacias sanitárias com válvulas de descarga duplo fluxo, evitando o desperdício de água. Além disso, o esgoto é tratado e a água aproveitada para irrigação do telhado e da área verde. Com estas medidas o consumo de água potável foi reduzido em 85%.
- Energia: 78% dos ambientes têm acesso à iluminação natural, com redução do consumo de energia elétrica. O prédio utiliza energia solar fotovoltaica e todos os ambientes possuem sensores de presença que desligam a iluminação quando o espaço não está ocupado.
- Materiais: o cimento utilizado na construção foi produzido com resíduos de fornos siderúrgicos, as tintas não continham solventes, os carpetes são feitos com fibras de garrafas PET e a madeira (inclusive dos móveis) é certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC).
- Obtendo a certificação LEED
Para receber a certificação do GBC, a concepção, construção e operação da edificação devem seguir conceitos de sustentabilidade ambiental. “O selo LEED leva em conta questões como espaço sustentável, eficiência do uso da água, energia e atmosfera, materiais e recursos, qualidade ambiental interna e inovação e processos”, detalha Marcos Casado. A construção recebe pontos (no mínimo 40 de 110), e de acordo com esta pontuação, a certificação é enquadrada entre quatro categorias:

- Certificado verde (40 a 49 pontos)
- Certificado prata (50 a 59 pontos)
- Certificado ouro (60 a 79 pontos)
- Certificado platina (80 a 110 pontos)

O processo para obter a certificação LEED é feito, primeiramente, na plataforma online do GBC International. Os interessados devem preencher formulários específicos e enviar toda a documentação, como projetos, memórias de cálculo, relatórios e registros fotográficos. Feito isto, o GBC irá analisar toda a documentação e conceder ou não a certificação.
Conheça as construções brasileiras que já receberam a certificação LEED:
- Banco Real Agencia Bancaria Granja Viana (Cotia – SP)
- Rochavera Corporate Towers – Torre B (São Paulo – SP)
- Ventura Corporate Towers – Torre Leste (Rio De Janeiro – RJ)
- Eldorado Business Tower (São Paulo – SP)
- Morgan Stanley (São Paulo – SP)
- Delboni Auriemo – Dumont Villares (São Paulo – SP)
- Centro de Distribuição Bomi Matec (Itapevi – SP)
- Edifício Cidade Nova – Bracor (Rio De Janeiro – RJ)
- WTorre Nacoes Unidas 1 e 2 (São Paulo – SP)
- Centro de Cultura Max Feffer (Pardinho – SP)
- Torre Vargas 914 (Rio De Janeiro – RJ)
- Escritório Brasken (São Paulo – SP)
- Pão de Açúcar – Loja Indaiatuba (Indaiatuba SP)
- Mc Donalds – Riviera São Lourenço (Bertioga – SP)
- Fleury Medicina e Saúde – Rochaverá Corporate Towers (São Paulo – SP)
- Laboratório Boehringer Ingelheim (São Paulo – SP)

Entrevistado: Marcos Casado, engenheiro civil, Gerente técnico do Green Building Council Brasil

