quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

MERCADO IMOBILIÁRIO NOS PAÍSES DA LUSOFONIA


A Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa Cimlop, constituída em maio de 2010, no salão imobiliário de Luanda, em Angola, formada inicialmente por Portugal, Brasil e Angola, tem dois representantes de cada país, um na área de incorporação e construção e outro na área de intermediação.

No Brasil as entidades que participam são o Cofeci (Conselho Federal dos Corretores) e o Secovi (Sindicato da Habitação), e como representante do Secovi tive a oportunidade de participar da instalação da confederação e de todas as suas reuniões, como diretor-secretário.

Hoje já contamos com representantes, além dos países fundadores, também de entidades de Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau, faltando apenas Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, para completar todas as nações que têm o português como língua oficial, e que somam aproximadamente 250 milhões de pessoas em todo mundo.

O objetivo da entidade é fomentar o intercâmbio de conhecimento e informação entre os países através de suas entidades e encontros, além de buscar o estreitamento comercial, com as rodadas de negócios que promovemos em todos os encontros com os empresários locais.

A iniciativa de formação da confederação partiu da maior entidade de Portugal da área imobiliária Apemip, e por isso seu presidente é o português Luís Lima, que será provavelmente reeleito em nosso próximo encontro no mês de abril em Cabo-Verde.

Já tivemos quatro encontros em Portugal durante os três últimos salões imobiliários de Lisboa e também no último salão imobiliário do Porto, dois encontros em Brasília, além de Angola e Moçambique.

Pudemos constatar com as visitas técnicas na região metropolitana de Luanda, capital de Angola, o grande crescimento econômico que vive o país da África, apesar de ser a cidade mais cara do mundo, com um mercado imobiliário pouco ofertado e com uma demanda imensa. Temos colaborado bastante com os angolanos para ajudá-los a construir o arcabouço legal que possibilite o crescimento menos conturbado, pois Luanda vive um canteiro de obras por todo lado que se olha, além de possuir inúmeras oportunidades de negócios.

Portugal, com pouco mais de 10 milhões de habitantes, tem 4 milhões de famílias com aproximadamente 6 milhões de domicílios, ou seja, 1,5 domicílio por família, considerando alguns imóveis de lazer, portanto um mercado com pouca possibilidade de crescimento e um país onde o déficit habitacional não é o problema social.

E com a crise econômica enfrentada pela Europa somada com a valorização da nossa moeda, passou a ser inclusive uma boa oportunidade de investimentos para brasileiros. Tornou-se possível a aquisição de belas quintas e até castelos, por valores bastante razoáveis, aquisições hoje incentivadas pelas autoridades portuguesas, pois hoje com a aquisição de um imóvel com valor superior a 500 mil Euros (R$ 1,3mi) e sua manutenção por 3 anos, é possível receber a cidadania portuguesa. Uma forma de fomentar o mercado português e receber investidores, principalmente brasileiros.

Também existe uma oportunidade de receber os investimentos de empresários portugueses bastante interessados em ingressar no mercado brasileiro.

Uma entidade como a Cimlop (www.cimlop.com) é uma excelente oportunidade para nos relacionarmos com os países da língua portuguesa, inclusive gerando negócios com uma rede imobiliária digital ainda em fase inicial de implantação a www.propertylop.com.

Certamente ainda teremos em próximos artigos oportunidades de falar sobre o mercado destes países com os quais tanto temos em comum.

Fonte: Flávio Amary - Vice-presidente do interior do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) 

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