Em 2016, o estado do Rio de Janeiro receberá os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, com isso, o mercado imobiliário de locações deve começar a se aquecer por conta dos eventos.
De acordo com o advogado imobiliário e diretor de condomínios da
Primar Administradora de Bens, Carlos Samuel de Oliveira Freitas, a
experiência de outros países com a realização de olimpíadas e da copa do
mundo mostra que há um grande impacto no setor de imóveis. "Em cidades
como Barcelona, Atenas e Londres foi possível notar uma forte
valorização dos imóveis próximos aos locais do evento", comenta.
Segundo Freitas, o segmento de aluguel de imóveis é um dos mais
beneficiados, pois as regiões próximas dos locais onde acontecem os
jogos são as mais procuradas para locação de casas ou apartamentos que
comportem a família dos atletas, equipes de trabalho e prestadores de
serviços que precisam estar perto do local do evento. "Os períodos de
locação raramente são superiores a 60 dias. Mesmo a procura por unidades
não residenciais aumenta, já que o número de pessoas que querem evitar o
trânsito e as dificuldades de acesso aos jogos é muito grande", afirma.
De acordo com o advogado, é preciso conhecer bem as normas e legislações referentes à locação por prazos curtos, tanto pela contratação quanto pela garantia. "Quando a temporada é encerrada, praticamente todos retornam as suas cidades ou países de origem e os imóveis são devolvidos. Por isso é importante ter cuidados redobrados na hora de alugar o imóvel, pois se torna inviável qualquer intervenção para cobrar possíveis pendências relacionadas ao aluguel. Na hora da devolução do imóvel, o proprietário deve ser rápido para não ter prejuízos", comenta.
Freitas afirma que uma boa contratação pode garantir as vantagens do aluguel, sem riscos ao dono do imóvel.
Após o término desta locação especial, a edificação retorna ao
mercado, seja para uso próprio ou para um novo aluguel. "É importante
atentar para os tipos de contrato que serão elaborados e a legislação,
que se não for observada, pode anular a garantia e provocar danos e
transtornos aos proprietários. As olimpíadas duram apenas alguns dias,
mas a sua repercussão é duradoura. Ainda faltam quatro anos para o
Brasil receber o evento, mas todos devem estar preparados", aconselha.
Segundo o especialista, em Londres, onde serão realizadas
as olimpíadas deste ano, não há grandes espaços disponíveis para a
construção de novos empreendimentos próximos ao evento.
De acordo com ele, isso gerou a oferta de cômodos das residências,
com preços acima de média praticada. "Os proprietários querem que o
negócio seja o mais rentável possível e aproveitam o momento para
aumentar os preços. Há ainda moradores e até mesmo locatários que saem
de suas moradias para ficar em localidades mais distantes e alugarem as
suas residências durante os jogos", afirma.
Outra tendência para as regiões que recebem esses eventos é o êxodo
dos residentes, devido à necessidade de espaço para a construção dos
estádios e centros esportivos para a realização dos jogos.
Segundo Freitas, as áreas do entorno das construções ficam
valorizadas e as unidades imobiliárias são vendidas por valores que
superam os preços originais. "Os imóveis chegam a ser vendidos com uma
valorização de 200% a 300%. Ou seja, se antes uma casa era avaliada por
R$ 100.000, depois das construções a unidade residencial passa a valer
R$300.000 ou R$ 400.000", finaliza.
Fonte: InfoMoney
Fonte: InfoMoney
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