O governo estuda criar no ano que vem o Índice Nacional dos Preços de Imóveis. em parceria com o IBGE. Isso porque o setor está em expansão - nos 12 meses, o crédito para casa própria cresceu mais de 50% - e a equipe econômica quer evitar "bolha imobiliária" como a que provocou a quebradeira nos bancos americanos a partir de setembro de 2008, causando a maior crise financeira mundial. Segundo especialistas, o mercado imobiliário brasileiro é bastante cauteloso. Mas é preciso criar mecanismos, como o novo índice de preços de imóveis, para um acompanhamento mais próximo.
O presidente do Secovi-SP, João Crestana, diz que o novo indicador é bem-vindo para dar um parâmetro sobre o comportamento dos preços de imóveis no País. A casa própria no País é financiada com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da caderneta de poupança. Esta já financiou este ano, até agosto, 263.701 unidades, totalizando, R$ 34 bilhões. O montante é 74% maior do que o liberado no mesmo período do ano passado. A previsão da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito e Poupança) é que o País precisse, já em 2013, de R$ 100 bilhões de recursos adicionais para financiar o setor imobiliário. O déficit habitacional é de quase seis milhões de moradias.Para o diretor da Basimóvel, Ariovaldo Rocha Filho, criar um índice especifício só se houver um deslocamento no indicador setorial. Atualmente, existem o CUB (Custo Unitário Básico da Construção), INCC (Índice Nacional da Construção Civil) e ICC (Índice do Custo da Construção). "Não vejo necessidade ainda da criação de um índice. O próprio mercado se autorregula. O setor está vivendo um momento atípico, de glória, mas quando vier a desvalorização como será?" questiona o diretor.
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