A Datastore, empresa líder em pesquisa imobiliária,
apresentou informações inéditas sobre as tendências deste mercado
durante o painel de abertura do ADIT Invest. Um dos mais importantes
eventos de investimentos imobiliários e turísticos do País, este ano
aconteceu no hotel Intercontinental de São Paulo. Contou com o
patrocínio oficial da Datastore e reuniu cerca de 50 especialistas para
fornecer dados estratégicos aos investidores.
O painel de abertura, abordou as perspectivas do setor imobiliário
brasileiro nos próximos 5 anos. Moderado por Felipe Cavalcante da ADIT
Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do
Brasil) o painel incluiu informações sobre o mercado por Marcus Araujo,
finanças por Máximo Pinheiro da Prosperitas Investimentos e política por
Paulo Simão da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
A pesquisa
No setor imobiliário 30% dos potenciais consumidores compram um
imóvel para melhorar o padrão de moradia ou escritório, 40% para ter
renda ou realizar lucros futuros e 30% para sair do aluguel. É o que
mostram as pesquisas de mercado realizadas em campo pela Datastore para
mais de 100 construtoras, incorporadoras e loteadores do País.
Para chegar a estes indicativos a empresa realizou uma média anual de
35 mil entrevistas de campo com potenciais consumidores de imóveis de
todas as regiões do Brasil.
Equilíbrio do setor X demanda
O levantamento revela que para manter o setor em equilíbrio a
intenção de compra deve ser de 30%, independente do nível social do
consumidor. Isso porque, foi este o índice que em dezembro de 2008
despencou para 8% em São Paulo quando a crise econômica dos EUA
paralisou o setor imobiliário brasileiro. A pesquisa em São Paulo tomou
como base pessoas com renda maior que 8 mil reais/mês. No mesmo período,
a decisão de compra em 12 meses, indicador de aceleração do mercado,
ficou em 51%. Já os investidores representaram 27% dos potenciais
compradores.
A pesquisa também mostrou que de dezembro de 2009 a julho de 2011,
período em que o consumo imobiliário aumentou em São Paulo e no restante
do País, a demanda média de 30% predominou como indicador de consumo.
Como não poderia deixar de ser, o aquecimento da economia nacional
teve reflexos no setor imobiliário. Fez com que o mercado paulista de
imóveis atingisse o pico da aceleração em janeiro do ano passado com 76%
dos consumidores potenciais decididos a comprar um imóvel dentro de 12
meses, para nos meses seguintes começar a cair.
Mercado paulista deve ganhar mais força em 2013
A pesquisa Datastore também apontou que no ano passado os sinais de
crise econômica nos EUA e Europa, desaceleraram o mercado imobiliário de
São Paulo. Ainda assim, comprar um imóvel está longe de ficar com um
‘mico’ na mão. Isso porque o que mantém a comercialização em médio prazo
é a intenção de compra em 24 meses. Só para se ter uma idéia, em
dezembro de 2011 este índice foi de 26%. Nos primeiro trimestre deste
ano, já deu sinais de uma leve recuperação, alcançando 27%. Por estar
muito próximo de 30% que é o índice desejável para transformar bens em
dinheiro, indica que a comercialização de imóveis ainda atrai uma
parcela importante da população com poder de consumo para fazer o
mercado girar.
Os indicadores mostram que hoje, o maior problema do mercado
imobiliário é a desaceleração da decisão de compra para 12 meses que
recuou 23% em relação a janeiro do ano passado. Neste período passou de
76% para 53%. Além disso, a pesquisa Datastore mostra uma queda de 7%
no número de investidores. Os levantamentos indicam que um dos fatores
que mais pesa nesta desaceleração é a proximidade da entrega de imóveis
comprados na planta pelos investidores nos últimos 30 meses e que
estarão no mercado até o final deste ano.
Por isso, a expectativa para o mercado de São Paulo é de que em 2013
retome uma demanda mais acelerada que deve ter como principal alavanca o
retorno dos investidores e o lançamento dos melhores projetos por parte
das empresas do setor.
Crescem oportunidades fora de São Paulo
Boas oportunidades fora de São Paulo devem se expandir nos próximos
anos por causa dos investimentos em infra-estrutura. O levantamento em
campo revela o claro poder de consumo de Campinas, cidade do interior.
Prova disso é que na cidade a intenção de compra para 24 meses em março
deste ano ficou 29%, ou seja, 2 pontos acima da capital.
Nos demais estados este índice ficou invariavelmente acima dos 30%
até março deste ano. Os principais destaques são Brasília com 39%,
Fortaleza com 38%, São Luiz com 35%, seguido de Campo Grande com 34%. Em
todos estes centros a pesquisa tomou como base pessoas com renda
familiar acima de 4 mil reais. A explicação para este resultado é a
maior renda per capta de Brasília e os investimentos que vêm sendo
realizados nas outras regiões.
Para São Paulo acelerar o crescimento do setor imobiliário ainda este
ano seriam necessárias mais medidas governamentais de incentivo fiscal e
financeiro voltado para novos empreendimentos.
A dica para ganhar dinheiro com imóveis, apontada pela pesquisa
Datastore, é investir nos momentos de baixa aceleração do setor para
vender nos momentos de alta velocidade de negócios, quando a falta de
oportunidades no mercado faz o valor dos imóveis disparar. Por isso,
para quem tem condições de investir o momento é agora. Quem adiar a
decisão pode pagar muito mais caro.
Fonte: Datastore
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