terça-feira, 17 de maio de 2011

SP: VENDA DE IMÓVEIS NOVOS TEM QUEDA DE 62%, DIZ SECOVI


As vendas de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo tiveram queda em março, mostra levantamento do Secovi-SP (sindicato da habitação) divulgado nesta segunda-feira. Foram 1.566 unidades comercializadas no período, redução de 61,8% ante o mesmo mês de 2010 e retração de 16,2% na comparação com fevereiro.

Segundo a entidade, a desaceleração no ritmo de comercialização aponta "para um ajuste técnico, devido à valorização dos imóveis e dos insumos".

Além disso, o Secovi diz em nota que "o ambiente econômico registra um novo momento, menos favorável em relação ao início de 2010, com perspectiva de aumento da inflação e consequente elevação das taxas de juros".

O sindicato pontua ainda que, em março de 2010, "o Brasil estava 'a todo vapor', com notícias positivas e grande expectativa de crescimento do PIB. Naquele mês, foram lançadas 3.959 unidades, proporção 2,6 vezes maior que a dos imóveis colocados em oferta no terceiro mês deste ano. O volume de vendas acompanhou a mudança de escala de oferta".

O volume de lançamentos apurado pela Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio) foi de 1.530 unidades, com queda de 47,3% sobre fevereiro (2.902 imóveis).

Já o indicador VSO (Vendas sobre Oferta), que mensura o ritmo de comercialização pelo cálculo do total de unidades vendidas em relação à oferta existente no mês, atingiu 11,5% --inferior aos 13,2% de fevereiro e aos 28,2% de março do ano passado.

LIMITE

De acordo com o Secovi, o mercado imobiliário, pelo valor considerável dos imóveis e por se tratar de um bem patrimonial, não pode crescer de forma infinita. "O setor se ajusta de forma responsável. Essa adequação, salutar, não será a primeira nem a última", analisa o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

"Vale, ainda, ressaltar o arrefecimento no lançamento de empreendimentos enquadrados no Programa Minha Casa, Minha Vida", diz em nota. E acrescenta: "apesar da mudança nos valores dos imóveis que fazem parte da segunda fase do programa, não houve o devido reajuste na faixa da renda familiar --imprescindível para evitar que diversas famílias fiquem de fora do MCMV".

Fonte: Folha.com

Um comentário:

  1. A tal bolha que a Caixa Econômica dizia que não havia estourou. Agora vamos ver se finalmente os preços vão ao seu valor de mercado, sem especulação. Vender unidades com 47 quadrados, chamar de casa cobrando 90 a 12 mil a unidade. Não podia durar muito.

    ResponderExcluir