A EVOLUÇÃO DA PUBLICIDADE IMOBILIÁRIA


O brasileiro compra, em média, apenas dois imóveis ao longo da vida. Um investimento tão representativo deveria ser feito com base em informações. Entre os fatores mais importantes estão a segurança e valorização da região, proximidade a pontos de interesse do comprador – como escolas, academias ou shopping centers –, trânsito local, valor do imóveis e formas de financiamento.
Antes de tentar vender um imóvel, uma incorporadora, construtora ou imobiliária deveria entender as necessidades de seu público de interesse e oferecer as informações pertinentes para que o comprador tome a decisão acertada. Curiosamente, a publicidade imobiliária raramente aborda esses temas. Homens-flecha apontando para a localização do novo empreendimento e anúncios que falam de aspectos subjetivos como conforto e tranqüilidade são mais comuns no setor. Essas formas ultrapassadas de publicidade apelam para a emoção do comprador, que pode ceder à influência e realizar uma compra precipitada e mal-sucedida.
Um livro que pretende ensinar os corretores norte-americanos a anunciar chega a propor que os profissionais nunca divulguem o endereço do empreendimento. Na página 33, a razão: “A verdade é que a maioria dos compradores está buscando um motivo para não comprar. Mencionar o endereço no anúncio pode dar esse motivo antes que eles se dêem a chance de conferir se o imóvel é o certo ou não”.
Esconder informações estratégicas tem sido a tática da publicidade imobiliária há décadas. Mas, por sorte, atualmente os investidores já podem obter esses dados online. A web 2.0 oferece a chance de análise de uma determinada vizinhança com base nas necessidades de quem pretende morar ou investir ali. Ferramentas simples como o Google Maps já permitem que as pessoas entendam melhor a região e confiram a proximidade de escolas, hospitais, supermercados ou paradas de ônibus. Outras tecnologias mais sofisticadas oferecem detalhes mais interessantes, como qual é a faixa etária ou a renda média dos vizinhos, como é o trânsito nos arredores e quanto essa região tende a se valorizar ou desvalorizar a curto, médio e longo prazos.
Anunciar é caro, e justamente por isso é uma ação que deve ser bem pensada e planejada. A propaganda mal feita custa dinheiro, custo que a longo prazo as empresas vão repassar para o futuro comprador. Mas não é só o público final que pode se prejudicar. A corporação deve responder à questão “que imagem meus clientes terão de mim com base nas informações que eu ofereço?”. Ela quer ser lembrada como a empresa que acha que um imóvel deve ser comprado porque um homem-flecha conquistou a atenção do comprador enquanto ele passeava de carro? Porque o panfleto impresso antecipa uma vida de felicidade ao lado da família? Porque as mocinhas que atendem o potencial comprador são mais bonitas que as da concorrência?
As empresas só tem a ganhar quando são transparentes e oferecem dados reais que possam valorizar um imóvel. Quando as partes envolvidas no negócio valorizarem o que realmente importa na hora de oferecer ou comprar um imóvel, essa transação terá mais chances de sucesso.

Thomaz Assumpção – diretor da Urban Systems, empresa especializada em análise de dados demográficos em mapas digitais para dimensionamento de tendências em mercados e cidades.

sábado, 17 de julho de 2010

SISTEMAS CONSTRUTIVOS VÃO DEFINIR O SUCESSO DO "MINHA CASA, MINHA VIDA"


Programa habitacional do governo federal estimulou a realização de um seminário sobre as melhores formas de erguer casas boas, duráveis e baratas.
Pré-fabricados saem na frente!

O pacote habitacional Minha Casa, Minha Vida estimulou a realização de um seminário intitulado Tecnologias e Sistemas Construtivos para Obras Econômicas. A questão central do debate foi: como executar condomínios com grande número de unidades, pouca variação de tipologia e margem de lucro apertada?
Incorporadoras, construtoras, órgãos públicos e fornecedores buscavam essa resposta e ela veio através de um dos palestrantes do simpósio: o pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT) Cláudio Vicente Mitidieri Filho.
Engenheiro civil pela Escola Politécnica da USP, doutor em engenharia de construção civil e urbana pela mesma escola e coordenador e professor da área de Tecnologia em Construção de Edifícios do Programa de Mestrado Profissional em Habitação do IPT, Cláudio revela as novas tendências da engenharia para habitações na entrevista a seguir. Confira:

- O seminário do qual o senhor fez parte debateu os sistemas construtivos que podem ser aplicados no pacote Minha Casa, Minha Vida. Já há consenso sobre qual o melhor sistema para erguer casas populares?
O seminário não tratou exclusivamente do programa federal, mas apresentou um conjunto de alternativas que existem no mercado de sistemas e que podem ser aplicados em construções de habitações. Da minha parte, tratei dos aspectos tecnológicos, da necessidade de avaliar os produtos antes de empregá-los em uma obra e quais os principais aspectos técnicos envolvidos em sistemas construtivos.

- Até que ponto as diferenças regionais devem ser levadas em consideração na opção dos sistemas construtivos a serem adotados em construções habitacionais?
De forma geral os aspectos ligados à segurança já estão hoje padronizados em todo o país. Mas os aspectos de conforto, esses sim estão mais regionalizados. Um aspecto que é bastante influenciado pelas diferenças regionais é o do conforto térmico. Outro item é o da durabilidade. Por exemplo: se a construção for numa região urbana terá um certo comportamento, se for numa área litorânea terá outro comportamento. Então, esse debate também é importante para se definir os sistemas construtivos a serem adotados.

