O Banco do Brasil (BB) quer dobrar este ano a
sua carteira de crédito imobiliário. Novato nesse ramo de negócios, o
banco conseguiu fechar 2012 com a liberação de R$ 11,35 bilhões de
empréstimos imobiliários. Trata-se de um crescimento de 75% em relação
ao valor contratado em 2011, de R$ 6,43 bilhões, segundo dados obtidos
pelo jornal O Estado de S. Paulo.
A estratégia do BB é se tornar o segundo banco de crédito imobiliário
no País até o fim de 2014. Para atingir essa meta, o BB precisa dobrar a
cada ano a sua carteira. A liderança é ocupada hoje pela Caixa
Econômica Federal, seguida pelo banco Itaú.
"Estamos focando muito forte neste mercado. A grande janela de
oportunidade para o banco de varejo crescer a sua carteira de crédito no
País é financiar as moradias", disse o diretor de Crédito Imobiliário
do BB, Gueitiro Matsuo Genso. Segundo ele, o BB tem hoje uma
participação de cerca de 4,1% no mercado, enquanto o segundo colocado
ocupa uma fatia em torno de 9%.
Para o diretor, as medidas do governo de estímulo ao setor de
construção civil, anunciadas no final do ano passado e que incluem a
desoneração da folha de pagamentos, foram muito bem recebidas e
viabilizaram vários projetos do setor. Além do crédito para as pessoas
físicas, o BB também financia as construtoras. "Nosso potencial de
geração de negócios futuros é muito grande, porque financiamos muitos
empreendimentos. Eles vão sendo construídos e as pessoas vão comprando",
disse Genso.
O diretor destacou que o crédito imobiliário é o
produto de maior fidelização para o banco, por se tratar de um
financiamento de longo prazo. "Ao longo dos 30 anos, 20 anos de prazo
que o cliente definir no financiamento, no mínimo uma vez por mês o
banco mantém o relacionamento quando ele for pagar a prestação",
explicou Genso. "Se o banco cuidar direito, esse cliente tende a
concentrar a renda dele na conta", completou.
Pelos dados do BB, do total de crédito imobiliário contratado em
2012, R$ 7,11 bilhões correspondem a aplicações com recursos do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Outros R$ 1,27 bilhão foram
liberados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e
R$ 2,97 bilhões são de recursos do Fundo de Arrendamento Residencial
(FAR) e demais fontes.
Fonte: Agencia Estado
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