O mercado imobiliário brasileiro não está diante de uma
bolha. A afirmação é do diretor de crédito do Bradesco, Cláudio Borges
Cassemiro, para quem esse aumento de preço no setor se deu em função do
custo dos insumo e do preço de terreno entre outros motivos. No ano
passado, o banco desembolsou para o setor R$ 14,6 bilhões, recuo de 0,2%
em relação a 2011.
"Tudo isso (aumento de custos) tem sido repassado para o consumidor no preço final do imóvel.
Logicamente, ocorreu uma correção
de preço em todos os ítens da construção civil e isto impactou na
elevação do metro quadrado em cada um dos empreendimentos (residencial e
comercial)", disse, acrescentando que o setor vive um momento de
estabilidade em termos de preço.
Oferta e procura
"A demanda está aí e vai acontecer. Teve um momento de
paralisação na velocidade que vinha. Isso aconteceu em todo o país. esse
patamar vai continuar nos próximos anos".
Cassemiro, que realizou palestra no seminário promovido pela
Apimec-Rio nesta quinta-feira, fez questão de explicar que a
estabilidade ocorreu em regiões onde a oferta é menor do que a demanda.
Segundo ele, isso fez com que os preços dos financiamentos se
estabilizassem ou "suba um pouco".
"A velocidade de venda hoje no país é menor e isso de uma certa
forma gera uma expectativa. os ajustes ocorrerão e no futuro o mercado
vai estar ajustado com os eventos que vão acontecer no Rio (Copa do
Mundo e Jogos Olímpicos) e vai se manter estável", explicou.
Aluguel
Quanto ao mercado imobiliário de aluguéis, o executivo do
Bradesco disse que, se levar em conta toda essa demanda, numa
estabilidade de preço e de financiamento, a tendência é de "uma
convivência natural" no mercado como um todo.
"O aluguel é para uma pessoa que precisa de um imóvel naquele
momento. Isso no caso do residencial. Então, ele (inquilino) pode fazer
opções. Quando encontra uma melhor oportunidade, sai do aluguel e parte
para casa própria. Podemos atender hoje no Sistema Financeiro de
Habitação maiores valores de financiamento para moradia", disse,
salientando que não adiante o locador pedir um valor exorbitante de
aluguel porque o consumidor, por sua vez, vai procurar aquilo que lhe é
melhor.
Linhas de financiamento
Cláudio Borges fez questão de ressaltar que o Bradesco tem
atendido financiamentos de casa própria (novo ou usado) e estuda
operações para imóveis comerciais. Além disso, diz, o banco também
financia a compra de lotes para construção futura.
"Temos todas as linhas de financiamentos disponíveis. Hoje,
estamos atendendo de acordo com a demanda", comentou, informando que
para este ano o Bradesco vai disponibilizar recursos para o
financiamento de compra de imóveis de acordo com a demanda, ou seja,
pode ultrapassar, segundo ele, o valor destinado em 2012.
"O Bradesco tem atendido, em toda sua rede de agências no país, o
financiamento de primeira e segunda moradia. temos prestações a partir
de R$ 200,00. Então significa que podemos financiar imóveis na faixa de
R$ 50 mil para os entrantes. Só exigimos que ele coloque 20% do valor do
imóvel".
Fonte: Monitor Mercantil
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