- Casas de fôrma, casas 10, casas em pré-moldado... o senhor acha que o Minha Casa, Minha Vida seguirá esses projetos ou poderá adotar sistemas construtivos alternativos?
Tem uma grande quantidade de sistemas no mercado que poderão ser utilizados neste programa. Entre eles, sistemas com paredes de concreto feitos com fôrmas metálicas na obra, casas feitas em painéis pré-fabricados, painéis de concreto, painéis com elementos cerâmicos, casas em sistemas leves de construção. Enfim, tem vários sistemas leves de construção sendo debatidos. Há até casas que empregam produtos em PVC junto com concreto. Mas na realidade o que se busca hoje são os sistemas construtivos mais industrializados. A tendência é de industrialização da construção de sistemas que possam ser feitos de uma maneira mais rápida e que consigam, num espaço menor de tempo, uma produção maior. Isso sem esquecer, obviamente, a qualidade, o desempenho e a sustentabilidade.
Hoje, a questão da sustentabilidade influencia quanto nos sistemas construtivos?
A tendência é influenciar não só o sistema construtivo, mas todo o ambiente construído, todo o entorno. Então, programar um conjunto habitacional hoje exige que se preocupe não apenas com a sustentabilidade da unidade em si, mas com a questão da sustentabilidade da edificação como um todo e do conjunto habitacional como um todo, e de toda a sua interface com a questão urbana. Esse é um aspecto extremamente importante para ser considerado.

- A escolha de um sistema construtivo ideal terá de levar em consideração também a questão da mão-de-obra, correto?
Eu diria que precisa levar em consideração, além da mão de obra, a qualificação desta mão de obra. Tem de estar embutido na questão do sistema construtivo com qualidade, desempenho e rapidez o fator qualidade da mão de obra. Ela precisa ser treinada e capacitada para encarar um programa habitacional de envergadura como é, por exemplo, o Minha Casa, Minha Vida.

- Um sistema construtivo precisa também se preocupar com o desperdício. Neste quesito, os pré-moldados seriam a melhor opção?
Não tenha dúvida de que tem de haver a preocupação com o desperdício, tanto no que se refere ao pré-fabricado quanto nos ditos convencionais. Qualquer sistema que se proponha hoje pela racionalização precisa evitar o desperdício. Daí, lógico, a tendência é que os pré-fabricados saiam na frente neste quesito.
Hoje a tecnologia do cimento no Brasil está bem evoluída. Sob esse aspecto, no que ela pode ajudar a baratear os sistemas construtivos no país?
Eu acho que tem que começar a desenvolver, a aprimorar e a difundir mais a tecnologia do concreto. A indústria de cimento pode auxiliar as empresas a desenvolverem produtos com as tecnologias adequadas de concreto. Hoje o concreto na construção tem várias figuras. Temos o concreto comum com mais resistência, o concreto de corporação de ar, o concreto com agregado leve. Enfim, a tecnologia do concreto permite tipos diferentes através dos mesmos materiais. Ele pode variar através de aditivos usados, tempo de mistura, relação água e cimento. Então, precisa haver um investimento das empresas na questão da tecnologia de concreto para torná-lo um material cada vez mais confiável e, por que não, barato.

- Para finalizar, qual o futuro dos sistemas construtivos diante do apanhado de ideias que o senhor expôs nesta entrevista?
Acho que eles vão ter de se preocupar cada vez mais com a questão da industrialização, com a questão da racionalização dos sistemas, da qualidade e do desempenho desses sistemas. Quando a gente fala em sustentabilidade temos que estar preocupados com a durabilidade. No caso do programa Minha Casa, Minha Vida, tratam-se de unidades que vão ser financiadas em longo prazo. Então, um aspecto relevante é a durabilidade. Outro detalhe importante é a sustentabilidade da construção. Vai ser essa combinação que vai aprimorar os sistemas construtivos das obras.

Email do entrevistado: Cláudio Vicente Mitidieri Filho: claumit@ipt.br

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A TAXA DE INTERVENIÊNCIA PODE SER COBRADA?


Para contextualizar: quando um cliente opta por financiar seu saldo devedor por um banco diferente daquele que financiou a obra, esse último deve assinar o contrato de financiamento como “interveniente-quitante”, para que, dessa forma, o imóvel (apto. ou casa) fique liberado da hipoteca que foi realizada pela construtora, para garantir a construção.
Assim, a interveniência, nesse contexto, se refere ao ato do banco financiador da obra concordar com que você realize seu financiamento por outra instituição financeira.
A questão é que, a maioria dos bancos, no intuito de não perder esse cliente, estipula uma “taxa de interveniência” que pode chegar a R$ 3.000,00 ou, em alguns casos, a 2% do valor financiado.

