terça-feira, 25 de setembro de 2012

ALTA DOS PREÇOS DE IMÓVEIS PERDE ÍMPETO, DIZ FITCH


Os preços dos imóveis residenciais no Brasil dispararam desde 2008, impulsionados pelo crescimento econômico sustentado, expansão explosiva do crédito e oferta limitada de habitações adequadas, mas a tendência de alta parece estar perdendo o ímpeto e os valores começam a se estabilizar, reduzindo o risco de bolha no setor imobiliário, segundo novo relatório divulgado pela Fitch Ratings.
"Entre janeiro de 2008 e julho de 2012, os preços reais dos imóveis subiram 92% em São Paulo e 118% no Rio de Janeiro. Nos últimos meses, no entanto, a alta dos preços se desacelerou e passou a crescer em linha com a renda", disse Jayme Bartling, diretor sênior da agência de classificação de risco.

A expansão do financiamento imobiliário é tida como o fator mais importante por trás da alta dos preços dos imóveis, diz a Fitch no documento, citando dados do Banco Central, segundo os quais a concessão de crédito para a compra de imóveis saltou de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2005 para 5,4% em maio deste ano. O acesso ao crédito, de acordo com a Fitch, permitiu aos consumidores no Brasil comprar imóveis mais caros, o que inflacionou os preços.

De modo geral, os preços subiram mais rápido do que as rendas familiares tanto em termos nominais como reais, afirma a agência. A relação preços/renda está acima de 5 vezes em São Paulo e de 7 vezes no Rio de Janeiro.
"Embora os preços pareçam altos considerando-se qualquer tipo de medida, a Fitch não espera que caiam significativamente em um ambiente econômico benigno, em vista da oferta de médio prazo e desequilíbrios na demanda. Entretanto, no caso de cenários econômicos turbulentos, a Fitch admite o risco de um considerável declínio nos preços dos imóveis", disse a agência. 
 
Fonte: Agência Estado

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