quinta-feira, 8 de novembro de 2012

BRAZIL GRI 2012 DEBATE QUAIS SETORES DO MERCADO IMOBILIÁRIO SERÃO PROMISSORES EM 2013 E 2014


Quais setores oferecerão bons retornos em 2013 e 2014 no mercado imobiliário? Foi o tema da palestra que aconteceu na 3ª edição do Brazil GRI 2012, que terminou ontem (7/11), no Hotel InterContinental São Paulo. O evento é considerado um dos maiores sobre investimentos imobiliários no Brasil, e conta com a Revista Hotéis como Media Partner.

Os participantes deste painel foram: Eduardo Silva, Sócio-diretor da Frame Capital; Guillermo Silberman, Vice-presidente da W.P Carey; Armando Mesquita Netto, Diretor de Desenvolvimento e de Novos Negócios da Método Engenharia; Victor Hugo Moscoso, Diretor executivo da BTG Pactual; Alessandro Vedrossi, Diretor Executivo da Brookfield Incorporações e Bruno Laskowsky da Metrica Investments.

Segundo os painelistas o mercado imobiliário voltado ao residencial tem muito a crescer no Brasil, devido a ascensão desta nova classe média, que entre os seus desejos de compra é ter uma casa própria. Isto também se deve ao programa do governo federal Minha Casa Minha Vida que chegou para alavancar este mercado, e de outros financiamentos com juros abaixo do mercado. “Estamos bastante otimistas com as oportunidades do mercado imobiliário residencial no Brasil. Nossa economia está madura e isso favorece estes investimentos”, frisa Vedrossi.

Outra questão levantada pelos painelistas que favoreceu o crescimento do mercado imobiliário, no país foi a baixa da taxa de juros para transações imobiliárias (venda e compra) e da Selic, que impulsionou o desenvolvimento das construtoras e incorporadoras. “Porém, em relação a transações como habite-se, custo de construção, entre outros documentos e taxas são muito burocráticos para aprovação. Isto emperra o crescimento do setor imobiliário. Para coibir esta retração, estas taxas e documentos poderiam ser mais flexíveis e racionais”, explica Moscoso.

Já o mercado imobiliário voltado a construção de edifícios corporativos o cenário não está muito favorável para os próximos anos. “Um dos fatores é a burocracia para implantação de edifício, falta infraestrutura, e a locação destes imóveis em determinadas regiões principalmente em São Paulo. Não existe um planejamento do governo para incentivar este crescimento de escritórios nas capitais. Isto acaba afugentando os investidores deste setor. A capital paulista somente tem 12 milhões de m² de escritórios. Necessitamos de mais de 20”, pontua Vedrossi.

Em relação ao mercado hoteleiro no país os painelistas enfatizaram que é bastante promissor principalmente os condo-hotéis e os voltados para o público corporativo nas capitais brasileiras. Porém, eles alertaram que as operadoras hoteleiras não querem colocar “dinheiro” na construção, e deixam para a incorporadora. “Em que ponto esta parceria pode ser favorável e funciona para o incorporado? Fica esta pergunta aos investidores deste setor”, destaca Vedrossi.

Para os painelistas investir em hotéis somente para a Copa do Mundo e Olímpiada é muito arriscado, e o custo do terreno em São Paulo e Rio de Janeiro para a construção destes empreendimentos estão muitos caros. “Os investidores podem ter um retorno muito positivo neste período. Mas como manter um empreendimento, após estes eventos? Reitero invista em hotéis corporativos, no eixo SP-RJ e em outras regiões com crescimento tanto empresarial e industrial e que carece destes empreendimentos, como Campinas, no interior paulista”, conclui Mesquita.

Fonte: Revista Hotéis

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