A pergunta que surge é: A taxa de interveniência pode ser cobrada?

Para o PROCON a resposta é não. Na opinião da entidade “impor ao cliente o financiamento por um banco determinado é como fazer uma venda casada”.

Para que não pairem dúvidas sobre a legalidade da cobrança da taxa de interveniência, o Banco Central explica:
“A Resolução CMN 3.518, de 2007, alterada pela Resolução CMN 3.693, de 2009, estabelece que a cobrança de tarifas pela prestação de serviços deve estar prevista no contrato firmado entre a instituição e o cliente ou ter sido o respectivo serviço previamente autorizado ou solicitado pelo cliente ou pelo usuário.
Assim, se o cidadão não optar pelo financiamento imobiliário com a mesma instituição que também financiou a construtora/obra, não haverá prestação de serviço a ele por tal instituição, não havendo, portanto, justificativa para a cobrança de quaisquer valores do cidadão, por esta instituição.
Por outro lado, a eventual previsão de pagamento ou ressarcimento de custos incorridos pela construtora ou por terceiros, no contrato de venda formalizado entre a construtora e o cidadão, visando deixar o imóvel livre e desembaraçado de ônus, não é objeto de regulamentação por parte do Conselho Monetário Nacional ou do Banco Central”.

Resumindo

Alguns contratos de compra do imóvel apresentam uma cláusula em que o cliente concorda em pagar a “taxa de interveniência”. Nesses casos, cabe uma conversa com a construtora para que ela possa intervir junto ao banco financiador para liberação da cobrança, afinal de contas, ela tem interesse em receber o valor, não importa por qual banco.
Agora, se não consta em contrato, a taxa não pode ser cobrada.

DICA DE LEITURA : "MODELOS DE LAUDOS PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS E RURAIS"



Recebí o e-mail abaixo e repasso a todos os meus alunos e colegas que militam na área de AVALIAÇÕES IMOBILIÁRIAS, referendando desde já a capacidade técnica do autor. É uma publicação necessária, adequada e acessível ao AVALIADOR IMOBILIÁRIO.

Caro Marcos Mascarenhas,

Bom dia!

Estou lançando meu livro "Modelos de Laudos para Avaliação de Imóveis Urbanos e Rurais" e gostaria que você fosse um dos primeiros a saber desta notícia.
Trata-se de uma obra compilada de trabalhos avaliatórios desenvolvidos nestes 36 anos de profissão, atuando como perito judicial, que muito auxiliaram os juízes na decisão de suas sentenças.
Confira no link http://clubedeautores.com.br/books/by_topic/engenharia e se preferir faça seu comentário no blog http://blogs.abril.com.br/laudos, que sua opinião é de suma importância.

Saudações,
Luiz Antonio Sgarabotto

- Ao verificar que no mercado editorial, até o presente momento, não existia nenhum manual de modelos de laudos avaliatórios que proporcionasse auxílio de consulta ao perito avaliador iniciante da engenharia de avaliações, notei que poderia contribuir com os trabalhos por mim realizados. Assim foi que reuni num só compêndio 11 (onze) modelos de laudos avaliatórios, numa compilação que abrange diferentes situações e que englobam desde a avaliação da terra nua até aquelas que exijam um inventário florestal. A coletânea aqui elencada oferece boas dicas de informações para os profissionais que desenvolvem trabalhos na área avaliatória, contudo está voltada especialmente para aqueles que estão a iniciar esta atividade.

Título: "Modelos de Laudos para Avaliação de Imóveis Urbanos e Rurais"
Preço do livro: R$ 49,95
Autor: LUIZ ANTONIO SGARABOTTO

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O PLANEJAMENTO FUNCIONAL do EMPREENDIMENTO A CONSTRUIR


Gráfico de rede PERT para um projeto de 7 meses com cinco marcos (10 até 50) e seis atividades (A até F).
Hoje em dia, a invenção de uma ferramenta enriquece menos uma nação do que um método de organização que permita a eficiente utilização dessa ferramenta. – Louis Armand.

Uma definição clara e universalmente aceita do objetivo é a principal garantia de qualquer administração eficaz. – Gulick.

É antiga, e indisfarçável, a desavença entre os Setores de Produção e de Planejamento nas construtoras. Motivos existem: são incompatíveis as características de intransigência, autonomia e o espírito anti-burocrático do Tocador-de-obra, e dono da razão, de um lado, com as de detalhismo, de alheamento aos problemas do campo, e de Salvador-da-pátria, do Planejador, no outro extremo.
Sem nos prendermos a estes detalhes, mas inclinando-nos a culpar tão somente à qualidade do Planejamento, que fomenta a situação, buscaremos, dentro deste enfoque, sugerir algumas dicas ao Engenheiro de Planejamento para uma maior aceitação e, principalmente, utilização de seu trabalho. Nossos Clientes principais passarão a ser, pois, o Engenheiro de Campo e o seu chefe, o Chefe da Obra.
Este estudo é interessante e importante para os Gestores Imobiliários já que integra a disciplina "Sistemas Construtivos em Empreendimentos Imobiliários", daí a pertinência da sua postagem.

Objetivos e apresentação
O Planejador, antes de mais nada, deve deixar claro que planejamento não é adivinhação e cronograma não é bola de cristal.
As principais funções do Planejamento são de orientação, de estudo, de definições dos métodos construtivos e do caminho crítico, de dimensionamento dos recursos, e de detecção, a tempo, das dificuldades da obra.
Embora sua essência assessorial à produção pesa significativamente para acentuar a diferença entre obra bem ou mal administrada.
O resultado de todo o trabalho, espera-se, deverá ser o mais conciso e simples possível. O Planejamento não se autojustifica e, ainda por isto, não pode ser prolixo. Aqueles que contém excesso de detalhes, inúteis à Produção, são os mais cheios de falhas e que maiores possibilidades têm de não serem acompanhados e converterem-se em malogro e duras críticas. Como deverá também ser dirigido a uma vasta gama de funcionários da empresa, sua linguagem deverá ser a mais abrangente e natural, para ser entendida pelos envolvidos.
Trocando em miúdos: o Planejamento deve ser simples o bastante para o mestre-de-obra poder entender, e curto o suficiente para o presidente da empresa ter tempo para isto.

Os Participantes
Quanto mais pessoas envolverem-se na realização do Planejamento, evidentemente que mais rico em conteúdo poderá se tornar. Além disto, o próprio ato de planejar é um instrutor da obra a ser executada e poderá ser tão ou mais importante que o planejamento propriamente dito, isto é, a papelada gerada.
A simples elaboração de um PERT, por exemplo, acaba mostrando todas as fases construtivas, suas interdependências e dificuldades, e às vezes até como resolvê-las. Além de traçar o caminho crítico, abrirá portas ao conhecimento das mínimas particularidades da obra, requerendo-se, pois, a participação, a compreensão e a anuência da Produção e dos demais envolvidos.

Conteúdo do Planejamento
Não sendo um calhamaço de papel gerado para impressionar a platéia, não se restringirá também à uma miscelânea de cronogramas. A definição dos métodos construtivos é sua mais empolgante missão. Entretanto é onde o Planejador mais peca: ao propagandear os "achados", se muito óbvios, irá se passar por maçante, e não envolvendo os interessados poderá causar o mesmo efeito que o de contar o final do filme.
Toda definição deverá estar embasada em estudos e comparativos de preços, prazos e viabilidade, que lhe darão consistência. Não poderá ser imposta, mas submetida à discussão ou à inteligência de quem irá executar a novidade apresentada.
Os estudos deverão se fundamentar no próprio orçamento da obra, e a garantia do lucro e do prazo deverá ser preocupação constante. A mera detecção das dificuldades, e sua colocação à mesa, já é meio caminho andado.
Os recursos estimados para execução da obra, quando possível, deverão ser confrontados com os orçados. Os índices de produtividade e consumo poderão ser os mesmos do orçamento para se dimensionar a mão de obra, os equipamentos e os materiais.
São obrigatórios também estudos em profundidade sobre as atividades mais importantes. Cronogramas de fabricação das peças pré-moldadas, planos de corte e beneficiamento do aço, viabilidade da fabricação de blocos na obra, opções para se evitar atrasos ou recuperar prazos, metas de faturamento, etc., são estudos que, caso se justifiquem, irão enriquecer em conteúdo o trabalho.
Deverão ser definidas as despesas pessoais e outras sujeitas a controvérsias, como locações de residências, de veículos, viagens, estadias, etc., e também despesas gerais com carretos e transportes, subcontratações, salários, horário de trabalho, etc.
Só após isto os cronogramas poderão ser concluídos e o último deles deverá ser a relação dos custos, despesas e faturamento distribuídos ao longo do tempo. É incompleto o planejamento que não se propõe acompanhar financeiramente a obra.
O Planejamento, sendo direcionado ao atendimento da Produção pode, e deve, incluir itens que orientem as próprias atividades cotidianas do pessoal, como, por exemplo, uma agenda das atividades iniciais do Residente, o custo dos processos sugeridos, a relação dos fornecedores destes processos, etc.
Poderá incluir ainda estudos minuciosos das atividades principais das Curvas A-B-C e dos desvios da proposta orçamentária, e sugerir soluções, ou planos, para as mais diversificadas áreas da empresa, mormente as que envolvam logística, como o recrutamento, as contratações, as possibilidades de transporte do pessoal, etc., além dos planos salariais e de benefícios aos funcionários com envolvimento, neste caso, do setor de RH.

