segunda-feira, 6 de agosto de 2012

ALUGUÉIS SOBEM, MAS TENDEM À ESTABILIZAÇÃO


Quem vive de aluguel e precisa renovar o contrato este mês pode levar um susto com o valor do reajuste, de 6,67%. A tendência, no entanto, é de estabilização, com uma correção cada vez mais próxima ao índice de inflação medido.

“Esperamos uma manutenção dos preços, com uma tendência de queda no longo prazo”, diz Samy Dana, professor da Escola de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas).  “Os aluguéis estavam muito caros, assim como o preço do metro quadrado”, observa.

O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), usado para os reajuste dos contratos de aluguel, vem diminuindo desde o início deste ano. Alguém que precisasse renovar a locação em agosto de 2011 teria de arcar com um reajuste de 8,36%.

Marcelo de Oliveira Barreto, consultor imobiliário em São Paulo diz que a procura pelo aluguel diminuiu, e os proprietários tiveram de se adequar. “Há um ano, cobrávamos 0,7% do valor de venda do imóvel do inquilino. Agora, estamos trabalhando com 0,5%”.

A tendência também é de queda em contratos novos. O Secovi, o sindicato do setor de habitação, faz um cálculo do reajuste nesse caso específico. Em dezembro do ano passado, a valorização foi de 19,8%, um recorde histórico. Em julho, o acumulado em 12 meses foi de 13,2%.

Balança

“A expectativa, agora, é que ocorra um equilíbrio, com o retorno dos investidores para o mercado de locação”, comenta  Roberto Akazawa, do Secovi. “Com a redução das taxas de juros, outros ativos financeiros deixam de ser tão interessantes e as pessoas passam a investir em imóveis.”

Fonte: Carolina Vicentin, do Metro SP

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