A venda de moradias usadas nos Estados Unidos acelerou em agosto para
o maior ritmo em mais de dois anos. A Associação Nacional de
Corretores (NAR, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira que o
início de construção de novas moradias também aumentou, dando sinais de
que o mercado imobiliário ganha força.
As vendas de moradias usadas subiram 7,8% no mês passado para uma
taxa anual de 4,82 milhões de unidades. Esse foi o maior ritmo anual
desde maio de 2010 e ficou acima das expectativas de analistas, de 4,55
milhões de unidades. "Os dados de hoje são outra indicação de melhora no
mercado imobiliário norte-americano que, de fato, pela primeira vez
depois da recessão, está se tornando um fator positivo para o
crescimento econômico", afirmou o economista do CIBC World Markets em
Toronto Andrew Grantham.
Preços sobem - Em âmbito nacional, o preço médio para a revenda de
uma moradia subiu para 187,4 mil dólares em agosto, alta de 9,5% ante o
ano anterior, uma vez que menos pessoas venderam suas casas em condições
desvantajosas. O estoque de casas (aquelas que estão a venda no
mercado) subiu 2,9% durante agosto, para 2,47 milhões.
As vendas de moradias com problemas (como imóveis arrestados ou que
a dívida do proprietário supera o valor do imóvel) caíram para 22% do
total em agosto, ante 31% vistos no mesmo mês do ano passado. As vendas
desses ativos problemáticos também recuaram em comparação a julho.
Novos - Outro relatório do Departamento do Comércio americano
mostrou que o início de construção de moradias subiu no mês passado para
uma taxa anual ajustada de 750 mil unidades, abaixo da previsão de
analistas (765 mil unidades). Comparado com agosto do ano passado, a
construção residencial avançou 29,1%.
Ainda assim, a tendência no início de construções continua
apontando para recuperação. Muitos economistas acreditam que a
construção de moradias irá impulsionar o crescimento econômico este ano
pela primeira vez desde 2005. O início de construções avançou 2,3% em
agosto ante julho - o dado referente ao sétimo mês foi revisado para um
ritmo de 733 mil unidades, em vez dos 746 mil previamente divulgados.
O início de construções está agora em um terço do pico de 2,27
milhões de unidades registrado em janeiro de 2006. A queda dos preços
dos imóveis atingiu o limite, na opinião de especialistas, com uma
oferta pequena de propriedades no mercado aumentando os preços em
algumas áreas metropolitanas. Além disso, o índice que mede sentimento
de confiança do construtor registrou a máxima em seis anos em setembro.
A construção residencial responde por cerca de 2,5% do PIB
americano. Economistas estimam que, a cada nova casa construída, pelo
menos três empregos são criados.
Fonte: CenárioMT.com.br
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