Os casos que fogem à regra são julgados por uma comissão
de Ética e Fiscalização
A organização que reúne imobiliárias e corretores de imóveis, no
Paraná, é o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci). O
trabalho do grupo é fiscalizar a ação desses profissionais e empresas
para garantir que a negociação de imóveis seja clara e atrativa para as
partes envolvidas. Por isso, é exigido o pagamento de uma anuidade, que
garante os recursos do grupo e mantém os profissionais vinculados ao
conselho.
“Estando em dia com o conselho, o profissional estará constantemente
atualizado e a transação imobiliária é feita com maior segurança, porque
quem vende também tem responsabilidade civil pelo acordo”, explica
Edson Gonçalves, coordenador de fiscalização do Creci no estado. Ele
defende que, com o aumento do número de compra e venda de imóveis e a
facilitação do crédito, a necessidade de regulação da profissão de
corretor é ainda mais relevante.
“O papel do corretor é agir com zelo na publicidade, ser claro e franco
com o cliente, além de, por exemplo, poder receber um sinal de negócio
em nome do proprietário”, exemplifica. Para Gonçalves, outro fator
relevante é que a transação fica mais segura. “O corretor vai precisar
equilibrar bem as vontades do cliente e do vendedor e não poderá ser
desigual nesse tratamento”, acrescenta.
O campo de atuação dos agentes fiscais é externo. Gonçalves explica que o
Creci faz uma triagem de propagandas, folhetos, publicações de anúncios
de imóveis em impressos e sites e os agentes confirmam se o imóvel
anunciado está autorizado a ser vendido pela empresa. “Do contrário,
poderia gerar uma situação de propaganda enganosa, que o único objetivo
fosse levar o cliente até a empresa, na tentativa de vender outro
produto que não aquele anunciado”, explica. Além disso, os agentes
também fiscalizam placas e plantões de venda, para conferir se a
credencial oferecida corresponde mesmo a um profissional ligado ao
conselho.
A estimativa do Creci-PR é que entre 50 e 70% dos profissionais que
atuam no mercado imobiliário estão em dia com o órgão. “A profissão está
mais organizada e isso é bom para quem está no mercado. É a forma de
preservar tanto quem vai comprar quanto quem via vender”, defende o
presidente do conselho, Junior Pucci.
Fonte: Gazeta do Povo
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