Mais tradicional nos segmentos de materiais e de mobiliário – nesta última, basta lembrar os belos e extravagantes móveis assinados pelos Irmãos Campana, assim como os trabalhos de artistas de vanguarda como Zanine Caldas, Geraldo de Barros e Michel Arnout nos anos 1950 e 1960 – o design brasileiro está sendo agora responsável por uma pequena revolução na área de projetos imobiliários.
Uma das palestras mais disputadas no Brasil Design Week 2010 foi proferida pelo empresário e designer paulistano José Paim, ex-alto executivo da Rossi Residencial que fundou há três anos a MaxCap para disseminar no mercado brasileiro a sua leitura bastante pessoal do que vem a ser a “arquitetura aberta”.
O sistema, que Paim batizou de MaxHaus, foi apresentado também como um novo possível modelo de negócios para o segmento, fazendo jus ao título da palestra, “MaxHaus: o design como um novo modelo de negócio em projetos imobiliários”.
O conceito é bastante simples, embora radical no que tem de aberto e modular. Em todos os projetos de Paim – e já são vários os que estão sendo tirados do papel, em São Paulo e Florianópolis (SC), o que fez as vendas da MaxCap saltarem de R$ 100 milhões para R$ 450 milhões nos últimos dois anos – a planta jamais é pré-definida pela construtora, sendo desenhada conforme a vontade do cliente sobre o tipo de apartamento que ele quer ter.
Desempacotando:
“O comportamento das imobiliárias tradicionais não mudou desde os anos 1940: elas se limitam a oferecer uma planta fechada para os clientes”, explicou. “O MaxHaus vai na direção oposta. Pensamos o espaço junto com as pessoas, adequamos a divisão interna do apartamento conforme os desejos e as necessidades delas”.
Paim explicou que nem esta divisão interna precisa ser necessariamente fixa no sistema. É também possível, depois da compra do imóvel, tirar e colocar novos cômodos, mover paredes, criar ambientes que não tinham sido planejados.
Pode-se, assim, variar o número de quartos e outros cômodos, além de ser possível trocar a posição de todos eles ao bel-prazer, sem que as mudanças sejam impedidas pela estrutura do resto do prédio. As colunas e os pilares dos edifícios da MaxCap já são montados com vista a permitir este jogo modular.
O limite é realmente o tamanho do imóvel, o seu “invólucro”, ou nem mesmo ele: os prédios MaxHaus têm sempre quatro apartamentos de 70 metros quadrados por andar mas, a depender da vontade do comprador, é possível juntar mais de um apartamento, na horizontal ou na vertical.
“Um cliente mais entusiasmado comprou dois andares inteiros da MaxHaus da avenida Luis Carlos Berrini, na zona sul de São Paulo”, exemplificou Paim. “São 560 metros quadrados disponíveis para ele criar e se divertir planejando o próprio habitat”.
Paim afirmou que o típico cliente da MaxCap são jovens solteiros e casais recentes sem filhos, de até 40 anos, recém-divorciados ou pessoas que saíram de casa há pouco tempo e desejam viver dentro de um novo conceito de moradia.
Não são necessariamente ricas: ele garantiu que o preço dos imóveis não supera a média do mercado tradicional, apesar do também alto grau de automação dos apartamentos – igualmente modularizada – e do refinado design exclusivo de portas, pias, chuveiros e outros itens, e dos serviços colocados à disposição dos condôminos, como um espaço para o café da manhã e da tarde (o MaxCafé, inspirado no Pret-a-Manger de Londres).
Fonte: MarketingImobi | Uol Casa & Imóveis (Alberto Mawakdiye)
Uma das palestras mais disputadas no Brasil Design Week 2010 foi proferida pelo empresário e designer paulistano José Paim, ex-alto executivo da Rossi Residencial que fundou há três anos a MaxCap para disseminar no mercado brasileiro a sua leitura bastante pessoal do que vem a ser a “arquitetura aberta”.
O sistema, que Paim batizou de MaxHaus, foi apresentado também como um novo possível modelo de negócios para o segmento, fazendo jus ao título da palestra, “MaxHaus: o design como um novo modelo de negócio em projetos imobiliários”.
O conceito é bastante simples, embora radical no que tem de aberto e modular. Em todos os projetos de Paim – e já são vários os que estão sendo tirados do papel, em São Paulo e Florianópolis (SC), o que fez as vendas da MaxCap saltarem de R$ 100 milhões para R$ 450 milhões nos últimos dois anos – a planta jamais é pré-definida pela construtora, sendo desenhada conforme a vontade do cliente sobre o tipo de apartamento que ele quer ter.
Desempacotando:
“O comportamento das imobiliárias tradicionais não mudou desde os anos 1940: elas se limitam a oferecer uma planta fechada para os clientes”, explicou. “O MaxHaus vai na direção oposta. Pensamos o espaço junto com as pessoas, adequamos a divisão interna do apartamento conforme os desejos e as necessidades delas”.
Paim explicou que nem esta divisão interna precisa ser necessariamente fixa no sistema. É também possível, depois da compra do imóvel, tirar e colocar novos cômodos, mover paredes, criar ambientes que não tinham sido planejados.
Pode-se, assim, variar o número de quartos e outros cômodos, além de ser possível trocar a posição de todos eles ao bel-prazer, sem que as mudanças sejam impedidas pela estrutura do resto do prédio. As colunas e os pilares dos edifícios da MaxCap já são montados com vista a permitir este jogo modular.
O limite é realmente o tamanho do imóvel, o seu “invólucro”, ou nem mesmo ele: os prédios MaxHaus têm sempre quatro apartamentos de 70 metros quadrados por andar mas, a depender da vontade do comprador, é possível juntar mais de um apartamento, na horizontal ou na vertical.
“Um cliente mais entusiasmado comprou dois andares inteiros da MaxHaus da avenida Luis Carlos Berrini, na zona sul de São Paulo”, exemplificou Paim. “São 560 metros quadrados disponíveis para ele criar e se divertir planejando o próprio habitat”.
Paim afirmou que o típico cliente da MaxCap são jovens solteiros e casais recentes sem filhos, de até 40 anos, recém-divorciados ou pessoas que saíram de casa há pouco tempo e desejam viver dentro de um novo conceito de moradia.
Não são necessariamente ricas: ele garantiu que o preço dos imóveis não supera a média do mercado tradicional, apesar do também alto grau de automação dos apartamentos – igualmente modularizada – e do refinado design exclusivo de portas, pias, chuveiros e outros itens, e dos serviços colocados à disposição dos condôminos, como um espaço para o café da manhã e da tarde (o MaxCafé, inspirado no Pret-a-Manger de Londres).
Fonte: MarketingImobi | Uol Casa & Imóveis (Alberto Mawakdiye)
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