sexta-feira, 21 de setembro de 2012

MERCADO IMOBILIÁRIO COMEÇA A SE RECUPERAR NOS EUA


A venda de moradias usadas nos Estados Unidos acelerou em agosto para o maior ritmo em mais de dois anos.  A Associação Nacional de Corretores (NAR, na sigla em inglês) informou nesta quarta-feira que o início de construção de novas moradias também aumentou, dando sinais de que o mercado imobiliário ganha força. 
 
As vendas de moradias usadas subiram 7,8% no mês passado para uma taxa anual de 4,82 milhões de unidades. Esse foi o maior ritmo anual desde maio de 2010 e ficou acima das expectativas de analistas, de 4,55 milhões de unidades. "Os dados de hoje são outra indicação de melhora no mercado imobiliário norte-americano que, de fato, pela primeira vez depois da recessão, está se tornando um fator positivo para o crescimento econômico", afirmou o economista do CIBC World Markets em Toronto Andrew Grantham.
 
Preços sobem - Em âmbito nacional, o preço médio para a revenda de uma moradia subiu para 187,4 mil dólares em agosto, alta de 9,5% ante o ano anterior, uma vez que menos pessoas venderam suas casas em condições desvantajosas. O estoque de casas (aquelas que estão a venda no mercado) subiu 2,9% durante agosto, para 2,47 milhões.
 
As vendas de moradias com problemas (como imóveis arrestados ou que a dívida do proprietário supera o valor do imóvel) caíram para 22% do total em agosto, ante 31% vistos no mesmo mês do ano passado. As vendas desses ativos problemáticos também recuaram em comparação a julho. 
 
Novos - Outro relatório do Departamento do Comércio americano mostrou que o início de construção de moradias subiu no mês passado para uma taxa anual ajustada de 750 mil unidades, abaixo da previsão de analistas (765 mil unidades). Comparado com agosto do ano passado, a construção residencial avançou 29,1%.
 
Ainda assim, a tendência no início de construções continua apontando para recuperação. Muitos economistas acreditam que a construção de moradias irá impulsionar o crescimento econômico este ano pela primeira vez desde 2005. O início de construções avançou 2,3% em agosto ante julho - o dado referente ao sétimo mês foi revisado para um ritmo de 733 mil unidades, em vez dos 746 mil previamente divulgados.
 
O início de construções está agora em um terço do pico de 2,27 milhões de unidades registrado em janeiro de 2006. A queda dos preços dos imóveis atingiu o limite, na opinião de especialistas, com uma oferta pequena de propriedades no mercado aumentando os preços em algumas áreas metropolitanas. Além disso, o índice que mede sentimento de confiança do construtor registrou a máxima em seis anos em setembro.
 
A construção residencial responde por cerca de 2,5% do PIB americano. Economistas estimam que, a cada nova casa construída, pelo menos três empregos são criados.
 
Fonte: CenárioMT.com.br

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