terça-feira, 28 de setembro de 2010
ENTREVISTA: VIRGÍNIA DUAILIBE
"Guardem sempre seu sorriso mais contagiante para os clientes"
É com muito bom humor e inteligência que Virgínia Duailibe expõe um pouco sobre sua vida profissional na entrevista abaixo.
Maria Virgínia Leal Ferraira Duailibe é advogada, atua no mercado imibiliário há 14 anos e possui, junto com o marido, a imobiliária Ricardo Duailibe - que leva o nome dele. Atualmente também é presidente da Associação Brasileira de Mercado Imobiliário (ABMI).
Como a senhora define um bom corretor de imóveis? Quais as qualidades que considera importante neste profissional?
Seguramente, o bom corretor de imóveis é aquele profissional que sabe entender a linguagem do cliente, que sabe interpretar suas necessidades e desejos, para que possa oferecer exatamente o que o cliente está buscando. Pode parecer um clichê, mas a maioria dos negócios não vai a bom termo porque o corretor oferece ao cliente opções bem diversas das quais ele procura, por mais absurdo que isso possa parecer.
Portanto, saber ouvir o cliente é fundamental para aqueles que querem se sobressair nessa área.
Outra qualidade imprescindível a um bom corretor é ter absoluto domínio e conhecimento do produto imobiliário que vai negociar. Ele precisa saber informar com precisão todos os dados sobre o negócio pretendido, para que seu cliente possa decidir com segurança.
Aliado a tudo isso e, com igual importância, estão a postura ética e o comprometimento com a lisura do negócio, fundamentais ao bom profissional de todas as áreas.
Por óbvio que amabilidade, gentileza, timing para informações e respostas, bom senso e disposição para atender o cliente, estarão sempre na ordem do dia para todos aqueles que querem ter sucesso em qualquer ramo de atuação. Não importa o que o profissional faça: sua postura e habilidade para atender e negociar é que farão toda a diferença. Por isso, digo sempre em treinamentos a novos corretores ou equipes de venda: guardem sempre seu sorriso mais contagiante para os clientes, pois simpatia e conhecimento abrem portas...
A formação acadêmica é essencial ou o corretor de imóveis consegue ser um excelente profissional sem o curso de graduação específico?
Por determinação legal, para exercer a profissão de corretor de imóveis, há necessidade de se inscrever em um curso de Técnico em Transações Imobiliárias que fornece, findo o curso, o necessário registro no CRECI. Outra possibilidade que habilita para o exercício da profissão é o curso de graduação em Ciências Imobiliárias, presente em diversas universidades do país.
Em ambos os casos, infelizmente ainda encontramos profissionais despreparados para a condução rotineira de negócios imobiliários, o que me parece constituir uma das grandes dificuldades que o setor enfrenta hoje, no que se refere ao bom desempenho dos corretores.
A falta de conhecimento do produto imobiliário, a desinformação sobre normas legais que envolvem as negociações - mesmo aquelas normas mais convencionais e rotineiras - por parte do corretor, acabam por confundir o cliente, prejudicando dessa forma a efetivação do negócio. Inseguro, resta ao cliente buscar a consultoria de outro profissional, capaz de dar a ele a segurança indispensável às negociações imobiliárias.
Dessa forma, em tese, a graduação oferece conhecimento mais amplo ao corretor de imóveis, mas será a própria motivação desse profissional, seu interesse em ampliar seus conhecimentos através de leitura diária específica e em manter-se muitíssimo bem informado acerca de todos os acontecimentos relevantes e significativos do mercado global, que vai torná-lo reconhecido em sua área de atuação e vai fidelizar seus clientes, sem dúvida alguma.
Quando a senhora se formou em Direito, já imaginava que trabalharia no setor imobiliário? A sua formação hoje contribui com o seu dia-a-dia de trabalho?
Nunca imaginei trabalhar no setor imobiliário. Venho de uma família de advogados, pai, tios, enfim, havia uma estrutura pronta para me receber, embora meu sonho de adolescente fosse ser jornalista. Fiz o curso de Direito com dedicação absoluta, e pretendia me dedicar de fato à advocacia, na área cível. Mas, por uma contingência familiar, acabei vindo dirigir a imobiliária que meu marido, que também é advogado, havia constituído em 1982.
A princípio, não senti nenhuma empatia com o cotidiano da Imobiliária e, embora eu tivesse experiência em administração de empresas, havia um grande distanciamento entre minhas aspirações profissionais e a gestão imobiliária, com processos e procedimentos que eu achava tradicionais demais, ultrapassados, como, por exemplo, o acúmulo excessivo de formulários e cadastros. Ou seja, era tudo muito monótono e sem graça.
E foi para tentar mudar esses procedimentos ultrapassados e extremamente burocráticos, e buscando introduzir inovações para obter uma operação mais leve, integrada e com processos simplificados e mais eficientes, que eu acabei me envolvendo completamente com a Imobiliária, deixando de lado a advocacia, como profissão, embora sempre tenha utilizado de todo o conhecimento da legislação e jurisprudência aplicada ao setor imobiliário como base para a minha atuação nessa área.
