Um levantamento divulgado nesta quarta-feira pela empresa Lopes aponta
que o mercado nacional de lançamentos imobiliários alcançou 80 bilhões
de reais em 2012. O valor geral de venda (VGV) dos imóveis foi 7% menor
que o registrado no ano anterior. De acordo com o estudo, o número de
lançamentos comerciais também foi menor: a queda foi de 15% no período.
A pesquisa detalhou por perfil e região uma parcela de 86% do valor dos
imóveis lançados no país em 2012. Empreendimentos da Região
Metropolitana de São Paulo e do Rio de Janeiro responderam por quase
metade dos lançamentos, com 28 bilhões de reais e 11 bilhões de reais,
respectivamente.
Em terceiro lugar no ranking das capitais com maior valor de venda está
Belo Horizonte. A cidade mineira subiu três posições na comparação com o
estudo de 2011, com um VGV de 3,9 bilhões de reais. Belo Horizonte é
também o mercado que detém o maior número de lançamento de hotéis. No
ano passado, foram nove empreendimentos do tipo na cidade, ante cinco em
São Paulo e seis no Rio.
Na opinião da diretora geral de atendimento da Lopes, Mirella
Parpinelle, a desaceleração verificada no ano passado deverá continuar
em 2013. O motivo, para ela, é que nos últimos anos houve uma aceleração
muito forte dos lançamentos comerciais e agora o setor passa por um
momento de adaptação.
A pesquisa da Lopes também identificou uma tendência de procura por
espaços de pequeno porte. Em 2012, 68% dos lançamentos eram de até 69
metros quadrados. "Vemos o crescimento de estúdios e apartamentos que
não são para famílias grandes, mas com serviços para solteiros e
casais", disse Caio Augusto Pereira, gerente de inteligência de mercado
da empresa.
Momento de ajuste — Segundo a Associação Brasileira
das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a quantidade
de imóveis financiados caiu em 2012: foram cedidos recursos para a
compra de 453 mil empreendimentos, número 8% menor que o registrado em
2011. Outra pesquisa, realizada pelo Sindicato de Habitação de São Paulo
(Secovi-SP), apontou que, de janeiro a novembro do ano passado, o
lançamento de novos imóveis caiu 23% na cidade de São Paulo.
Assim como a
diretora da Lopes, o Secovi atribui a queda ao momento de ajuste que
passa o setor. "Esse movimento foi o que chamamos de 'freio de
arrumação', ou seja, uma parada técnica para redimensionar a capacidade
de operação", afirmou em nota o sindicato.
Fonte: VEJA.com
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