FENACI reuniu presidentes de Sindicatos de Corretores de Imóveis de
todo o Brasil, representantes da área patronal e do Mistério do
Trabalho e Emprego para um amplo debate sobre o tema.
A realização do Seminário sobre a
Relação de Trabalho entre o Corretor de Imóveis e a Empresa Imobiliária,
organizado em parceria com os Sindicatos de Corretores de Imóveis de
todo o Brasil, foi o coroamento de uma situação que vem se agravando, de
forma progressiva, ao longo dos últimos anos, qual seja, a deterioração
da relação e das condições de trabalho dos profissionais corretores de
imóveis Brasil afora com as empresas imobiliárias.
Esta situação chegou a um ponto limite
com a divulgação recente de um Relatório de Fiscalização realizado pela
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Alagoas (SRTE-AL)
referente a atuação das imobiliárias na cidade de Maceió, em relação às
condições de trabalho dos corretores de imóveis.
Este relatório foi fruto de uma
solicitação da Casa Civil da Presidência da República à Secretaria de
Inspeção do Trabalho, órgão do MTE, que o repassou às Superintendências
Regionais do Trabalho e Emprego de todo o Brasil, e foi motivado pela
denúncia de uma corretora de imóveis alagoana (mantida em sigilo) em
relação às condições de trabalho oferecidas pelas empresas imobiliárias
em sua cidade.
Panorama nacional
Um dos palestrantes convidados ao
Seminário foi o Auditor Fiscal do Trabalho, Glauco Nogueira Bezerra,
justamente o responsável pela elaboração do Relatório de Fiscalização em
Maceió, que apresentou um panorama aflitivo em relação às condições de
trabalho dos corretores de imóveis alagoanos, mas que podem ser
encontradas em todos os recantos do País e que serviram para nortear os
debates sobre o tema.
O relatório, segundo seu autor, desvenda
relações de trabalho primitivas, desumanas e, na maior parte dos casos,
inadequadas. “Eu já sabia das dimensões do problema, inclusive que ele
se repete em nível nacional, mas nos causa perplexidade constatar que
tantos trabalhadores, no caso corretores de imóveis, que atendem às
exigências de relação de trabalho com vínculo empregatício exercerem
suas atividades sem carteira assinada, sujeitos as pressões e situações
indevidas”, explicou o Auditor Fiscal.
Em face da situação encontrada, Glauco
Bezerra concluiu em seu relatório: “... Embora no mundo do direito não
seja prudente falar em situações absolutas, depois de tudo que foi
explicado sobre a lógica do mercado imobiliário e da sistemática de
funcionamento das imobiliárias, podemos dizer que não há como conceber
que uma imobiliária funcione com corretores autônomos. Diante do
exposto, concluímos com a mais absoluta convicção que o CORRETOR DE
IMÓVEIS VINCULADO À IMOBILIÁRIA É EMPREGADO! (Grifo nosso)
Quanto à repercussão do seu relatório,
Glauco Bezerra espera que ele sirva como estímulo para que se deflagre
um movimento espontâneo de regularização das relações de trabalho entre
os corretores de imóveis e as empresas imobiliárias em todo o Brasil. “É
de fundamental importância, tanto em nível econômico, quanto social,
que seja observado o império da legalidade nas relações de trabalho. Com
isso todos saem ganhando”, afirmou Bezerra.
Mais repercussão
A repercussão no sentido desta
regularização em âmbito nacional promete aumentar. Já está em andamento,
no Distrito Federal, mais uma fiscalização, desta feita realizada pela
Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do DF, a cargo do
Auditor André Grandizoli - que também proferiu palestra no Seminário da
FENACI -, com o fim de proceder a um completo raio X nas relações de
trabalho entre corretores de imóveis e empresas imobiliárias no mercado
candango.
Em uma primeira análise, André
Grandizoli se diz alinhado com as conclusões de seu colega de Alagoas,
Glauco Bezerra. “O problema maior é que já há um hábito, nacionalmente
unificado, de se tratar a questão como trabalho autônomo, quando na
verdade ela configura vínculo de trabalho. A maioria das empresas atua
desta forma. A nossa esperança é que com a crescente divulgação do
assunto, com a conclusão do primeiro relatório, as pessoas entendam que é
melhor se antecipar à fiscalização e buscar a correção de rumos. Seria
algo assim como um trabalho profilático. Para agilizar este processo,
vou tentar, através das entidades de classe, marcar uma reunião com os
agentes do mercado do DF para tratar desta questão”, explicou
Grandizoli.
A última palestrante a se dirigir aos
corretores de imóveis foi a dra. Zilmara Alencar, especializada em
Relações do Trabalho; Direito Coletivo e Sindical; ex- Secretária de
Relações do Trabalho do MTE e assessora da Confederação Nacional das
Profissões Liberais (CNPL), que tratou da importância do trabalho
sindical na melhoria das relações de trabalho.
“Acredito que esse seminário representa
um marco na consolidação da importância de um tratamento coletivo de
todos os corretores de imóveis. A partir do momento que o sindicato
assume o papel de interlocutor da melhoria dessas relações de trabalho,
sejam elas travadas no âmbito de uma formalidade celetista ou no âmbito
de execução de atividade autônoma, o sindicato muito vai contribuir para
que tenhamos melhorias nas relações. Com mais segurança, com mais
cobertura, tanto na questão de saúde do trabalhador, quanto na questão
de seus direitos. O evento me pareceu uma consolidação desta vontade
sindical de se utilizando das prerrogativas de celebrar acordos e
convenções, trazer esta discussão de uma maneira amadurecida, que com
certeza trará muitos frutos para a categoria”, disse Zilmara Alencar.
Presente ao evento, o presidente da
Federeção Nacional dos Sindicatos de Habitação (Fesecovi), Sérgio Porto,
representante da área patronal, reconheceu que a realidade do mercado
imobiliário nacional em relação ao tema do seminário é indiscutível e já
perdura há bastante tempo. “A solução tem que ser buscada com a
participação dos sindicatos laborais e patronais”, ponderou Porto.
Divisor de águas
A pertinência do tema, a qualidade e
reconhecimento dos palestrantes, a presença maciça de presidentes de
sindicatos de todo o Brasil, demonstrando grande força e coesão foram,
na opinião de Carlos Alberto de Azevedo, presidente da FENACI,
fundamentais para que o Seminário fosse um verdadeiro sucesso e
atingisse plenamente seus objetivos.
“Este seminário foi um divisor de águas
no cenário da atuação dos sindicatos em relação aos seus representados.
Trouxemos para discussão um tema da maior relevância para os corretores
de imóveis de todo o Brasil e saímos daqui com uma posição única em
favor da categoria. Trouxemos informação, analisamos alternativas,
escutamos os contraditórios e propusemos soluções, à luz do direito, do
respeito e da democracia. Como tem de ser!”, destacou Azevedo.
As palavras do atual presidente da
FENACI encontraram eco junto ao presidente eleito, Joaquim Ribeiro. “A
realização deste seminário foi uma demonstração cabal de um belo momento
de fortalecimento da atividade sindical, quando de forma consciente e
desprendida lutamos pelo bem estar comum e pelo crescimento dos grandes
valores nacionais”, enfatizou Ribeiro.
Fonte: FENACI
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