O corte de R$ 5,1 bilhões no programa habitacional Minha Casa Minha Vida, promovido nessa semana pelo governo federal não trará impactos negativos nas carteiras de créditos dos bancos – os maiores fornecedores de crédito ao setor no País.
O segmento, que este ano será puxado pelo setor imobiliário com um volume maior de contratações feita por pessoa jurídica, permanecerá inalterado. A sinalização veio dos bancos de grande porte procurados pela reportagem do DCI.
Para Marcello Gomella, professor da Universidade Anhembi Morumbi, o corte nada mais é que uma forma de o governo justificar os gastos e só foi empregado no programa habitacional, porque o Brasil conta com outras ferramentas para acabar com o déficit habitacional. “O governo tem de dar uma resposta à população sobre os seus gastos. Mas, o setor da construção civil continuará a crescer”, afirma.
O especialista diz que um dos fatores que pode ter levado o governo a intervir no programa foi a falta de espaço para a construção dessas residências. “O governo enfrenta a falta de terrenos para suprir a demanda criada no passado”, diz Gomella, acrescentando que investimentos no setor não faltarão. “O crédito existe em abundância, e recursos como o Fundo de Garantia e os consórcios podem segurar o setor”, diz.
A Caixa Econômica Federal, ao divulgar o balanço com os resultados do quarto trimestre, informou que a projeção para a carteira de crédito da instituição é de crescimento de 30%. Procurada pelo DCI para comentar as possíveis consequências do corte, a Caixa preferiu não se pronunciar sobre o assunto. No ano passado, o banco foi responsável por 44,6% dos financiamentos de imóveis usados no Estado de São Paulo, sendo líder no mercado segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). Neste ano, a Caixa entregará 573 mil moradias nova adquiridas pelo Minha Casa Minha Vida.
Gomello, quando questionado sobre o impacto do corte no Caixa, afirmou que será algo pequeno e o banco não sentirá a queda. “A Caixa continuará sendo a maior provedora de crédito habitacional. Isso não vai mudar, o que será sentido é uma menor atividade do setor”, afirma.
O Itaú Unibanco, que manifestou a intenção de explorar esse nicho do mercado de crédito, acredita no potencial do setor imobiliário. Em encontro recente com a imprensa, o presidente da instituição Roberto Setubal, afirmou que o mercado tem espaço para crescer. “Crédito Imobiliário no Brasil corresponde a 3% do Produto Interno Bruto [PIB], enquanto em outros países chega a 20% do PIB. Isso significa que existe um grande espaço para crescimento”, afirmou.
O Bradesco também mantém as projeções de crescimento de 19% em sua carteira de crédito para este ano, baseado na pessoa jurídica, que não será afetada com o corte orçamentário, visto que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida é destinado a pessoa física de baixa renda.
Segundo o banco, os cortes não interferem em nada nas operações de crédito da instituição e que mantém as projeções para 2011. O Banco do Brasil analisa os impactos das medidas e não quis se pronunciar sobre o assunto.
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) projeta para 2011 expansão de 51% no volume financeiro de financiamento de imóveis, por meio do Sistema de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Os dados da associação vão de encontro com as previsões de mercado esperadas para este ano. Gomella ressaltou a saúde financeira das empresas de construção, que recentemente fizeram Oferta Pública Inicial (IPO da sigla em inglês), que significa dinheiro em caixa para progredir ao longo deste ano. “Construtoras listadas na BM&F Bovespa fizeram IPO recentemente para arrecadar capital, os bancos estão sempre em perfeita ordem financeira, então esse medida não abalará nem o mercado financeiro, nem o imobiliário”, diz.
No caso do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), o presidente Rubens Bordini, disse que pretende conseguir expansão de até 25% na carteira de crédito imobiliário do banco, passando a R$ 1,5 bilhão em 2011.
Fonte: DCI / Flávia Milhassi
O segmento, que este ano será puxado pelo setor imobiliário com um volume maior de contratações feita por pessoa jurídica, permanecerá inalterado. A sinalização veio dos bancos de grande porte procurados pela reportagem do DCI.
Para Marcello Gomella, professor da Universidade Anhembi Morumbi, o corte nada mais é que uma forma de o governo justificar os gastos e só foi empregado no programa habitacional, porque o Brasil conta com outras ferramentas para acabar com o déficit habitacional. “O governo tem de dar uma resposta à população sobre os seus gastos. Mas, o setor da construção civil continuará a crescer”, afirma.
O especialista diz que um dos fatores que pode ter levado o governo a intervir no programa foi a falta de espaço para a construção dessas residências. “O governo enfrenta a falta de terrenos para suprir a demanda criada no passado”, diz Gomella, acrescentando que investimentos no setor não faltarão. “O crédito existe em abundância, e recursos como o Fundo de Garantia e os consórcios podem segurar o setor”, diz.
A Caixa Econômica Federal, ao divulgar o balanço com os resultados do quarto trimestre, informou que a projeção para a carteira de crédito da instituição é de crescimento de 30%. Procurada pelo DCI para comentar as possíveis consequências do corte, a Caixa preferiu não se pronunciar sobre o assunto. No ano passado, o banco foi responsável por 44,6% dos financiamentos de imóveis usados no Estado de São Paulo, sendo líder no mercado segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). Neste ano, a Caixa entregará 573 mil moradias nova adquiridas pelo Minha Casa Minha Vida.
Gomello, quando questionado sobre o impacto do corte no Caixa, afirmou que será algo pequeno e o banco não sentirá a queda. “A Caixa continuará sendo a maior provedora de crédito habitacional. Isso não vai mudar, o que será sentido é uma menor atividade do setor”, afirma.
O Itaú Unibanco, que manifestou a intenção de explorar esse nicho do mercado de crédito, acredita no potencial do setor imobiliário. Em encontro recente com a imprensa, o presidente da instituição Roberto Setubal, afirmou que o mercado tem espaço para crescer. “Crédito Imobiliário no Brasil corresponde a 3% do Produto Interno Bruto [PIB], enquanto em outros países chega a 20% do PIB. Isso significa que existe um grande espaço para crescimento”, afirmou.
O Bradesco também mantém as projeções de crescimento de 19% em sua carteira de crédito para este ano, baseado na pessoa jurídica, que não será afetada com o corte orçamentário, visto que o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida é destinado a pessoa física de baixa renda.
Segundo o banco, os cortes não interferem em nada nas operações de crédito da instituição e que mantém as projeções para 2011. O Banco do Brasil analisa os impactos das medidas e não quis se pronunciar sobre o assunto.
A Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) projeta para 2011 expansão de 51% no volume financeiro de financiamento de imóveis, por meio do Sistema de Poupança e Empréstimo (SBPE).
Os dados da associação vão de encontro com as previsões de mercado esperadas para este ano. Gomella ressaltou a saúde financeira das empresas de construção, que recentemente fizeram Oferta Pública Inicial (IPO da sigla em inglês), que significa dinheiro em caixa para progredir ao longo deste ano. “Construtoras listadas na BM&F Bovespa fizeram IPO recentemente para arrecadar capital, os bancos estão sempre em perfeita ordem financeira, então esse medida não abalará nem o mercado financeiro, nem o imobiliário”, diz.
No caso do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), o presidente Rubens Bordini, disse que pretende conseguir expansão de até 25% na carteira de crédito imobiliário do banco, passando a R$ 1,5 bilhão em 2011.
Fonte: DCI / Flávia Milhassi
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