A primeira prévia do IGP-M de maio subiu 0,89% após uma alta de 0,50%
em igual prévia do mesmo índice no mês passado. A informação foi
divulgada há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A taxa anunciada
hoje ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro
ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam uma elevação entre faixa entre
0,54% e 1,07%, mas acima da mediana das expectativas (0,75%).
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem
a primeira prévia do IGP-M de maio. O IPA-M teve alta de 1,15% na
primeira prévia do índice este mês, em comparação com a alta de 0,47% na
primeira prévia de abril. Por sua vez, o IPC-M apresentou alta de 0,29%
na prévia anunciada hoje, após subir 0,47% na primeira prévia de abril.
Já o INCC-M teve elevação de 0,61% na primeira prévia deste mês, após
registrar aumento de 0,76% na primeira prévia de abril.
O IGP-M é muito usado para reajuste no preço do aluguel. Até a
primeira prévia de maio, o índice acumula aumentos de 2,37% no ano, e de
4,12% em 12 meses. O período de coleta de preços para cálculo da
primeira prévia do IGP-M de maio foi do dia 21 a 28 de abril.
Alimentos processados puxam alta no atacado
A alta dos preços de alimentos processados, cuja taxa passou de
1,33% para 2,16% entre a primeira prévia do IGP-M de abril e a primeira
prévia de maio, e de materiais e componentes para a manufatura, que
passou de 0,32% para 1,90% no mesmo período, foram duas das maiores
contribuições para a aceleração da inflação no atacado (IPA, que passou
de 0,47% para 1,15%) no período, informou a FGV. A soja, no entanto, que
tem grande peso na cálculo, foi a maior influência positiva para a
inflação no atacado, ao passar de 7,59% para 7,74%, sempre na mesma base
de comparação.
Já a inflação para o consumidor (IPC) e para a construção civil
(INCC) desaceleraram no período. O IPC passou para 0,29% no primeiro
decêndio de maio, contra 0,47% no mesmo período do mês anterior. Seis
das oito classes de despesa componentes do índice registraram recuo em
suas taxas de variação. O principal destaque foi o grupo Vestuário
(+0,78% para -0,40%). Nesta classe de despesa, a maior contribuição
partiu do item roupas (+1,21% para -0,41%).
Fonte: Agência Estado
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