Descomplicando os Cronogramas e o PERT
Os cronogramas são baseados em previsões ou metas em que são lançados índices estimados, distribuídas datas prováveis e recursos mais coerentes. Todos os dados lançados em suas ordens de grandeza, sem a precisão absoluta. O que se procura obter são valores médios e mais prováveis dos recursos a serem aplicados.
A utilização da curva de Gauss em todas as microatividades dos cronogramas é preciosismo inútil, já que estes valores são diluídos já nos arredondamentos. A utilização ou adaptação dos quantitativos ao Gauss é recomendada tão somente nos totais dos cronogramas para que não ocorram incoerências ou saltos bruscos entre períodos.
É errônea a idéia que se faz que o PERT se destina apenas aos grandes empreendimentos. Não há nada que possa condenar seu emprego mesmo para projetos modestos.
São ainda contra-indicados os softwares que geram mecanicamente o PERT a partir de cronogramas de barras. Inferiores a estes em informações, nada acrescentam ao Planejador e ao Planejamento além de volume de papéis, com a desvantagem de se constituir em mais um documento a ser gratuitamente analisado.
O PERT manual, e os que se aproximam disto, mesmo que resumidos, ainda são ferramentas mais eficazes, em virtude também de suas qualidades "instrutivas" sobre a obra, como descrito acima.

Diretrizes para o Acompanhamento e Controle
As funções das programações não devem se estender ao Controle da Obra, já que para tanto são outras as rotinas, e muito menos às do Planejamento. As 3 Matérias deverão ser tratados separadamente e a não observância disto tem sido o erro maior de grande parte dos planejadores.
Aproveitando-se dos recursos da informática, os custos deverão ser dispostos de forma a serem classificados por atividade, por serviço, por período, etc., facilitando o acompanhamento e o controle da obra que juntamente com as programações complementam o Planejamento.
Será sempre preferível basear-se na produção ou nos resultados para controlar a obra. Toda a documentação deverá, sempre que possível, conter colunas adicionais vazias para preenchimento durante o andamento, sendo confrontados os dados previstos com os praticados.
O Controle deve ser voltado prioritariamente ao resultado financeiro e poderá basear-se entre outros documentos gerados pelo Planejamento, nos cronogramas Físico e de Receita x Despesas, e definirá a necessidade de se replanejar ou não a obra.
No mesmo estilo deverão ser feitas as programações periódicas de serviços, com a máxima simplicidade, e voltadas ao subsídio da Produção. As programações com excesso de colunas (serviços programados, não executados, executados a maior, a menor, etc.), além de extremamente trabalhosas pecam por falta de funcionalidade enquanto que a programação descomplicada dá amplo sentido à administração da obra por prestar-se para, além de definir as metas do período, unificar os objetivos comuns clara e coerentemente.

Roteiro básico do Planejamento
• Estabelecimento de prazos e metas.
• Coleta da documentação e informações.
• Reunião com os envolvidos.
• Levantamento dos quantitativos dos serviços.
• Elaboração do Cronograma Físico.
• Elaboração do Pert e estudo dos métodos construtivos.
• Elaboração dos Cronogramas de Recurso.
• Definição dos critérios e regime de contratação do pessoal.
• Definição da tabela salarial e política de prêmios.
• Cotações dos serviços e levantamento dos custos.
• Levantamento dos desvios de custo do orçamento.
• Estabelecimento de metas e da margem esperada.
• Elaboração do cronograma de receitas x despesas.
• Elaboração da agenda dos envolvidos na obra.
• Estabelecimento das diretrizes para o Acompanhamento e Controle.
• Descrição dos textos.
• Montagem da pasta.

