Ao menos 11 corretores de imóveis de Campo Grande já movem ações trabalhistas contra a Homex, empreiteira mexicana que chegou com pompa no mercado imobiliário da cidade no primeiro semestre do ano passado.
A empresa anunciou investimento de ao menos R$ 200 milhões, recurso capaz de construir 1,7 mil casas. Cada imóvel custa em torno de R$ 80 mil e é financiado pela Caixa Econômica Federal.
Nem todos os corretores deixaram que seus nomes aparecessem na reportagem por “temer represálias”, ou que suas declarações pudessem influir na decisão judicial. O corretor de imóveis Daniel Ortiz, 68, único a não se incomodar com a identificação, garantiu ter sido o primeiro a mover a ação contra a Homex.
Ele contou que foi demitido da empreiteira cerca de um mês atrás. Além de brigar por comissões pelas vendas de casas Ortiz afirmou que vai mover uma ação contra a mexicana por dano moral.
Ele afirmou que foi “destratado” por dois diretores da empresa, um deles, de cidadania espanhola.
Ortiz acha que ao menos 40 corretores entraram na Justiça contra a Homex, quase todos pelo que chamou de “quebra de contrato”.
“Logo depois que movi a ação outros dez trabalhadores fizeram o mesmo, mas soube que esse número já atingiu uns 40 casos”, afirma o profissional.
A reportagem tentou apurar o número exato de ações, mas uma advogada que cuida de algumas causas viajou para São Paulo e a consulta pelo site da Justiça Federal exige o número dos processos.
De acordo com Daniel Ortiz, pelo combinado com a construtora mexicana, o corretor recebe 50% da comissão por cada venda em 15 dias, e o restante quando o comprador do imóvel fecha o negócio. Ele revelou que a empresa paga aos corretores apenas 1,5% sobre o valor do imóvel.
O questionamento judicial tem a ver com isso, o pagamento das parcelas. O corretor narrou que a empresa “cumpre apenas” a primeira etapa do acertado, isto é, paga os 50% da comissão. “O corretor tem perdido a segunda parcela quando as vendas não dão certo ou os compradores desistem da compra por alguma razão”, afirmou ele.
“Isso não é justo, afinal fizemos nosso trabalho e o fato de o comprador desistir do negócio, já não é um problema nosso”, disse uma corretora que também acionou a Homex na justiça trabalhista. Problemas de documentação nos imóveis estariam supostamente prejudicando o encaminhamento dos financiamentos junto à Caixa e aumentando o número de negócios desfeitos.
Outro lado
A reportagem quis conversar com o responsável pelo escritório da Homex aqui em Campo Grande na manhã desta sexta-feira.
A recepcionista disse que a pessoa que poderia tratar do assunto estaria lá no início da tarde. Na hora combinada, ela avisou que a chefe do setor estaria livre para a entrevista às 15h30 minutos. Ocorre que nesta hora, a pessoa que seria entrevistada mandou um recado dizendo que poderia comentar o caso apenas no sábado pela manhã.
Fonte: Celso Bejarano/Midiamaxnews
A empresa anunciou investimento de ao menos R$ 200 milhões, recurso capaz de construir 1,7 mil casas. Cada imóvel custa em torno de R$ 80 mil e é financiado pela Caixa Econômica Federal.
Nem todos os corretores deixaram que seus nomes aparecessem na reportagem por “temer represálias”, ou que suas declarações pudessem influir na decisão judicial. O corretor de imóveis Daniel Ortiz, 68, único a não se incomodar com a identificação, garantiu ter sido o primeiro a mover a ação contra a Homex.
Ele contou que foi demitido da empreiteira cerca de um mês atrás. Além de brigar por comissões pelas vendas de casas Ortiz afirmou que vai mover uma ação contra a mexicana por dano moral.
Ele afirmou que foi “destratado” por dois diretores da empresa, um deles, de cidadania espanhola.
Ortiz acha que ao menos 40 corretores entraram na Justiça contra a Homex, quase todos pelo que chamou de “quebra de contrato”.
“Logo depois que movi a ação outros dez trabalhadores fizeram o mesmo, mas soube que esse número já atingiu uns 40 casos”, afirma o profissional.
A reportagem tentou apurar o número exato de ações, mas uma advogada que cuida de algumas causas viajou para São Paulo e a consulta pelo site da Justiça Federal exige o número dos processos.
De acordo com Daniel Ortiz, pelo combinado com a construtora mexicana, o corretor recebe 50% da comissão por cada venda em 15 dias, e o restante quando o comprador do imóvel fecha o negócio. Ele revelou que a empresa paga aos corretores apenas 1,5% sobre o valor do imóvel.
O questionamento judicial tem a ver com isso, o pagamento das parcelas. O corretor narrou que a empresa “cumpre apenas” a primeira etapa do acertado, isto é, paga os 50% da comissão. “O corretor tem perdido a segunda parcela quando as vendas não dão certo ou os compradores desistem da compra por alguma razão”, afirmou ele.
“Isso não é justo, afinal fizemos nosso trabalho e o fato de o comprador desistir do negócio, já não é um problema nosso”, disse uma corretora que também acionou a Homex na justiça trabalhista. Problemas de documentação nos imóveis estariam supostamente prejudicando o encaminhamento dos financiamentos junto à Caixa e aumentando o número de negócios desfeitos.
Outro lado
A reportagem quis conversar com o responsável pelo escritório da Homex aqui em Campo Grande na manhã desta sexta-feira.
A recepcionista disse que a pessoa que poderia tratar do assunto estaria lá no início da tarde. Na hora combinada, ela avisou que a chefe do setor estaria livre para a entrevista às 15h30 minutos. Ocorre que nesta hora, a pessoa que seria entrevistada mandou um recado dizendo que poderia comentar o caso apenas no sábado pela manhã.
Fonte: Celso Bejarano/Midiamaxnews
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