domingo, 5 de agosto de 2012

CARTEIRA IMOBILIÁRIA DA CAIXA DESACELERA NO 1º. SEMESTRE

 O ritmo de expansão da carteira de empréstimos imobiliários da Caixa Econômica Federal está menor em 2012, seguindo o menor ritmo de concessões do setor bancário, em meio à menor atividade econômica do país.
No final de junho, o total de financiamentos da instituição no setor era de cerca de 170 bilhões de reais, um aumento de 32 por cento em 12 meses. E a expectativa do próprio banco estatal é de que no acumulado do ano esse número deve baixar para algo entre 25 e 30 por cento. Em 2011, a alta foi de 41 por cento.

"O mercado imobiliário não vai mais crescer no mesmo ritmo dos últimos anos", disse à Reuters o vice-presidente de governo da Caixa, Urbano Duarte, prevendo que essa desaceleração deve se manter nos anos seguintes.
A desaceleração só não foi maior por causa das contratações novas feitas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida para a faixa 1, que inclui famílias com renda de até três salários mínimos.

Na primeira metade de 2011, o banco não fez desembolsos para essa categoria do programa federal de habitação popular devido a mudanças feitas pelo governo no projeto.
Mesmo com o crescimento neste ano, a fatia de mercado da líder Caixa nesse segmento recuou a aproximadamente 73 por cento dos empréstimos, ante cerca de 76 por cento no fim do ano passado.
"Os outros bancos estão crescendo mais rápido nesse setor", disse Duarte. 

POUPANÇA

Por outro lado, a Caixa conseguiu elevar os montantes da caderneta de poupança, que é uma das principais fontes de financiamento para compra da casa própria, mesmo após mudanças implementandas pelo governo nos critérios de remuneração do investimento a partir de maio.
No mesmo mês, a Caixa apurou captação líquida da poupança de 2,6 bilhões de reais, número que recuou para 1,6 bilhão de reais em junho e disparou para 3,6 bilhões de reais no mês passado.

"Quem tinha recursos aplicados na poupança, manteve. E ainda depositou mais", disse o vice-presidente de pessoa física do banco, Fábio Lenza. A meta do banco é ter captação líquida de até 18 bilhões de reais na poupança este ano.
A Caixa diulga seus resultados do primeiro semestre na próxima quinta-feira (9). 

Por Aluisio Alves

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