quinta-feira, 16 de agosto de 2012

PESQUISA MOSTRA QUE SETOR IMOBILIÁRIO AINDA TEM DEMANDA FORTE, MAS ACREDITA EM CRESCIMENTO MODERADO


O principal segmento de atuação das empresas que responderam ao questionário é o da construção imobiliária, com 72% dos participantes. A pesquisa foi realizada entre os dias 26 de julho e 1º de agosto.
Levando em consideração o corte de investimentos e a demissão de funcionários para o ajuste de custos, o professor Claudio Tavares de Alencar, do departamento de Real Estate da Escola Politécnica da USP (POLI-USP), afirma que a maior parte dos participantes da pesquisa (de 60% a 65%), não visualiza uma redução da demanda nos mercados de construção e desenvolvimento de empreendimentos este ano. "Porém, parcela importante, quase 40%, percebe certo arrefecimento da demanda, e responde com redução de lançamentos e ajuste das metas inicialmente programadas para 2012. Alguns inclusive identificam que o agravamento das condições no mercado envolverá um horizonte mais longo, reduzindo seu corpo organizacional e mudando de escala de produção", afirma o professor.
Em relação ao atual momento da construção, cerca de 46% dos respondentes identificam uma perspectiva de maior risco no setor, com forte desaceleração da atividade e um maior conteúdo de incerteza das operações em andamento e dos novos negócios. Por outro lado, 40,5% acreditam que o setor passa por um ajuste leve. Segundo Alencar, este ajuste pode ser fruto dos problemas de caráter macroeconômico brasileiros e das condições da economia internacional.
Mais de 60% dos participantes acreditam que a construção passará por um crescimento moderado, mas sustentado, nos próximos anos. "A avaliação de longo prazo é mais condescendente com as expectativas da economia brasileira", conclui Claudio.
Para garantir um bom nível de crescimento na construção, os participantes acreditam que uma série de medidas devem ser tomadas ao mesmo tempo. Entre elas, estão a maior redução dos juros e a flexibilização do crédito ao consumidor.
A relação entre o preço dos imóveis e a renda dos compradores no setor imobiliário foi considerada inviável por 34,7% dos participantes. Porém, uma parcela semelhante (32%) acredita que esta relação está voltando à normalidade.
A pesquisa da Editora PINI também demonstrou que grande parte das empresas baliza os lançamentos que faz de acordo com pesquisas de mercado (60,6%). Entre outros métodos, também está a realização de índices imobiliários próprios (15,2%) e os índices setoriais combinados com os dados do IBGE (13,6%).
"Aparentemente, todos os lançamentos são realizados com base em pesquisas de mercado, próprias ou contratadas. Deveria, então, estar havendo uma melhor adequação entre a oferta de produtos e a demanda efetiva de mercado, o que deveria resultar em menos estoques e mais velocidade de vendas", analisa o professor.
Os preços elevados foram considerados como o maior obstáculo para a retomada do crescimento no setor imobiliário: 41,1% dos participantes acreditam ser este o problema do setor atualmente. Em seguida, com 28,8%, vem o endividamento da população.
A influência da Copa do Mundo de 2014 também estava entre os assuntos abordados pela pesquisa: 32% dos participantes acreditam que os jogos terão pouca contribuição no reaquecimento da construção, pois haverá um ambiente favorável de investimento. Outros 25,3% acreditam que a influência vai depender dos investimentos públicos.  "Aqui há uma clara dispersão das opiniões, no que se refere à intensidade do impacto da copa no mercado, provavelmente em algumas cidades, menores, o impacto será maior, nas grandes será menor", finaliza Claudio.

Veja, a seguir, o resultado na íntegra da pesquisa:

Reprodução
Reprodução
Reprodução
Reprodução
Reprodução
Reprodução
Reprodução
Reprodução
Reprodução
Reprodução 
Fonte: PINIweb.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário