Presidente do CRECI-SE Sérgio Sobral
O
Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Sergipe (CRECI/SE) vem
lutando para que o respeito à tabela de honorários da categoria seja um
fato concreto há mais de dois anos. Finalmente, no último mês de julho, o
Conselho Federal de Corretores de Imóveis (COFECI) publicou a Resolução
nº 1.256, que estabelece novas regras referentes à remuneração e às
condições de trabalho para corretores e imobiliárias. O documento
determina que profissionais e empresas inscritos no Sistema COFECI-CRECI
obedeçam à tabela de honorários de seu Regional e dá outras
providências.
Para
intensificar as ações de valorização da profissão, o COFECI instituiu a
Comissão de Defesa das Prerrogativas Profissionais dos Corretores de
Imóveis. O foro nasceu com a missão de promover ações em defesa da
dignidade e das prerrogativas da categoria, desempenhando suas
atribuições em âmbito nacional, junto a qualquer empresa ou instituição
que se relacione ou se utilize dos serviços de corretagem de imóveis. O
grupo é formado pelo conselheiro federal Aires Ribeiro de Matos, do
CRECI Rondônia, nomeado presidente da comissão, e pelos presidentes do
CRECI Amazonas, Paschoal Guilherme, e do CRECI Sergipe, Sérgio Sobral.
O
primeiro tema eleito para ser tratado pela comissão foi a remuneração
do profissional imobiliário. No último dia 23 de outubro, o trio se
reuniu com representantes da Associação dos Dirigentes de Empresas da
Indústria Imobiliária de Sergipe (ADEMI/SE) e apresentou a Resolução nº
1.256 às construtoras e incorporadoras presentes. Para Paschoal
Guilherme, as imobiliárias sergipanas devem lutar ao lado do COFECI e do
CRECI/SE, não aceitando honorários abaixo do percentual que a tabela
homologada pelo Conselho Regional propõe. “As imobiliárias e os
corretores estão respaldados na lei”, frisou o conselheiro federal.
Recentemente,
a urbanizadora Alphaville firmou um convênio com o CRECI/SE, através do
qual se comprometeu em cumprir a tabela de honorários. Mas ela foi
apenas a primeira empresa a agir dentro da lei, pois o objetivo da
Comissão é que todas as construtoras e incorporadoras se adaptem à nova
realidade. Além da tabela de honorários, a Resolução determina queos
plantões de vendas instalados junto a empreendimentos prontos ou em
construção deverão oferecer condições mínimas de utilização, de modo a
preservar a dignidade humana de corretores e clientes.
“Essa
resolução nasceu sob a égide do respeito. As boas construtoras e
incorporadoras, que não têm preocupação com a parte fiscal, vão se
adequar rapidamente”,acredita Paschoal.Já os empresários responsáveis
pelas imobiliárias, só poderão exercer suas parcerias de comercialização
dos imóveis com construtoras e incorporadoras se obedecerem à
Resolução. Do contrário, o não cumprimento da lei será considerado falta
grave, passível, inclusive, de fechamento da empresa. O conselheiro
federal Aires Ribeiro de Matos destacou que a ideia principal dessa
resolução é proporcionar maior harmonia entre quem produz e quem
comercializa no mercado imobiliário.
“O
que existe hoje no país é uma disparidade: os corretores de imóveis e
imobiliárias foram enfraquecendo de tal forma que muitas empresas
fecharam, exatamente num momento de boom imobiliário. Muitas empresas
deixaram de reciclar seus corretores porque os honorários repassados
diminuíram. AResolução nº 1.256 veio para regular isso, e permitir que
as imobiliárias recuperem excelentes profissionais que deixaram o
trabalho em virtude da baixa remuneração”, ressaltou Aires.
Sérgio
Sobral lembrou que a Resolução nº 1.256 é de grande importância para a
categoria e para o mercado imobiliário em geral. “Com uma remuneração
mais justa, as imobiliárias podem investir mais em tecnologias e na
qualificação frequente dos corretores de imóveis. Profissionais melhor
preparados atendem com excelência e mais segurança às necessidades de
seus clientes. Assim, todos saem ganhando. O CRECI/SE fechou mais uma
parceria com a Universidade Tiradentes (UNIT), oferecendo novos cursos
de curta duração e até o curso superior de Gestão de Negócios
Imobiliários”, argumentou o presidente do Conselho Regional,
acrescentando que tudo isso aliado à satisfação de receber honorários
mais dignos, é muito bom para o mercado imobiliário.
Fonte: FAXAJU
Nota do Editor: Clique no link abaixo e acesse a Resolução Cofeci 1.256 / 2012
http://www.cofeci.gov.br/portal/arquivos/legislacao/2012/resolucao1256_2012.pdf
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