O contexto de quem precisa vender imóveis
Vender bem – e vender rápido – é a meta de todos que estão envolvidos
no processo de comercialização de imóveis, direta ou indiretamente.
Realizar este desejo, no entanto, é um desafio permanente.
Se é fato que o mercado imobiliário vem de um histórico recente de
crescimento inédito e calorosamente comemorado, também é verdade afirmar
que a euforia ficou no passado e que, em contrapartida, a competição
está mais acirrada, desde lá. Mais oferta, mais disputa pela atenção do
comprador. Hoje, já com um distanciamento lúcido da euforia vivenciada
antes de 2012 e com a expectativa de crescimento acomodando-se em níveis
mais realistas, a palavra-chave é “otimizar”. ou perder
competitividade.
O contexto de quem quer comprar um imóvel
Quem busca um imóvel, hoje, tem muitas opções disponíveis. Além dos
bairros mais conhecidos e tradicionais, há novas regiões sendo
desenvolvidas e apresentando intensa atividade e proliferação de
ofertas, entrando na batalha pela atenção e pela preferência do
comprador.
Onde – e como – a Internet entra, neste cenário
Então vamos ligar as pontas, integrar os dois contextos: o consumidor
tem um cardápio variado à sua disposição, com muitas opções de estilo,
categoria, tamanho, localização, qualidade, preço e condições de
pagamento; as incorporadoras e imobiliárias, por sua vez, precisam
fazer o cliente olhar para os seus produtos, que estão dispersos nesse
extenso menu, junto com toda a concorrência.
O que fazer? Como “gritar” para chamar a atenção? Como manter a atenção? Onde gritar, para não ter apenas o eco como retorno. Como converter a atenção em venda? As perguntas são estas. E as respostas, passam – definitivamente – pela Internet.
Os processos de comunicação, divulgação, vendas e relacionamento,
foram profundamente modificados pelos novos hábitos de consumo, pesquisa
e interação com as ofertas. Não dá para vender bem no Século 21, só
com as ferramentas do Século 20.
A imagem abaixo é de 2009, mas ilustra bem a diferença entre ontem e hoje e, se você ainda não tinha pensado nisso, também serve pra mostrar o quanto já está atrasado…
Propaganda nos anos 80 x Propaganda hoje
Propaganda nos anos 80 x Propaganda hoje
As pessoas passaram a “frequentar” lugares virtuais, como o Facebook, o Google, o YouTube,
citando alguns dos mais visitados, hoje, em vez de ter apenas contato
físico com a propaganda, como em jornais e revistas, ou mesmo vendo
televisão ou um outdoor, na rua.
Logo, não faz sentido seguir alocando toda a verba de comunicação, ou
quase toda, apenas nos canais tradicionais. Ainda mais quando
estivermos falando de determinados públicos ou situações específicas.
Por exemplo: para os brasileiros, a Internet já é a segunda maior fonte
de informação, estando à frente do rádio, jornal e revista. E para os
jovens de até 25 anos (compradores de imóvel, nos próximos anos?), ela
já é a primeira. (fonte: Censo 2010, F/Nazca – F/Radar 7a Edição e Ibope NetRatings).
Fonte: Pesquisa F/ Radar – 11a edição, da agência FNazca em parceria com o DataFolha
E, no processo de decisão de compra de um imóvel, um comprador da
Classe B, por exemplo, gasta 65% do seu tempo de pesquisa de imóveis,
buscando online. E 35%, offline. (fonte: pesquisa Google Think Real Estate, 2011).
Estes percentuais compreendem toda a atividade online, incluindo as
visitas aos sites das incorporadoras e imobiliárias. E a conclusão,
óbvia, é que os respondentes visitam mais os sites do que as instalações
físicas das empresas.
Para o mercado imobiliário, o fato relevante que estes números
comprovam é que a Internet está consolidada como o principal meio de
busca de informações para quem procura um imóvel. Sendo esta a
realidade, sua oferta deve estar presente no maior número possível de
canais online. Não ter a oferta na Internet, pode significar estar
automaticamente excluído das opções de compra de quem está pesquisando.
Por outro lado, atuar na Internet é operar uma equação com muitas
variáveis. Use todas as que sua verba permitir, cada qual com seu
devido peso, e influencie seus públicos em diferentes momentos e
atividades da sua rotina.
Imagine sua marca presente nos canais mais acessados por seu público:
a) Visitou o Facebook, lá está um banner da sua empresa, divulgando um
imóvel; b) Acessou um portal de notícias, viu novamente a oferta; c)
Pesquisou o tipo de imóvel que deseja, em um buscador, e sua empresa
está bem posicionada e aparece também nos links patrocinados; d)
Pesquisou novamente, agora em um classificado de imóveis, e, novamente, é
impactado por sua oferta; e) Acessou o YouTube e viu novamente… Enfim,
a ideia é esta: estar presente, onde for possível e vantajoso estar.
O mix de marketing existe também no digital.
E já que falei apenas da Internet, até aqui, é importante a ressaltar que a integração das mídias online e offline é
um aspecto crucial para a obtenção de melhores resultados. Afinal, um
indivíduo é impactado por diversas mídias, físicas e digitais, ao longo
do dia. Apesar disto, é aqui que a maioria falha, fazendo apenas
adaptações do impresso para o digital, e, o pior, ignorando o poder da
complementaridade entre as mídias, abrindo mão dos resultados que ações
casadas podem proporcionar.
Finalizando, temos o fator envolvimento. Sites e HotSites
podem e devem ser mais do que informativos. Devem ser atrativos,
envolventes, sedutores. Os HotSites, mais especificamente, existem
justamente para este fim: seduzir, encantar, envolver. E os sites,
devem ter mais do que o básico. Devem ter informação relevante, ótimas
fotos e imagens, em bom tamanho. As Redes Sociais, por sua vez, são
relacionamento puro. Utilize-as para criar aproximação com seu
público.
Estimule o diálogo. Escute. Responda. Interação é uma palavra-chave para o envolvimento. É isto que as pessoas esperam das empresas, hoje.
Autor: Ricardo de Bem - Sócio-diretor da Divex
– Internet gerando valor, diretor da ABRADi-RS (Associação Brasileira
das Agências Digitais – RS) e escreve regularmente sobre Internet e
Marketing Digital.
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