segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

AÇÕES DE EMPRESAS IMOBILIÁRIAS CAEM FORTE APÓS CORTE NO MINHA CASA, MINHA VIDA

IMOB, índice referencial do segmento imobiliário
na Bovespa, cai 3% nesta tarde

MRV Engenharia, PDG Realty e Rossi Residencial lideram as perdas do Ibovespa, com desvalorização de aproximadamente 6%

São Paulo – O primeiro pregão da semana é marcado pela forte desvalorização das ações do setor imobiliário na Bovespa. A queda é decorrente do anúncio feito no início da tarde pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, no qual o governo confirma o bloqueio de 5,1 bilhões de reais do orçamento do programa Minha Casa Minha Vida. Com este corte, o montante de 12,7 bilhões de reais direcionados para investimentos em 2011 foi reduzido para 7,6 bilhões.

Enquanto o Ibovespa oscila próximo à estabilidade, aos 66.896 pontos, empresas como MRV Engenharia (MRVE3), PDG Realty (PDGR3) e Rossi Residencial (RSID3) lideram as perdas do principal índice da bolsa paulista, com uma desvalorização que chegou a 6%. O IMOB, índice referencial do segmento imobiliário na Bovespa, cai 3% nesta tarde.

A redução no montante destinado ao programa Minha Casa Minha Vida, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tem origem no corte de 50 bilhões de reais no Orçamento do governo, anunciado no início do mês.

Mais cortes?

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou nesta segunda-feira (28) a possibilidade de haver um corte maior no Orçamento. No final de semana, chegou a ser divulgado em Brasília que o corte poderia chegar a 80 bilhões de reais. Segundo Mantega, 50 bilhões de reais são suficientes para os objetivos do governo.

Sobre a compra de aviões de caça para a Aeronáutica, o ministro reforçou que não há previsão fiscal para a aquisição este ano. Já a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, negou que a segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) não esteja recebendo recursos. Segundo ela, a lei foi sancionada neste mês e, por isso, em pouco dias, não teria como liberar recursos.

Fonte: Marcelo Poli - EXAME.com

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