Quais setores oferecerão bons retornos em 2013 e 2014 no mercado
imobiliário? Foi o tema da palestra que aconteceu na 3ª
edição do Brazil GRI 2012,
que terminou ontem (7/11), no Hotel InterContinental São Paulo. O evento é
considerado um dos maiores sobre investimentos imobiliários no Brasil, e
conta com a Revista Hotéis como Media Partner.
Os participantes deste painel foram: Eduardo Silva, Sócio-diretor da
Frame Capital; Guillermo Silberman, Vice-presidente da W.P Carey;
Armando Mesquita Netto, Diretor de Desenvolvimento e de Novos Negócios
da Método Engenharia; Victor Hugo Moscoso, Diretor executivo da BTG
Pactual; Alessandro Vedrossi, Diretor Executivo da Brookfield
Incorporações e Bruno Laskowsky da Metrica Investments.
Segundo os painelistas o mercado imobiliário voltado ao residencial
tem muito a crescer no Brasil, devido a ascensão desta nova classe
média, que entre os seus desejos de compra é ter uma casa própria. Isto
também se deve ao programa do governo federal Minha Casa Minha Vida que
chegou para alavancar este mercado, e de outros financiamentos com juros
abaixo do mercado. “Estamos bastante otimistas com as oportunidades do
mercado imobiliário residencial no Brasil. Nossa economia está madura e
isso favorece estes investimentos”, frisa Vedrossi.
Outra questão levantada pelos painelistas que favoreceu o crescimento
do mercado imobiliário, no país foi a baixa da taxa de juros para
transações imobiliárias (venda e compra) e da Selic, que impulsionou o
desenvolvimento das construtoras e incorporadoras. “Porém, em relação a
transações como habite-se, custo de construção, entre outros documentos e
taxas são muito burocráticos para aprovação. Isto emperra o crescimento
do setor imobiliário. Para coibir esta retração, estas taxas e
documentos poderiam ser mais flexíveis e racionais”, explica Moscoso.
Já o mercado imobiliário voltado a construção de edifícios
corporativos o cenário não está muito favorável para os próximos anos.
“Um dos fatores é a burocracia para implantação de edifício, falta
infraestrutura, e a locação destes imóveis em determinadas regiões
principalmente em São Paulo. Não existe um planejamento do governo para
incentivar este crescimento de escritórios nas capitais. Isto acaba
afugentando os investidores deste setor. A capital paulista somente tem
12 milhões de m² de escritórios. Necessitamos de mais de 20”, pontua
Vedrossi.
Em relação ao mercado hoteleiro no país os painelistas enfatizaram
que é bastante promissor principalmente os condo-hotéis e os voltados
para o público corporativo nas capitais brasileiras. Porém, eles
alertaram que as operadoras hoteleiras não querem colocar “dinheiro” na
construção, e deixam para a incorporadora. “Em que ponto esta parceria
pode ser favorável e funciona para o incorporado? Fica esta pergunta aos
investidores deste setor”, destaca Vedrossi.
Para os painelistas investir em hotéis somente para a Copa do Mundo e
Olímpiada é muito arriscado, e o custo do terreno em São Paulo e Rio de
Janeiro para a construção destes empreendimentos estão muitos caros.
“Os investidores podem ter um retorno muito positivo neste período. Mas
como manter um empreendimento, após estes eventos? Reitero invista em
hotéis corporativos, no eixo SP-RJ e em outras regiões com crescimento
tanto empresarial e industrial e que carece destes empreendimentos, como
Campinas, no interior paulista”, conclui Mesquita.
Fonte: Revista Hotéis
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