O mercado espera que a inflação pelo IPCA feche o ano em 5,43%, mas a
inflação que mais deve preocupar os poupadores não é esta, mas a
inflação dos serviços. Estudo encomendado pelo Banco Máxima à
consultoria MB Associados prevê que a inflação de serviços deve fechar o
ano em 8%, e 2013, em 9%. Como proteger o dinheiro de uma corrosão tão
grande? A resposta, para o banco, está nos investimentos lastreados em
imóveis.
A principal delas são os fundos imobiliários, fundos com cotas
negociadas em Bolsa que investem em imóveis corporativos como shopping
centers, prédios de escritórios e galpões industriais. Aqueles que
buscam obter renda com o aluguel normalmente têm seus contratos
corrigidos pelo IGP-M. “O IGP-M capta melhor a inflação dos serviços do
que o IPCA, que é um índice muito mais voltado para os produtos”, diz o
agente autônomo Arthur Vieira de Moraes, especialista em fundos
imobiliários.
Além disso, os aluguéis advindos de fundos imobiliários são isentos
de IR para a pessoa física, o que incrementa ainda mais a rentabilidade.
Apenas o ganho de capital com a venda das cotas em Bolsa é tributado.
“A demanda por fundos imobiliários está alta. Este investimento deve dar
a tônica para 2013 e 2014”, observa Claudia Martinez, diretora
comercial do Banco Máxima. Ela lembra ainda que, além da correção pelo
IGP-M, aluguéis são revisados para cima de tempos em tempos, dependendo
do aquecimento do mercado.
O banco já tem um fundo totalmente vendido, o Máxima Renda
Corporativa, que deve estrear na Bolsa no início de 2013, e outro que
ainda será formatado e aberto para captação no ano que vem.
Ambos
investem em diferentes partes do Edifício Sloper, no Centro do Rio de
Janeiro, cuja locatária, a varejista Leader Magazine, tem 70% do seu
capital nas mãos do BTG Pactual.
Papéis com lastro em imóveis
No mercado imobiliário, há ainda duas outras opções isentas de IR. As
Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e os Certificados de Recebíveis
Imobiliários (CRI). As primeiras são garantidas pelo Fundo Garantidor de
Crédito (FGC) no valor de até 70.000 reais, o que significa que
aplicações até esse valor são reembolsadas ao investidor em caso de
quebra do banco emissor do papel.
As CRIs, que costumam ter valor de face maior e ser destinadas a
investidores qualificados (que tem mais de 300.000 reais em aplicações
financeiras) não contam com essa proteção, mas têm lastro em imóveis,
que funcionam como sua garantia. Embora o pequeno investidor geralmente
não tenha acesso a esse tipo de papel, existem fundos imobiliários
especializados em investir em CRIs e LCIs, ou seja, apenas em papéis,
não em imóveis físicos. Os rendimentos desses fundos também são isentos
de IR.
Muitas CRIs remuneram uma taxa de juros prefixada mais a inflação
para o IGP-M, o que é bastante interessante para o investidor que tem
acesso a elas ou o cotista de fundos que aplicam nesses papéis, ao menos
em termos de rentabilidade. As LCIs, porém, costumam ser pós-fixadas,
isto é, remunerar um percentual do CDI.
Fonte: EXAME.com
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