A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M)
acelerou a 1,21% na primeira prévia de agosto, segundo informou nesta
quarta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período em
junho, o indicador, que serve de base para reajuste de contratos como os
de aluguel, subiu 0,95%.
A primeira prévia compreendeu o
intervalo entre os dias 21 e 31 do mês de julho. Com o resultado, o
IGP-M acumula alta de 5,84% no ano e de 7,49% em 12 meses.
O
Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que representa 60% da inflação
medida pelo IGP-M, subiu 1,73% na primeira prévia de agosto, de 1,25%
no mesmo período em julho. O IPA de produtos agrícolas avançou 4,39%, de
1,66% na primeira prévia de julho. O de produtos industriais
desacelerou para 0,75%, de 1,10%.
Dentro do IPA, a variação do
índice referente a bens finais recuou de 0,80% para 0,58%. Contribuiu
para este movimento o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de
3,67% para deflação de 0,10%. No estágio dos bens intermediários, a taxa
passou de 1,52% para 1,27%, puxada pelo subgrupo materiais e
componentes para a manufatura, que passou de 1,5% para 1,16%.
Ainda
dentro do IPA, o índice referente a matérias-primas brutas registrou
variação de 3,63%, ante 1,41% no mesmo período em julho. Os itens que
mais influenciaram a trajetória deste grupo foram: milho em grão (-0,42%
para 18,05%), café em grão (-2,55% para 6,08%) e soja em grão (9,00%
para 9,93%). Na direção contrária destacam-se: minério de ferro (1,77%
para -2,43%), bovinos (0,01% para -1,27%) e mandioca (aipim) (4,27% para
-1,27%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30%
no indicador geral, desacelerou para 0,08% em agosto, de 0,19% em
julho. Seis das oito classes de despesa componentes do índice
apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: habitação (0,25% para
0,08%), alimentação (0,61% para 0,48%), vestuário (0,04% para -0,38%),
despesas diversas (0,35% para 0,11%), saúde e cuidados pessoais (0,36%
para 0,22%) e transportes (-0,42% para -0,44%).
Em sentido
contrário à tendência do índice estiveram comunicação (0,00% para 0,15%)
e educação, leitura e recreação (0,12% para 0,19%).
Por fim, o
Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10%, também
desacelerou, de 0,79% na primeira prévia de julho para 0,39% na primeira
de agosto. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços
registrou variação de 0,24%. No mês anterior, a taxa havia sido de
0,44%. O custo da mão de obra variou 0,52%, no primeiro decêndio de
agosto. Na apuração referente ao mesmo período do mês anterior, o índice
variou 1,12%.
Fonte: Valor
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