segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

GOOGLE DESISTE DO MERCADO IMOBILIÁRIO NO GOOGLE MAPS


Google Maps é um serviço de localização utilizando mapas geográficos. Ele permite localizar qualquer lugar através de informações como país, estado, cidade e endereço.

O gigante dos motores de busca mundiais, acaba de anunciar que vai desistir de divulgar imóveis no Google Maps a partir de 10 de Fevereiro.
De acordo com as declarações de Brian McClendon, Vice-Presidente da Google Maps, em comunicado oficial da empresa enviado aos órgãos de informação, “Em parte devido à pouca utilização, à proliferação de excelentes ferramentas de pesquisa nos portais imobiliários e ao desafio levantado pela necessidade de substituir o Google Base API – aplicação usada para enviar os imóveis para o Google – decidimos descontinuar a funcionalidade de pesquisa imobiliária no Google Maps a partir de 10 de Fevereiro do corrente ano.”
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A partir desta data, 10 de Fevereiro, deixará de ser possível encontrar imóveis através da pesquisa no Google Maps e os profissionais imobiliários deixarão de poder colocar as suas listagens no Google Base, o website de classificados do grupo. Este serviço de divulgação foi lançado em 2009 e tem estado em funcionamento nos Estados Unidos da América, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido e Japão. (Disponibilizado parcialmente no Brasil desde o ano passado)

Esta decisão do Google não surpreendeu os principais “players” do setor dos portais imobiliários. Como afirma Simon Baker, editor do propertyadguru.com, em declarações à Overseas Property Professional, “Era claro desde o início que o modelo do Google Real Estate tinha enormes desafios a superar. Os principais desafios seriam os de captar tráfego e criar um modelo de remuneração. Ao não apresentar os resultados de pesquisas na página principal do Google e ao manter estes resultados como uma “camada” do produto de Mapas, seria sempre difícil para os visitantes encontrar a área de pesquisa de imóveis.”

Esta opinião é partilhada por quase todos os especialistas consultados por um dos principais websites internacionais especializados em divulgação imobiliária na internet, o Property Portal Watch. Segundo Pete Flint, CEO e co-fundador do motor de pesquisa imobiliário dos EUA, trulia.com “Isto não é uma surpresa para mim. Mesmo com a enorme audiência do Google, ter listas de imóveis não é suficiente para criar uma experiência de pesquisa agradável e conquistar visitantes.”

Já Petra Sprekos, diretor-geral do portal australiano realestateview.com.au afirma que “O processo de compra ou arrendamento estende-se muito além da presença numa listagem e, neste Mercado, são os dados e o conteúdo com valor acrescentado que enriquecem a experiência do utilizador e os ajuda a tomar decisões e isto o Google não oferecia.”

Alistair Helm, CEO do portal imobiliário neo-zelandês realstate.co.nz diz mesmo que “Sempre foi minha opinião que a entrada do Google na pesquisa de imóveis foi totalmente acidental. Os consumidores nunca encontraram com facilidade o mapa de pesquisa imobiliária do Google e, se encontraram, não lhe atribuíram valor.”

Ed Freyfogle, co-fundador do motor de pesquisa Nestoria, vai mais longe, ao afirmar que “Este é mais um exemplo de que o modelo de negócio baseado em listagens de imóveis gratuitas tem mais desvantagens que vantagens. Só encoraja SPAM, falta de atualização, não gera receitas e não atrai investimento.”

Também Joel Burslem, da consultora 1000Watt Consulting concorda que a visibilidade – ou a falta dela – foi um dos maiores obstáculos ao sucesso do sistema de pesquisa imobiliária do Google. “Manter uma base de dados de imóveis a nível internacional e, mais importante ainda, a sua exatidão, é um enorme desafio que até o Google considerou exigir um esforço excessivo”, disse Burslem.

Mas nem toda a gente está convencida que o Google desistiu totalmente desta área de negócio. Matt McGee, num artigo publicado no site searchengineland.com afirma o seguinte: “Parece impossível pensar que o Google vai desistir totalmente da pesquisa de imóveis – é um setor de atividade demasiado importante para o negócio da pesquisa na internet, com a National Association of Realtors* (*Nota do Editor: Associação Nacional de Mediadores Imobiliários dos EUA) a afirmar que 85 por cento de todos os compradores de casa iniciam a sua pesquisa na internet.”

Fonte: Marketing Imobiliário | Property Portal Watch / Overseas Property Portal – Casa Sapo – Blog Imoguia

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