Quem
financia um imóvel é obrigado a contratar um seguro habitacional, já que o bem
é a garantia do empréstimo para o banco.
Apesar dos nomes parecidos, a modalidade é
diferente do residencial, pois cobre apenas o dano físico à construção e só
está disponível em caso de financiamento, deixando de existir quando a dívida é
quitada pelo mutuário.
"Não há cobertura para o que há dentro do
imóvel", diz Federico Salazar, gerente de seguros residenciais da Caixa
Seguros. Como exemplo, ele cita que, no residencial, em um eventual incêndio,
cortina, mesa e sofá poderão estar incluídos, desde que dentro do limite
segurado. Já para itens específicos como joias, obras de arte e relógios, é
preciso fazer uma contratação à parte.
Vale lembrar ainda que o seguro habitacional serve
para quitar a dívida do financiamento, em caso de invalidez ou morte do
mutuário, o que não ocorre no residencial.
"Se o imóvel foi comprado em nome de duas
pessoas, a morte quita somente o percentual pelo qual essa pessoa é
responsável. A dívida restante continua em vigor", diz Neival Freitas,
diretor-executivo da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).
Além disso, a cobertura básica do residencial - de
incêndio, queda de raios e explosão - é mais restrita do que a do habitacional,
que assegura o imóvel mesmo que os danos sejam causados por outros motivos
O consumidor precisa checar com atenção, na hora da
contratação, o tipo de cobertura oferecida no residencial --para o interior ou
exterior do imóvel ou para ambos. Também é preciso ficar atento, pois, no
residencial, quem mora em casa costuma ter que desembolsar mais - o preço pode
ser o dobro cobrado para o seguro para apartamento. Se a casa for de veraneio,
será ainda mais caro.
CONDOMÍNIO
O
condomínio também possui um seguro próprio e obrigatório, que vale para a
edificação e a área comum, ressalta Nathalie Gretillat, gerente de Facilidades
do Grupo Hubert. "O síndico é responsável por acompanhar o processo de
implantação. Se o morador tiver dúvidas se o seguro foi feito, pode ligar na
administradora e pedir para ver a apólice contratada."
Mauricio Galian, diretor do Grupo Segurador Banco
do Brasil e Mapfre, diz que o consumidor costuma fazer uma analogia entre o
seguro da casa e o de automóvel e pensa que aqueles para a residência custam o
mesmo preço, ignorando que são até mais baratos. "Esse mercado tem muito
potencial para crescer nos próximos anos."
Não há uma pesquisa que corrobore o dado, mas
profissionais do mercado estimam que apenas cerca de 10% das casas e
apartamentos brasileiros possuem seguro residencial.
Fonte: Folha de S.P.
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