O bilionário russo Yuri Milner pagou US$ 100 milhões recentemente por uma mansão de estilo francês no Vale do Silício, o novo recorde de valor pago por uma casa nos Estados Unidos. O ucraniano Rinat Akhmetov comprou dois dos mais caros apartamentos já vendidos em Londres por US$ 222,5 milhões. Em Paris, uma princesa do Golfo Pérsico gastou US$ 96,9 milhões ano passado por uma mansão com pátio, jardim e capela na Margem Esquerda do Rio Sena.
Alguns dos compradores de imóveis residenciais mais endinheirados em várias cidades estão emergindo de lugares distantes. Um relatório sobre Londres constatou que 65% dos compradores do mercado local de luxo vêm do exterior. Segundo a Associação de Corretores de Miami, quase 60% das vendas realizadas ano passado na cidade foram para estrangeiros. Mais da metade dos compradores de um condomínio de luxo na Quinta Avenida, em Nova York, são do exterior.
Nos EUA, embora as compras de estrangeiros correspondam a apenas 7% do mercado residencial, seu número teve uma alta substancial: segundo a associação dos corretores de imóveis do país, 18% dos corretores americanos divulgaram ter vendido uma casa para pelo menos um comprador internacional em 2010, 12% a mais que no ano anterior.
A procedência desses compradores tem mudado, num reflexo das mudanças no cenário econômico mundial. Os compradores russos voltaram à ativa, e vem crescendo o número de compradores do Brasil. Os australianos estão comprando chalés de esqui em Aspen, no Colorado. Em Tampa, são os venezuelanos que estão comprando condomínios à beira-mar a preço de banana.
Um dos maiores fatores em muitas áreas é a emergência dos chineses. Com a alta desenfreada do custo das residências na China — o que aumenta a preocupação de que haja uma bolha imobiliária no país —, os compradores mais ricos começaram a procurar no exterior e entrar em mercados que parecem pechinchas em comparação.
Quando procuram uma casa, os compradores estrangeiros geralmente as buscam em lugares altamente específicos: em Londres os russos e árabes vão todos para Knightsbridge, em que quarteirões inteiros de novos condomínios oferecem as amenidades mais luxuosas. Em Nova York são os edifícios mais novos e com arquitetura contemporânea que atraem os estrangeiros. Abaixo, os maiores mercados imobiliários mundiais para compradores estrangeiros.
Nova York
Segundo Jonathan Miller, presidente da consultoria de imóveis Miller Samuel, os estrangeiros geralmente são de 15% a 20% dos compradores das residências na ilha de Manhattan, em Nova York. Eles compram especialmente apartamentos em edifícios novos ou renovados que custam muitos milhões de dólares. Segundo Pamela Liebman, presidente da corretora local Corcoran Group, quase 20% das vendas de apartamentos da empresa no primeiro trimestre foram para estrangeiros.
Há muito tempo que Manhattan é um dos mercados mais populares do mundo para compradores internacionais. Mas a composição desses compradores mudou. Sumiram os investidores irlandeses que adquiriam apartamentos no auge do boom imobiliário do país europeu, diz Miller. Hoje em dia, quem domina são os chineses e brasileiros.
No edifício Setai Fifth Avenue Residences, onde os apartamentos custam entre US$ 1,2 milhão e US$ 15 milhões, quase a metade dos compradores é do exterior. Brasileiros compraram vários apartamentos lá, como o craque Kaká, do Real Madrid, que comprou recentemente três unidades no prédio, que planeja combinar numa só, diz o italiano Giuseppe Rossi, vice-presidente executivo da Bizzi & Partners Development. (Kaká não respondeu a pedidos de que comentasse a compra.)
Paris
O mercado imobiliário de Paris vive um boom impulsionado, em parte, pelo alto preço que os estrangeiros estão dispostos a pagar. No "Triângulo de Ouro" — a área sofisticada perto do Champs-Elyseés —, o preço dos apartamentos subiu 38% ano passado, segundo a Câmara de Cartórios de Paris. Uma nova onda de compradores chineses também está se apoderando do 16o arrondissement, perto da Praça do Trocadéro, onde os edifícios suntuosos atraem os estrangeiros. A presença brasileira também está aumentando; Jean-Philippe Roux, gerente do novo escritório parisiense da agência imobiliária de luxo John Taylor, diz que já tem nove brasileiros interessados em comprar no 7o e no 8o arrondissements.
