Quem vive de aluguel e precisa renovar o contrato este mês pode levar
um susto com o valor do reajuste, de 6,67%. A tendência, no entanto, é
de estabilização, com uma correção cada vez mais próxima ao índice de
inflação medido.
“Esperamos uma manutenção dos preços, com uma
tendência de queda no longo prazo”, diz Samy Dana, professor da Escola
de Economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas). “Os aluguéis estavam
muito caros, assim como o preço do metro quadrado”, observa.
O
IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), usado para os reajuste dos
contratos de aluguel, vem diminuindo desde o início deste ano. Alguém
que precisasse renovar a locação em agosto de 2011 teria de arcar com um
reajuste de 8,36%.
Marcelo de Oliveira Barreto, consultor
imobiliário em São Paulo diz que a procura pelo aluguel diminuiu, e os
proprietários tiveram de se adequar. “Há um ano, cobrávamos 0,7% do
valor de venda do imóvel do inquilino. Agora, estamos trabalhando com
0,5%”.
A tendência também é de queda em contratos novos. O
Secovi, o sindicato do setor de habitação, faz um cálculo do reajuste
nesse caso específico. Em dezembro do ano passado, a valorização foi de
19,8%, um recorde histórico. Em julho, o acumulado em 12 meses foi de
13,2%.
Balança
“A expectativa, agora, é
que ocorra um equilíbrio, com o retorno dos investidores para o mercado
de locação”, comenta Roberto Akazawa, do Secovi. “Com a redução das
taxas de juros, outros ativos financeiros deixam de ser tão
interessantes e as pessoas passam a investir em imóveis.”
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