As emissões de títulos de dívida garantidos por ativos imobiliário
estão em mínimas históricas com o enfraquecimento da economia e o salto
na inadimplência levando à desaceleração no financiamento imobiliário.
A oferta de títulos caiu 49 por cento para R$ 3,3 bilhões no primeiro
semestre em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da
Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de
Capitais. Os títulos rendem até 7,5 pontos percentuais mais que o IGP-M,
que foi de 5,14 por cento em junho, de acordo com a Brazilian
Securities Cia. de Securitização. A taxa dos títulos imobiliários nos
Estados Unidos está em média 1,3 por cento, mostram dados do Bank of
America Corp.
A expansão do crédito imobiliário no país desacelerou em junho para o
ritmo mais fraco em dois anos e meio, coincidindo com a economia a
caminho do menor crescimento em três anos e o índice de inadimplência em
empréstimos ao consumidor perto do mais alto nível em 30 meses. Neste
mês, a Fitch Ratings rebaixou a Brookfield Incorporações SA, cuja ação
perdeu 38 por cento do valor neste ano, assim como os títulos de dívida
garantidos pela companhia.
“Quando você vê o mercado de construção civil esfriando, isso significa
que há menos oferta” de dívida imobiliária, disse Marcio Guedes,
diretor do J. Safra Banco de Investimentos, em entrevista por telefone de
São Paulo em 26 de julho. “Não esperamos ver nos próximos seis meses a
mesma exuberância que vimos no mercado imobiliário nos últimos cinco
anos.”
Fonte: EXAME.com
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