sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

EM DOIS ANOS FALTARÃO RECURSOS PARA A CASA PRÓPRIA: MERCADO IMOBILIÁRIO BRASILEIRO / DEMANDAS E ALTERNATIVAS


Para suprir demanda, estudo destaca derivativos e securitização de recebíveis como fontes de recursos.

A demanda por crédito imobiliário no Brasil cresce a cada mês. Estudo elaborado pelo especialista Roberto Ferreira Mendes a respeito da capacidade de financiamento habitacional da poupança do Brasil demonstra a possibilidade de faltar recursos financeiros para este mercado em dezembro de 2014.

Segundo dados da Caixa Econômica Federal, no primeiro quadrimestre de 2010 foram aplicados cerca de R$ 14,3 Bilhões em habitação para a classe média captados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE). No mesmo período, o montante dos depósitos em poupança no SBPE atingiu a marca de R$ 262 Bilhões.

Seguindo esta tendência de crescimento da demanda por financiamento imobiliário, o país, que tem aplicados 2,7% do PIB do Brasil no mercado habitacional, logo terá necessidade de buscar alternativas de captação de recursos, em função do desequilíbrio gerado entre a captação de poupança e o investimento no mercado imobiliário de pessoas físicas, saldo acumulado e aplicação de recursos em financiamentos habitacionais.

Como opções para suprir de recursos os agentes financeiros que fomentarão o mercado dos próximos anos, Mendes destaca os derivativos e securitização de recebíveis.

Alternativa

Para o especialista, em um mercado consolidado, com taxa de inadimplência conhecida, política de garantia real, a securitização de recebíveis, já adotada em países como Japão, EUA, Chile, México e na Comunidade Européia deverá, se adotada no país, se apresenta como alternativa de captação imediata e elevação da capacidade financeira do mercado, além da abertura de mercado de seguros para títulos securitizados.

Segundo ele, a adoção deste instrumento no Brasil seria vantajosa para ambas as partes, reduzindo o risco de default e por seqüência menores taxas de juros ao tomador final.

A proposta é repetir o sucesso das empresas brasileiras que abriram capitais e buscar recursos para o financiamento da compra de imóveis no mercado de capitais, incluindo o uso de derivativos, como ocorre nas principais economias do mundo.

Para atrair o dinheiro dos fundos de pensão e de investimento, os empréstimos têm de passar pelo processo de padronização e conformidade dos contratos, chamados de securitização, em que são convertidos em título com liquidez no mercado. Uma dívida de 30 anos vira um papel com preço (CRI – Certificados de Recebíveis Imobiliários), variando de acordo com o rating dado por agência de risco, oferta e demanda.

Clique no link para ver o estudo completo “Mercado Imobiliário Brasileiro: Demanda e Alternativas de Investimentos” disponível para download em pdf. Roberto Ferreira Mendes, autor da pesquisa, é formado em administração financeira, MBA em Investimentos pela FIPE e mestrando do curso de Mestrado Profissional em Habitação do IPT.

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