Dourando a pílula
Gráficos da produção, histogramas do pessoal, layouts do canteiro, perspectiva da obra, separatas entre as matérias, são indicados desde que sem excessos. Impressão colorida em papel de primeira, que o trabalho faz por merecer.
As particularidades da obra e os valores mais significativos deverão ser colocadas em destaque.
Destituídas de inteligência, as fotografias são indicadas somente para ilustrar algum texto ou idéia, durante todo o Acompanhamento da obra.

domingo, 11 de julho de 2010

ESTÍMULOS FISCAIS PARA INCENTIVAR CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS - PL nº. 34/2007


As prefeituras devem conceder estímulos fiscais ou físicos para incentivar construções sustentáveis nas cidades brasileiras. Isso está previsto em projeto de lei analisado pela Câmara Federal.
A ideia é do deputado Cássio Taniguchi (DEM-PR).
- Ele foi reconhecido internacionalmente com o prêmio Globe Award Sustainable City, concedido a Curitiba em 2000, quando exercia o cargo de prefeito. Mais tarde, em 2007, foi convidado pelo governo do Distrito Federal para montar o projeto do primeiro bairro ecológico do Brasil - o Noroeste, onde a água será aquecida com energia solar e será proibido o uso de chuveiro elétrico.
Ele e outros deputados organizaram o seminário "Construções Sustentáveis", com a meta de fazer o Poder Público seguir princípios sustentáveis e ambientais nas próprias obras e nas que financia.
“A gente tem de dar o exemplo em casa", recomendou ele, em entrevista ao DCI. "Quando o setor público fizer uma concorrência para construir um hospital ou reformular os campos de futebol que serão melhorados para a Copa 2014, todos esses aspectos têm de ser obedecidos", afirmou Taniguchi.
Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:

- Como é o seu projeto que concede incentivos fiscais às chamadas construções sustentáveis?

Bom, não são só incentivos fiscais. Incentivos fiscais pressupõem uma substituição de fontes de receita para atender a Lei de Responsabilidade Fiscal. O meu projeto estabelece estímulos de várias naturezas. Então, por exemplo, em vez de dar incentivo fiscal, que tem todo esse processo de substituição de fonte, pode ser um incentivo físico. Por exemplo, meio andar a mais, o que não vai alterar substancialmente a escala, mas que representa uma vantagem a mais para o empreendedor. Para compensar cinco a seis de acréscimo que ele terá [para construir um prédio sustentável. Então, esse é um projeto em que cada município vai ter de definir as regras do jogo. Porém, o objetivo maior é estimular, ao máximo, que as cidades de uma maneira geral tenham prédios sustentáveis. Um detalhe importante: 80% da população brasileira mora em cidades, e elas são as maiores produtoras de gases de efeito estufa. Quando este projeto foi ao Senado, após ser aprovado na Câmara, a senadora Marina Silva (PT-AC) entendeu que nós teríamos de ampliar um pouco mais, e essa ampliação levou a termos de considerar que bairros inteiros pudessem receber esse tipo de incentivo para que se tornassem também sustentáveis.

- Então, os benefícios são concretos?

Os benefícios vão incidir muito mais, não no construtor, mas em quem vai morar no prédio. O valor da construção equivale a 14% ou 15% de toda a vida útil de um prédio. Se você comprar um imóvel sustentável, vai recuperar esse investimento num período entre cinco a sete anos.

- O que seria, em linhas gerais, um prédio sustentável?

