“Para nós, a quinta-feira de cinzas é o primeiro dia útil do ano”, brinca o diretor de habitação da construtora Consil Empreendimentos, Paulo Fábio Lebram. Ele conta que o mercado imobiliário sente uma parada momentânea entre dezembro e fevereiro, quando o orçamento familiar está mais voltado para as compras de fim de ano, viagens de férias, etc. “Por isso, o clima agora é de retomada”.
Quem concorda com ele é o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Nilson Sarti. “O período do Carnaval é quando as empresas estão se preparando para lançar novos imóveis, para quando o Verão acabar”, diz. Apesar disso, Sarti demonstra preocupação com a greve dos trabalhadores da construção civil, parados há um mês, que pode atrasar a retomada do setor.
Não à toa, a Ademi deve esperar o fim do mês de abril para divulgar os números e expectativas do setor para 2011. Só então, com o mercado já reaquecido, poderão incluir os números da retomada das vendas. A construtora Queiroz Galvão é uma das que prometem novidades: vai lançar os dois maiores empreendimentos do ano na orla de Salvador, nos quais deve seguir a tendência de proporcionar habitação em contato harmônico com a natureza. “Com certeza, o consumidor pode esperar muitas novidades e promoções, tanto de imóveis já existentes como de lançamentos”, assegura o gerente comercial da construtora, Manuel Gomes.
Taxas
No setor dos corretores, a expectativa para a retomada também é grande. “O que o corretor quer é vender, e o fim do Verão é o momento mais propício para isso”, assegura a presidente do Sindicato de Corretores de Imóveis da Bahia (Sindimóveis-BA), Eliene Freitas. Segundo ela, o consumidor pode ampliar suas expectativas para comprar imóveis nesse período, já que os bancos estão competindo para oferecer melhores taxas de financiamento.
“Os bancos estão oferecendo taxas de juros baixíssimas, de até 7% ao ano”, destaca a corretora, para quem a Bahia está se tornando um “verdadeiro canteiro de obras”.
Salão Imobiliário será em agosto
O momento é de planejamento. Segundo Manuel Gomes, gerente comercial da construtora Queiroz Galvão, os executivos da empresa aproveitaram o período das férias para estudar a estratégia para o resto do ano. “Já até realizamos o sorteio para o próximo Salão Imobiliário, que deve acontecer no segundo semestre”.
Segundo a assessoria de imprensa da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), o Salão está previsto para acontecer entre 31 agosto e 4 de setembro. Porém, quem busca a casa própria não precisa esperar o evento começar para procurar um imóvel. Os interessados devem buscar informações nas agências bancárias sobre os programas de financiamento disponíveis.
Cuidados antes de fechar o negócio
Pesquisa Antes de fechar negócio, é importante levantar o histórico do incorporador, do empreendimento e da imobiliária
Teste Outra dica é visitar outros imóveis da construtora. É sempre bom conversar com os moradores para saber se houve problemas com a obra e como foram sanados
Atendimento Cheque também a qualidade do atendimento pós-venda da construtora e da imobiliária que pretende contratar
Planta Faça uma análise criteriosa da planta do imóvel. Avalie as medidas dos cômodos e dos equipamentos comuns
Área Para evitar transtornos, é recomendável se informar na prefeitura sobre o zoneamento da área em que será construído o imóvel
Contrato Exija um prazo para ler o contrato e desconfie se houver pressão para que você o assine logo. A escolha do imóvel é um alto investimento e deve ser feita com critério e atenção
*Números do setor
76 bilhões de reais foi o volume registrado nas operações de crédito imobiliário da Caixa Econômica em 2010, um aumento de 60% em relação a 2009. A previsão para este ano é que esse crédito ultrapasse os R$ 80 bilhões.
1,3 milhão de moradias estão previstas em contratos assinados pela Caixa Econômica, em 2010, dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. No entanto, apenas 247 mil unidades habitacionais para a baixa renda foram entregues
Fonte: Victor Brandão / Redação CORREIO
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