O mercado imobiliário no Grande ABC passa por um desaquecimento. Em janeiro, o volume de vendas teve queda de 25% em relação ao mesmo período de 2010, segundo o delegado regional do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Alvarino Lemes.
De acordo com a entidade, a redução de vendas de janeiro contra dezembro foi de 18%. Para se ter ideia, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco tiveram elevação de 426,5% na comercialização em janeiro de 2010 ante um mês antes.
Lemes explica que essa queda é reflexo das restrições previstas na lei de zoneamento (diferente em cada município) e a insegurança dos empresários em lançar empreendimentos sem saber os rumos que a política monetária seguirá no País. "A alta dos juros, da inflação, preocupa as construtoras, que ‘barram'' os investimentos nesse momento de transição", conta.
Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), a Região Metropolitana registrou a venda de 2.535 unidades em janeiro - recuo de 32,5% em relação às 3.753 unidades vendidas no primeiro mês de um ano antes.
Para o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, a razão da queda se dá em função do menor número de lançamentos. "Acredito ser um reflexo sazonal. Não podemos negar que em 2010 a economia cresceu muito e o cenário foi favorável para o segmento da construção civil. Por isso, penso que essa forte queda nas vendas não seja tendência."
LEI DE ZONEAMENTO
O Paço de São Caetano afirma que liberou de janeiro a outubro do ano passado 157 alvarás para construção de residências, 77 para comércios, 20 para edifícios, um para indústria e 54 para reformas.
Mas após mudanças na lei, ocorridas em outubro, reduzindo coeficiente de construção, não ocorreram ainda pedidos de alvará para prédios, mas 30 para comércio e residências. Apesar disso, a Prefeitura afirmou que é preciso esperar mais tempo para analisar o impacto das mudanças no nicho.
Já em São Bernardo houve mudança nessa lei, em 2007, que definiu que as construtoras não poderiam mais lançar unidades menores do que 70 m² na região central. Apesar disso, o gerente de incorporação de uma construtora que atua na região, Luiz Armando Fairbanks, afirma que a medida não prejudicou o ramo, variando conforme o planejamento urbano de cada cidade "que pode preferir investir na parte central ou periférica". "Mas de forma geral não atrapalha o mercado", destaca ele, cuja inporporadora tem planta com 296 unidades de até 60 m² no Centro, em razão do alvará ter sido liberado antes das alterações. Ele explica que o público de unidades menores procura por lazer e difere em renda dos demais consumidores. O município teve, em 2010, 653 alvarás residenciais e 215 para comerciais e prestadores de serviços.
Diadema informou que não alterou a lei e que apenas dois pedidos de alvará foram solicitados, desde janeiro.
PREFERÊNCIAS
No Grande ABC, o foco das vendas em janeiro foram os imóveis de dois dormitórios, em média de 44 m² a 52 m². "Chamados de residenciais populares ou econômicos, esses bens custam cerca de R$ 180 mil, valor que abrange grande parte da população da região", enfatiza Lemes.
Até o fechamento desta edição, as prefeituras de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não retornaram para comentar quantos alvarás foram expedidos.
Fonte: Tauana Marin/Vinicius Gorczeski - Diário do Grande ABC
De acordo com a entidade, a redução de vendas de janeiro contra dezembro foi de 18%. Para se ter ideia, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco tiveram elevação de 426,5% na comercialização em janeiro de 2010 ante um mês antes.
Lemes explica que essa queda é reflexo das restrições previstas na lei de zoneamento (diferente em cada município) e a insegurança dos empresários em lançar empreendimentos sem saber os rumos que a política monetária seguirá no País. "A alta dos juros, da inflação, preocupa as construtoras, que ‘barram'' os investimentos nesse momento de transição", conta.
Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo), a Região Metropolitana registrou a venda de 2.535 unidades em janeiro - recuo de 32,5% em relação às 3.753 unidades vendidas no primeiro mês de um ano antes.
Para o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, a razão da queda se dá em função do menor número de lançamentos. "Acredito ser um reflexo sazonal. Não podemos negar que em 2010 a economia cresceu muito e o cenário foi favorável para o segmento da construção civil. Por isso, penso que essa forte queda nas vendas não seja tendência."
LEI DE ZONEAMENTO
O Paço de São Caetano afirma que liberou de janeiro a outubro do ano passado 157 alvarás para construção de residências, 77 para comércios, 20 para edifícios, um para indústria e 54 para reformas.
Mas após mudanças na lei, ocorridas em outubro, reduzindo coeficiente de construção, não ocorreram ainda pedidos de alvará para prédios, mas 30 para comércio e residências. Apesar disso, a Prefeitura afirmou que é preciso esperar mais tempo para analisar o impacto das mudanças no nicho.
Já em São Bernardo houve mudança nessa lei, em 2007, que definiu que as construtoras não poderiam mais lançar unidades menores do que 70 m² na região central. Apesar disso, o gerente de incorporação de uma construtora que atua na região, Luiz Armando Fairbanks, afirma que a medida não prejudicou o ramo, variando conforme o planejamento urbano de cada cidade "que pode preferir investir na parte central ou periférica". "Mas de forma geral não atrapalha o mercado", destaca ele, cuja inporporadora tem planta com 296 unidades de até 60 m² no Centro, em razão do alvará ter sido liberado antes das alterações. Ele explica que o público de unidades menores procura por lazer e difere em renda dos demais consumidores. O município teve, em 2010, 653 alvarás residenciais e 215 para comerciais e prestadores de serviços.
Diadema informou que não alterou a lei e que apenas dois pedidos de alvará foram solicitados, desde janeiro.
PREFERÊNCIAS
No Grande ABC, o foco das vendas em janeiro foram os imóveis de dois dormitórios, em média de 44 m² a 52 m². "Chamados de residenciais populares ou econômicos, esses bens custam cerca de R$ 180 mil, valor que abrange grande parte da população da região", enfatiza Lemes.
Até o fechamento desta edição, as prefeituras de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não retornaram para comentar quantos alvarás foram expedidos.
Fonte: Tauana Marin/Vinicius Gorczeski - Diário do Grande ABC
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