Após a valorização expressiva dos
últimos anos dos imóveis, não somente em nossa cidade, mas em todo o
Brasil, e a queda dos preços dos imóveis em vários países da Europa e
nos Estados Unidos, algumas pessoas começaram a cogitar a possibilidade
de estarmos vivendo um período em que após esta valorização os preços
dos imóveis iriam cair como aconteceu nestes países. O objetivo deste
artigo é refletir sobre o tema e, ainda, avaliar a situação atual do
mercado imobiliário no país e em nossa região.
Tão importante assunto, e que traz o impacto na decisão do momento da compra, tem sido debatido em vários encontros do setor, inclusive na ultima convenção Secovi, ocorrida no final do ano passado, e para quem tem acompanhado meus artigos semanais nesta coluna já pôde observar que sempre busco pontuar argumentos para de forma sistemática refletir sobre determinado tema, e para analisarmos, se existe ou não a supervalorização dos imóveis, faremos da mesma forma.
1 - Forte demanda causada principalmente por três motivos:
a) Crescimento econômico com aumento de renda da população de maneira geral, incluindo uma enorme massa de consumidores também para o mercado imobiliário.
b) Elevado déficit habitacional e carência de moradias em todas as regiões do país. Certo é que esse déficit é maior em algumas regiões e menor em outras, mas de qualquer forma ainda existem milhões de moradias a serem construídas no País, principalmente nos grandes centros urbanos.
c) Janela demográfica, termo que tem sido bastante utilizado e que significa basicamente, que existirá nos próximos 20 ou 30 anos proporcionalmente em nossa sociedade mais pessoas trabalhando do que crianças e aposentados e que, portanto, é a nossa oportunidade de forte crescimento.
2) Sistema Financeiro Brasileiro: Ainda estamos no início de nosso financiamento imobiliário com um volume de apenas 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em crédito imobiliário, enquanto no México e no Chile representa 15%, em países como Espanha e Estados Unidos atingem respectivamente, 60% e 70% do PIB. Portanto ainda temos muito a crescer. Temos ainda a considerar que a concessão do crédito imobiliário em nosso país tem características próprias e bastantes conservadoras. Financiamos de 70% a 80% do valor do imóvel, diferente dos Estados Unidos que pouco antes de 2008 estavam financiando 130% do valor do imóvel. Temos ainda um controle efetivo do Banco Central nas operações financeiras imobiliárias, o que traz segurança para o sistema.
3) Forma da valorização do imóvel: Diferentemente de aplicações em poupança e títulos de renda fixa o valor do imóvel não tem um crescimento linear. Em alguns momentos da história eles saltam e em outros eles se estabilizam. Isto decorre principalmente de fatores econômicos, seja da microeconomia (lei de oferta e procura), seja da macroeconomia (como taxa de juros, aumento da renda, nível de emprego).
4) Quando comparamos os preços de imóveis com características semelhantes em diversas capitais do mundo percebemos que os valores em nosso país ainda têm espaço para valorização no longo prazo.
Considerando a breve, mas profunda análise, concluo que não vivemos em nossa sociedade a bolha imobiliária, não acredito em um novo salto nos valores dos imóveis, mas acredito sim em uma valorização contínua e com tendências positivas no longo prazo. O investimento em imóvel, seja para renda, seja para moradia, traz segurança e estabilidade para as famílias, e sempre deve ser feito acompanhado de bons profissionais da área imobiliária.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
Tão importante assunto, e que traz o impacto na decisão do momento da compra, tem sido debatido em vários encontros do setor, inclusive na ultima convenção Secovi, ocorrida no final do ano passado, e para quem tem acompanhado meus artigos semanais nesta coluna já pôde observar que sempre busco pontuar argumentos para de forma sistemática refletir sobre determinado tema, e para analisarmos, se existe ou não a supervalorização dos imóveis, faremos da mesma forma.
1 - Forte demanda causada principalmente por três motivos:
a) Crescimento econômico com aumento de renda da população de maneira geral, incluindo uma enorme massa de consumidores também para o mercado imobiliário.
b) Elevado déficit habitacional e carência de moradias em todas as regiões do país. Certo é que esse déficit é maior em algumas regiões e menor em outras, mas de qualquer forma ainda existem milhões de moradias a serem construídas no País, principalmente nos grandes centros urbanos.
c) Janela demográfica, termo que tem sido bastante utilizado e que significa basicamente, que existirá nos próximos 20 ou 30 anos proporcionalmente em nossa sociedade mais pessoas trabalhando do que crianças e aposentados e que, portanto, é a nossa oportunidade de forte crescimento.
2) Sistema Financeiro Brasileiro: Ainda estamos no início de nosso financiamento imobiliário com um volume de apenas 6,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em crédito imobiliário, enquanto no México e no Chile representa 15%, em países como Espanha e Estados Unidos atingem respectivamente, 60% e 70% do PIB. Portanto ainda temos muito a crescer. Temos ainda a considerar que a concessão do crédito imobiliário em nosso país tem características próprias e bastantes conservadoras. Financiamos de 70% a 80% do valor do imóvel, diferente dos Estados Unidos que pouco antes de 2008 estavam financiando 130% do valor do imóvel. Temos ainda um controle efetivo do Banco Central nas operações financeiras imobiliárias, o que traz segurança para o sistema.
3) Forma da valorização do imóvel: Diferentemente de aplicações em poupança e títulos de renda fixa o valor do imóvel não tem um crescimento linear. Em alguns momentos da história eles saltam e em outros eles se estabilizam. Isto decorre principalmente de fatores econômicos, seja da microeconomia (lei de oferta e procura), seja da macroeconomia (como taxa de juros, aumento da renda, nível de emprego).
4) Quando comparamos os preços de imóveis com características semelhantes em diversas capitais do mundo percebemos que os valores em nosso país ainda têm espaço para valorização no longo prazo.
Considerando a breve, mas profunda análise, concluo que não vivemos em nossa sociedade a bolha imobiliária, não acredito em um novo salto nos valores dos imóveis, mas acredito sim em uma valorização contínua e com tendências positivas no longo prazo. O investimento em imóvel, seja para renda, seja para moradia, traz segurança e estabilidade para as famílias, e sempre deve ser feito acompanhado de bons profissionais da área imobiliária.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul
Flávio Amary - vice-presidente do Interior do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP)
Ok, agora me diga, em um país cuja renda média tão baixa, onde temos investimentos que superam e muito o valor do aluguel, onde um trabalhador que ganha 3000 tem apartamento de 400.000, onde esses financiamentos são feitos em 35 anos, onde quase metade dos lançamentos foram comprados não por moradores e sim especuladores, tá tudo certinho, em Miami a renda média é 5 vezes maior e os imóveis são mais baratos que por aqui, algo errado tem..... Só não enxerga quem é cego!!
ResponderExcluirNão se pode mensurar valorização imobiliaria quando temos tantos gargalos na infraestrtura das cidades, o custo da moradia está supervalorizado, mas como fica a qualidade de vida, se paga mais caro para morar cada vez pior... O aumento deve acompanhar também a qualidade do imoveis. Não acredito que renda media dos brasileiros tenha subido de forma tão significativa, diante de um custo de vida que também aumenta, com a falta de prestação de serviços publicos de qualidade. Assim, nao dá para comparar que o aumento dos preços daqui possam atingir patamar europeu ou americano, lá existem cidades de verdade.
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