Para Rubens Merin, presidente da MRV, as histórias envolvendo a
incorporadora em trabalho escravo e o consequente corte de crédito por
parte de instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil
ficaram para trás. “Fomos acusados por motivos injustos. A fiscalização é
muito importante, mas não podemos banalizar a escravidão.Nossos
canteiros estão sendo bem geridos”, afirmou o empresário.
Merin acredita que 2013 será um ano com menos
sobressaltos para o mercado imobiliário. No ano passado, a companhia
lançou 32 mil unidades, número 20% menor na comparação com o ano
anterior. “Em 2013 vamos lançar mais unidades do que no ano passado”,
disse sem dar mais detalhes.
Para o empresário, o consumidor está confiante, tem renda e
crédito, mas as facilidades para se comprar um imóvel precisam
aumentar. “A desoneração também é um ponto importante. Tivemos uma
redução de impostos recentemente, mas ainda é preciso fazer mais”, diz.
Agora, Menin sente que poderá fazer algo por
estas questões. Ele foi eleito presidente da recém-criada Associação
Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Além da MRV, outras
18 companhias são associadas, entre elas, Cyrela, Tecnisa, e
Brookfield. “Vou ter que acordar meia hora mais cedo e dormir meia hora a
menos”, brinca em relação ao tempo que vai ter de se dedicar para essa
nova empreitada.
A Abrainc montou sete comitês os quais vão incorporar os
principais interesses das empresas do segmento. “Já temos conversas com
diversos ministérios do governo”, afirma Menin. Uma das bandeiras da
associação é conquistar melhores condições de crédito para o consumidor
final. Um dos exemplos citados por ele diz respeito ao FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço).
Atualmente, só é possível sacar o
dinheiro do FGTS para compra de imóveis até R$ 500 mil. “Estamos
tentando rever esta situação”, diz Menin.
O empresário afirma que a Abrainc irá complementar a
atuação de outras entidades já existentes como Câmara Brasileira da
Indústria da Construção, os Sindicatos da Habitação, os Sindicatos da
Construção e a Associação dos Dirigentes do Mercado Imobiliário
(Ademis). “Mas atuaremos em âmbito nacional”, completa.
Vendas
Na capital paulista foram vendidas 1.927 unidades de imóveis residenciais em fevereiro, uma queda de 8,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O total comercializado no período respondeu por uma receita de R$ 1 bilhão, valor 13% menor do que o verificado no ano anterior. No acumulado deste ano, foram vendidas 2.775 unidades, 12,7% abaixo na comparação com primeiro bimestre de 2012.
Na capital paulista foram vendidas 1.927 unidades de imóveis residenciais em fevereiro, uma queda de 8,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O total comercializado no período respondeu por uma receita de R$ 1 bilhão, valor 13% menor do que o verificado no ano anterior. No acumulado deste ano, foram vendidas 2.775 unidades, 12,7% abaixo na comparação com primeiro bimestre de 2012.
A construção civil fechou o ano passado com 3,2 milhões
de trabalhadores formais no país, aumento de 3% na comparação com 2011,
segundo dados da Fundação Getulio Vargas.
Fonte: Brasil Econômico
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