segunda-feira, 23 de julho de 2012

MERCADO IMOBILIÁRIO AMERICANO - OPINIÃO: ESTÁ PRÓXIMO O ESTOURO DA "MÃE DE TODAS AS BOLHAS"

Peter Schiff

Peter Schiff, conhecido investidor e comentarista dos mercados financeiros, de marcada persuasão "Austríaca", foi um dos economistas que previu a eclosão da crise do crédito hipotecário em 2008 ("subprime"). Embasou a sua previsão na sequência do estratosférico crescimento da bolha imobiliária, alimentada pelo longo período de taxas de juro mínimas (por manipulação da Fed), do completo abandono das regras prudenciais na atribuição indiscriminada de crédíto, a quem não o podia suportar, a título da famigerada política de "affordable housing" com o beneplácito ativo das administrações de George H. Bush, de Bill Clinton e de George W. Bush e dos sucessivos Congressos.

Schiff não é naturalmente infalível em prever o futuro. Ninguém o é. Mas apresenta fortes razões, nesta entrevista à Forbes, para antever um inevitável crash do mercado da dívida pública americana. É até suficientemente temerário em situar o mercado em 2013.
Acerte ou erre na sua previsão, há muitos mais que pensam, como Schiff, que viver décadas a fio, à custa da emissão de dívida (adquirida em boa parte por estrangeiros), é insustentável, é irracional e é imoral. Mesmo para um país cuja economia vale anualmente $US 15 trillions, que detém "impressoras" próprias e tem a capacidade de controlar a velocidade das "rotativas". (Michael Ramirez, cartunista, demonstra aqui esta ideia.)

David Stockman, a par de outros como, por exemplo, Jim Rogers ou Marc Faber, é outra figura pública que apela à sanidade e, em especial, à desarticulação da Fed e da manipulação que o banco central faz da moeda em benefício dos grandes bancos e, naturalmente, dos governos das sucessivas administrações, em especial desde a chegada de Greenspan e Bernanke ao leme da Fed. (Stockman fez parte da administração Reagan no primeiro mandato deste, tendo saído profundamente desagradado com a total falta de vontade do governo, então como agora, em parar a incessante subida da despesa pública).

Fonte: Espectador Interessado

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