Os investidores ainda acreditam na valorização do preço dos imóveis e
compram para revender. De acordo com pesquisa da Datastore,
especialista em pesquisas de mercado para o setor imobiliário, entre aqueles com renda acima de 6 salários mínimos e com 30% de interesse em comprar imóveis
em até 2 anos, 40% são investidores. Dentro dessa parcela, 70% tem
intenção de revender e 30% em alugar ou emprestar para familiares.
Ainda segundo o levantamento, 30% da população com renda entre 3 e 6
salários mínimos quer comprar um imóvel nos próximos 2 anos. Dentro
desse número, 25% quer adquirir um imóvel popular para investir.
“A segmentação dos entrevistados pelo interesse em adquirir um imóvel
nos dá o panorama do momento que este mercado está vivendo e a série
histórica nos permite traçar cenários futuros” afirma o Presidente da
Datastore, Marcos Araújo.
Comparação
Quando comparado a outros períodos, a intenção de compra mostrou queda no médio prazo (2 anos). No mês de maio deste ano, 28% dos brasileiros queriam adquirir um imóvel, o que representou uma queda de 4% em relação a julho de 2010, quando esse número era de 32%.
Quando comparado a outros períodos, a intenção de compra mostrou queda no médio prazo (2 anos). No mês de maio deste ano, 28% dos brasileiros queriam adquirir um imóvel, o que representou uma queda de 4% em relação a julho de 2010, quando esse número era de 32%.
O cenário se mostrou ainda pior entre os investidores que pretendem
comprar um imóvel nos próximos 12 meses. Em São Paulo, a intenção de
compra de um imóvel caiu de 76% para 47%, o que demonstra que o
consumidor e investidor está comprando de forma mais lenta.
De acordo com Araújo, esses resultados demonstram que há mercado para
2013, mas que a decisão de compra será mais lenta. E essa tendência
deve se manter por, pelo menos, 18 anos, pois a intenção de compra em
curto prazo está relacionada à velocidade de venda dos imóveis e é
preciso haver uma regularização das ofertas. O que significa dizer que
as incorporadoras e loteadoras devem continuar comprando terrenos, mas
devem ofertar menos com mais qualidade.
Outra barreira são os imóveis comprados em 2010 e 2011 que começarão a
ser entregues no próximo ano e que devem ser vendidos com juros mais
baixos para concorrer com os lançamentos.
Preferências x demanda
A pesquisa também apontou os mercados mais difíceis quando o assunto é imóvel: São Paulo e Rio de Janeiro. Os dois locais apresentam excesso de oferta, enquanto regiões como Nordeste e Centro-Oeste possuem melhor as melhores oportunidades, geradas pelo crescimento na taxa de natalidade e pelo crescimento da economia regional.
A pesquisa também apontou os mercados mais difíceis quando o assunto é imóvel: São Paulo e Rio de Janeiro. Os dois locais apresentam excesso de oferta, enquanto regiões como Nordeste e Centro-Oeste possuem melhor as melhores oportunidades, geradas pelo crescimento na taxa de natalidade e pelo crescimento da economia regional.
Entre os entrevistados com renda de 3 a 6 salários mínimos, 48%
preferem um imóvel com 2 dormitórios, enquanto 52% querem os de 3
quartos. Quando analisados entrevistas com renda superior a 6 salários
mínimos, 34% querem 2 dormitórios e 57% preferem 3. Mas, de acordo com
Araújo, mesmo que a preferência por 3 quartos seja maior, o número de
negócios fechados com os de 2 dormitórios é maior por causa do menor
preço final.
A mesma situação acontece com as garagens. Os que querem um imóvel
com dois quartos também querem duas garagens, pois com a maior entrada
da mulher no mercado de trabalho ela também passou a possuir um carro.
No entanto, o custo médio de uma garagem é de R$ 25 mil, o que, na
maioria das vezes, não cabe no bolso dos consumidores.
Pesquisa
A pesquisa realizada pela Datastore entrevistou 70 mil pessoas nos últimos 3 anos.
A pesquisa realizada pela Datastore entrevistou 70 mil pessoas nos últimos 3 anos.
Fonte: InfoMoney
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