A construção sustentável começa pela escolha do terreno, de tal maneira que a insolação seja adequada. Por exemplo, utilizar energia solar para aquecimento de água; não utilizar chuveiro elétrico, coisa assim, jurássica, em termos de consumo de energia; utilizar captação de água de chuva e reusar essa água, por exemplo, para descarga de banheiro e para limpeza das áreas comuns. Além disso, utilizar a reciclagem do lixo, fazer a coleta seletiva de lixo. É preciso: preservar ao máximo a área verde; não alterar a topografia local; não introduzir plantas exóticas no projeto paisagístico; obter uma certificação internacional que reconheça o caráter ecológico da obra; aproveitar a água da chuva; utilizar energia solar ou outra fonte não poluente; aproveitar ao máximo a iluminação e a ventilação naturais; ter espaço urbanizado para o deslocamento de pedestres; adotar veículos não poluentes nas áreas de circulação (bicicletas, skates, patinetes); utilizar madeira certificada; utilizar produtos atóxicos (tintas ecológicas, por exemplo); realizar coleta seletiva de descartáveis; transformar o lixo orgânico em adubo ou gás.

- O senhor foi autor do projeto do Setor Noroeste, o chamado primeiro bairro ecológico do Brasil, que está sendo construído em Brasília?

Também. O novo bairro segue esses princípios. Inclusive foi elaborado um manual para que, não só durante a construção, mas também a operação, sejam obedecidas todas as condicionantes para que esse bairro tenha sustentabilidade. Como estímulo, a ideia é utilizar um terço da área como cobertura, mas vinculado ao apartamento de baixo. É um duplex.
Na Europa, há estímulos para se montar vegetação nos terraços dos prédios. No caso do Noroeste, os terraços vão receber os coletores solares. Agora, quem quiser fazer um terraço verde, uma cobertura verde, tudo bem, também não tem problema.

- O Noroeste vai funcionar com energia solar?

A parte de aquecimento de água, será, sim, com energia solar - e será proibida a utilização de chuveiro elétrico.
No último seminário sobre construção sustentável, foi defendida a tese de que os editais de órgãos públicos para financiamento imobiliário passassem a exigir também a adoção dos conceitos de sustentabilidade nos empreendimentos.

- Como pode se adotar essa exigência? Será preciso uma nova legislação?

A Lei de Licitações prega que vença quem oferecer o menor preço, quando se tratar de obras do setor público. Então isso se torna um obstáculo. Agora, se a especificação for bem feita, o licitante vai colocar os valores de acordo com uma construção sustentável. Pode ser até em pregão, embora eu ache que seja preciso esclarecer isso muito bem para que não haja dúvidas e o Ministério Público não venha em cima porque se escolheu esse e não aquele.

- E essa possibilidade, de os bancos públicos financiarem apenas construções que estejam dentro desses princípios de sustentabilidade, é viável a curto ou médio prazo?

A gente tem de dar o exemplo em casa. Quando o setor público fizer uma concorrência para construir um hospital ou reformular os campos de futebol que serão melhorados para a Copa 2014, todos esses aspectos têm de ser obedecidos. Por exemplo, a Fifa exige que a construção de novos estádios ou a reforma dos estádios já existentes obedeça a esses critérios.

- O programa "Minha Casa, Minha Vida" vai adotar esses princípios?

A própria Caixa Econômica Federal já utiliza o aquecimento solar em casas populares. É uma tecnologia totalmente assimilada pela indústria da construção civil, sendo o seu custo de instalação muito pequeno. Se não me engano, o custo é R$ 1.300, em casas, e R$ 1.800, em apartamentos.

- E os bancos públicos, como o BNDES e o Banco do Nordeste, também financiam construções sustentáveis?

Não financiam habitações, mas financiam indústrias. Dentro do processo produtivo, o fato de ele financiar uma indústria sustentável é muito melhor.

- É melhor uma conscientização do que uma nova legislação?

A conscientização é importante, mas o fato de você poder exigir é também. Por exemplo, em São Paulo, é obrigatória a utilização de energia solar e a captação de água de chuva. É preciso dar um estímulo, mesmo pequeno, para que as pessoas possam se adequar a essas novas normas. É melhor trabalhar com incentivo do que com alguma coisa meio coercitiva. Mas a experiência foi muito importante para a gente aperfeiçoar os conceitos e implantar coisas práticas, muito concretas. Ficar só no blablablá não dá.

Fonte: DCI-SP

Na Câmara dos Deputados, Cassio Taniguchi é autor do Projeto de Lei nº 34/2007, que propõe alteração no Estatuto da Cidade para oferecer incentivos à utilização racional do solo urbano como medida de enfrentamento ao aquecimento global e redução da emissão dos gases do efeito estufa. O texto, já aprovado pelo Senado Federal e aprovado em segundo turno nas comissões temáticas permanentes da Câmara dos Deputados, aguarda ser apreciado no plenário da Câmara.