O Fundo Monetário Internacional (FMI)
informou nesta quinta-feira acreditar que a recuperação do mercado
imobiliário dos Estados Unidos é fundamental para um eventual impulso do
crescimento econômico e redução dos altos níveis de desemprego no país.A
avaliação anual do FMI sobre a economia norte-americana, divulgada
nesta quinta-feira, prevê o fortalecimento do crescimento nos EUA, do
atual nível de cerca de 2% para cerca de 3,4% até 2016 e 3,3% em 2017."Sabemos
que durante os próximos anos a chegada de novos donos de imóveis e a
depreciação de moradias no mercado implicarão na necessidade de se
construir cerca de 1,5 milhão de imóveis em uma base anual", disse o
economista do FMI Gian Maria Milesi-Ferretti, em teleconferência com
jornalistas."Isso é algo que claramente vai ajudar o
crescimento dos EUA no médio prazo e obviamente uma consolidação do
mercado imobiliário terá diversos resultados positivos... em outros
setores ligados ao (setor) imobiliário", acrescentou.
O
FMI tem alertado que os EUA devem acabar com todas as incertezas sobre
política fiscal, diante da disputa entre o presidente Barack Obama e o
Congresso em torno de benefícios fiscais e reduções nos gastos
governamentais.A organização afirmou que, sem
acordo político sobre o chamado "abismo fiscal" de US$ 4 trilhões, o
crescimento da economia pode se desacelerar para ao redor de zero e até
chegar a contrair-se em 2013.A maioria dos
analistas não acredita que o Congresso diminuirá o impacto dessas
medidas antes da eleição presidencial de novembro. Milesi-Ferretti
afirmou que ainda não está claro se a desaceleração na economia dos EUA
no segundo trimestre é apenas algo pontual ou um sinal de um novo ritmo
de crescimento mais fraco. "Levando-se em conta o último cenário,
claramente há espaço para mais ações (do Federal Reserve, banco central
americano)", disse o economista.
O FMI destacou que a
política monetária dos EUA deve continuar altamente acomodativa "por
algum tempo". Apesar de a maioria dos diretores do FMI ter dito que há
espaço para mais redução na taxa básica de juros pelo FED caso a crise
internacional se agrave, alguns membros da organização multilateral
notaram que o efeito de uma futura flexibilização poderia ser limitado,
já que a taxa está entre zero e 0,25%.
Fonte: Terra
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