Nos
últimos 10 anos, foi comercializado mais de 1 trilhão de dólares em
imóveis para o setor de varejo em todo o mundo. O dado foi apresentado
no relatório Redefinindo o Investimento no Varejo, feito pela Jones Lang
LaSalle em parceria com o International Council of Shopping Centers
(ICSC).
O estudo aponta que no ano passado as atividades transnacionais foram
responsáveis por metade do investimento imobiliário de varejo. A
expectativa é que até 2020 estas transações aumentem o volume de
investimentos anuais para entre 160 e 180 bilhões de dólares.
Ainda de acordo com o relatório, os investimentos imobiliários nos
próximos anos deverão ter como foco principal o BRIC (Brasil, Rússia,
Índia e China) e os mercados do México, Indonésia, Coreia do Sul e
Turquia.
Até 2020, a região da Ásia e do Pacífico será responsável por 26% do
volume de investimentos em varejo em todo mundo. As Américas terão 33%
do volume, enquanto a região da Europa, Oriente Médio e África deterá
41% das transações.
O Brasil, segundo o relatório da Jones Lang LaSalle, é o mercado
dominante na América Latina. O crescimento dos investimentos
imobiliários no país entre 2010 e 2011 foi influenciado principalmente
pelas compras de portfólios de shopping centers.
Os investidores e desenvolvedores domésticos são a maioria no mercado
imobiliário de varejo do Brasil, no qual 40% do mercado de shopping
centers é dominado por grandes players. A tendência, de acordo com a
Jones Lang LaSalle, é que haja a aquisição de participação em empresas
desenvolvedoras nacionais de varejo pelos fundos de investimento.
A taxa anual de expansão de áreas úteis de varejo no Brasil é de 11%.
O número chega a 15% na China e na Índia. O crescimento do mercado
imobiliário de varejo no país está relacionado principalmente à
requisitos como crescente mercado doméstico, inflação sob controle,
estabilidade monetária, alta liquidez, queda dos custos de capital e
crédito em expansão.
Porém, entre os desafios enfrentados pelo setor, está a estrutura
legal que enfraquece contratos, os impostos, que encarecem a importação
de mercadorias, e os entraves logísticos.
O estudo também identificou cinco forças-chave que estimularão a
globalização dos investimentos no setor imobiliário de varejo, sendo
elas: o crescimento das classes médias urbanas; a internacionalização do
varejo; a melhora de qualidade dos ativos de varejo; a melhora do nível
de transparência dos mercados imobiliários; e as características
defensivas do varejo.
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