terça-feira, 23 de abril de 2013

GRÉCIA DÁ VISTO DE PERMANÊNCIA PARA INVESTIDORES NO MERCADO IMOBILIÁRIO


O governo da Grécia anunciou que vai fornecer vistos para investidores estrangeiros no mercado imobiliário do país, nas transações que envolvam valores superiores a 250 mil euros. O objetivo é estimular o setor, que sofre com a crise econômica, e aumentar a clientela que vai ao país a turismo. 

A medida, pedida há décadas pelos empresários do mercado imobiliário, foi aprovada na semana passada pelo Parlamento grego e deve beneficiar principalmente compradores chineses, russos e árabes, conforme um secretário do Ministério do Interior, Angelos Syrigos. 

Outros países europeus, como Hungria, Portugal e Espanha, já adotaram regras semelhantes e isentam os investidores de burocracias que atrapalham a entrada e a permanência no espaço Schengen, na Europa. Na Grécia, a permissão de permanência valerá cinco anos e será dada também à família do investidor (esposo ou esposa e filhos menores de idade). Além de viver n Grécia, o visto dá a possibilidade de viajar para qualquer lugar do espaço Schengen, durante três meses, sem permissão de trabalho.

“Finalmente, o mercado imobiliário vai poder sair da sua paralisia”, comemorou o presidente da Federação dos Proprietários de Imóveis do país, Stratos Paradias. Apesar da conquista, ele pede a diminuição dos impostos sobre as transações imobiliárias, e sublinha que “o essencial do patrimônio dos gregos são bens imobiliários”.

A alta dos impostos e a queda da renda dos gregos levaram a uma grave crise no setor da construção, que era o motor da economia do país. Em consequência, 12 mil pequenas e médias empresas fecharam as portas, acabando com 500 mil empregos, de acordo com Dimitrios Kapsimalis, representante da União das Construtoras.

Para tentar se recuperar da crise que enfrenta há 10 anos e dos efeitos das medidas de austeridade impostas pelos credores internacionais da ajuda financeira que recebe, a Grécia tem multiplicado as iniciativas para atrair investimentos estrangeiros, inclusive para privatizações.

Fonte: RFI

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