A Itália e o Reino Unido fornecem cerca de um terço dos compradores internacionais de imóveis em Paris. Geralmente eles querem apartamentos na Margem Esquerda e no bairro Saint-Germain, bem como no mais boêmio Marais, cuja localização central é próxima das estações de trens. Os compradores da Rússia e do Oriente Médio tendem a se concentrar no "Triângulo de Ouro", onde ficam os hotéis e butiques mais luxuosos.
Hong Kong
O boom imobiliário da China contaminou Hong Kong, onde o preço dos imóveis já ultrapassou recordes anteriores e agora é um dos mais altos do mundo. Segundo a corretora Savills, as residências em Hong Kong são 52% mais caras que em Londres — e 111% mais que em Nova York.
Os chineses se concentram mais no segmento de apartamentos de luxo de mais de US$ 1,5 milhão, como o Cullian, em West Kowloon. Essa região respondeu por 28,8% das vendas no primeiro semestre de 2010. No segmento de apartamentos extremamente caros — US$ 25,7 milhões ou mais —, Joseph Tsang, diretor-gerente da corretora Jones Lang Lasalle em Hong Kong, a estimativa é que quase todas as transações envolvam chineses.
Ele diz que os compradores chineses querem acabamento de luxo, ornamentos chamativos e entrada parecida com o lobby de um hotel.
Londres
Segundo Liam Bailey, que dirige a pesquisa de imóveis residenciais da corretora Knight Frank, a proporção de compradores internacionais para nacionais de Londres é a maior entre as grandes cidades do mundo. Segundo seu último relatório, do mês passado, 64% dos compradores de residências no centro de Londres com preço maior que US$ 8,1 milhões são estrangeiros, provavelmente a porcentagem mais alta que já houve, diz Bailey.
O número de nacionalidades também aumentou; pessoas de 61 países compraram residências em Londres ano passado, ante 46 em 2009, com expansão maior no número de russos, chineses, indianos e compradores do Oriente Médio, segundo a Knight Frank.
Cada nacionalidade é atraída por aspectos diferentes. Para os americanos, é o arborizado bairro de Hampstead Village, segundo Marcus Oliver, diretor do escritório da corretora Chesterton Humbert em Hampstead. Enquanto isso, o status e o movimento de Knightsbridge, no centro, estão atraindo os novos ricos do Leste Europeu e os compradores do Oriente Médio, diz Roarie Scarisbrick, da corretora Property Vision, do HSBC. Já na vizinha Kensington, que fica perto de museus e cafés, o comprador geralmente é francês, suíço ou italiano, diz o corretor independente Charles McDowell.
Miami
Na Grande Miami, quase 60% de todas as vendas no ano passado foram para estrangeiros, segundo a Associação de Corretores de Imóveis de Miami. Para apartamentos recém-construídos na área central, o número chega a 90%.
Muitos são do Brasil. O real se valorizou cerca de 40% em relação ao dólar nos últimos dois anos. A incorporadora e corretora Fortune International investiu fortemente no Brasil para vender o Jade Ocean, um edifício de 50 andares que conta com piscinas infinity, um cinema privê e uma área para crianças com mobília Philippe Starck. As coberturas duplex custam entre US$ 2,9 milhões e US$ 5 milhões. Cerca de 85% dos apartamentos do prédio foram vendidos para compradores do exterior.
O principal incorporador da Fortune, Edgardo Defortuna, diz que a empresa tem encorajado a American Airlines, com a qual fez uma parceria no ano passado, a acrescentar novos voos de cidades diferentes do Brasil para Miami, algo que a American Airlines informa estar preparando. Num e-mail, uma porta-voz da American disse: "Faz sentido promover Miami não apenas como um lugar para visitar, mas um lugar para morar."
Diferentemente dos americanos, que geralmente preferem casas, os estrangeiros preferem apartamentos. O Icon Brickell, um complexo de três torres no centro, tem atraído muitos compradores britânicos e brasileiros, segundo Oliver Ruiz, corretor gerente da Fortune International. Os venezuelanos também se tornaram presença crescente, bem como os compradores da Itália, da Espanha e da Suíça.
Fonte: WSJ
(Colaboraram Christina Passariello, de Paris, Jason Chow, de Hong Kong, e Tara Loader Wilkinson, de Londres)
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