O Direito também estimula na maioria dos profissionais um espírito combativo, que se reflete na boa e convincente argumentação, dois recursos essenciais aos negociadores. Sendo assim, foi muito proveitosa minha formação em Direito afim de que me sentisse bem posicionada na atividade que escolhi para exercer minha vida profissional, e sou completamente apaixonada pelo que faço, em especial meu trabalho nas áreas de Planejamento e Marketing Imobiliário.
Existe uma expectativa muito grande no setor imobiliário para a Copa do Mundo de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. Mas e para os consumidores internos, para os cidadãos comuns, o que deve mudar? Por exemplo: podemos esperar uma mudança brusca de valores nos imóveis para quem vai comprar a primeira casa, ou um aumento tão grande na oferta que reflita nos valores dos imóveis?
A atual conjuntura do mercado é excepcional. Os números são recordes, as estatísticas são estimulantes e a expectativa é de fato muito grande em relação não só à manutenção desse cenário otimista, como também em relação ao excelente panorama que o segmento imobiliário deve ter à época da Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
Atualmente, vemos o mercado aquecido, com vendas em ritmo crescente, mesmo com preços bem altos nas grandes capitais. Mas não há dúvida de que esses preços não se manteriam nesses patamares não fosse o equilíbrio que há hoje no mercado, cujo fôlego também é dado pela perspectiva de crescimento.
Em São Paulo, segundo dados da EMBRAESP recentemente divulgados, há possibilidade de fechar o ano com alta de 10% nos lançamentos, com volume de vendas estimado para 2010 em cerca de 37 a 38 mil unidades habitacionais. No Rio de Janeiro, já se fala nos novos milionários advindos do aquecimento do mercado, em número muito significativo para a economia como um todo.
Enfim, são dados que já demonstram hoje o que a estabilidade da economia e o aumento do nível de emprego e renda, estimulando o consumo, vão gerar nos próximos anos, com os grandes investimentos já programados e aqueles ainda em curso, para movimentar os setores de habitação, hoteleiro e afins, na época da Copa do Mundo.
A senhora utiliza bastante as redes sociais para fazer comentários, divulgar notícias... De que forma a popularização destas ferramentas - como twitter, blog e portais - mudou a sua rotina de trabalho e os negócios de sua empresa?
Provavelmente, é meu lado “jornalista”, que ficou perdido anos atrás, mas que vez por outra aflora, nesse impulso tão agradável de escrever, de noticiar, de compartilhar informação através de redes sociais, como o Twitter.
Eu vim para o Twitter recentemente, instada por um dos profissionais mais competentes do mercado imobiliário nacional, Ricardo Abreu, que tem uma atuação brilhante e expressiva em Natal, e que é também um grande amigo e parceiro da Associação Brasileira de Mercado Imobiliário - ABMI, da qual faço parte há 12 anos e que atualmente tenho a honra de presidir.
Logo no início, percebi que era de fato um canal extraordinário de relacionamento, e tentei associar o perfil profissional ao pessoal, mas logo compreendi - e aproveito para deixar aqui essa dica para os novos usuários do Twitter - que não é nada produtivo para quem quer ter resultados satisfatórios na área profissional ficar alternando posts de natureza pessoal com informações de mercado, como era meu caso. Não dá pra postar uma notícia sobre gastronomia, intercalada com decisões do COPOM e índices de inflação, fica estranhíssimo...
Então, fiz um perfil pessoal, em que falo dos livros que leio, de viagens que adoro fazer, das coisas que gosto, e do que penso sobre os acontecimentos ao meu redor. Essa é a Virgínia sempre bem humorada, a leitora voraz de livros e pilhas infindáveis de revistas, que adora gatos e pintura digital, extremos como tecnologia e história da arte, além de moda e decoração. Nesse perfil, eu sigo meus amigos queridos e aqueles perfis que acho interessantes, sem me preocupar com nada, a não ser me divertir no pouco tempo livre que tenho, conhecer pessoas inteligentes e interessantes, e isso tudo em tempo real, o que é o mais formidável nas redes de relacionamento.
Não deixa de ser um contraponto para o perfil do Twitter que utilizo na minha rotina profissional, no qual minha preocupação é sempre postar as notícias mais recentes que afetam o mercado imobiliário, mantendo meus “seguidores” sempre bem informados, através de comentários em que procuro não apenas transcrever a notícia e publicar o link, mas também, sempre que os 140 caracteres me permitem, quero dar um pouco mais de leveza e bom humor às notícias, em geral tão sérias e com tantos desdobramentos no dia a dia das pessoas.
Mas é sempre muito gratificante participar de uma rede de relacionamento como o Twitter, qualquer que seja sua motivação, principalmente se for para ampliar uma rede de negócios e contatos.
Fonte: REDIMOB
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