domingo, 24 de julho de 2011

PRÓS E CONTRAS DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os fundos imobiliários vêm crescendo no Brasil e atraindo investidores. Mas será que são um bom negócio? Considerados um produto de investimento relativamente novo – com menos de 20 anos no País – esses fundos podem ser bons diversificadores de carteira e têm a vantagem de os recursos são aplicados em um ativo real, o imóvel, que acaba sendo uma garantia. No entanto, justamente pelo pouco tempo de mercado, ainda precisam de sofisticação.

A principal vantagem dos fundos imobiliários é a oportunidade de investir em imóveis. Para quem não tem capital para adquirir propriedades inteiras, mas acredita que o mercado é promissor, podem ser uma saída.

Outro importante ponto a favor dos fundos imobiliários é o fato de a aplicação ser feita em um ativo real, o empreendimento imobiliário, que além de ser uma garantia, “dá a esperança de uma geração de renda estável,” diz Maximiliano Marques Rodrigues, responsável por fundos estruturados na gestora de recursos Votorantim.

Ainda que as aplicações dos gestores não sejam apenas em empreendimentos prontos, todo o capital é aplicado em negócios de base imobiliária, como por exemplo no desenvolvimento de novos prédios ou então em valores mobiliários ou títulos que tenham como foco ou lastro principal o mercado imobiliário.

Além disso, Rodrigues diz que esta modalidade de investimentos é uma boa opção para diversificação de carteiras. Quem já investe em produtos de renda fixa e renda variável tradicionais, pode alocar uma porcentagem do capital nos fundos imobiliários. Em relação a outros investimentos, têm a vantagem da isenção do imposto de renda para investidores pessoa física. Desde que não tenham 10% ou mais do total de cotas do fundo, não precisam pagar IR sobre os ganhos.

Por outro lado, os fundos imobiliários ainda possuem baixa liquidez, o que acaba sendo uma desvantagem. Apesar de a movimentação ter crescido cerca de 400% ao ano, em média, nos últimos anos, segundo Alexandre Machado, diretor da Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG), a liquidez ainda é pequena quando comparada a de outros ativos.

Outra desvantagem é a falta de compreensão, por parte dos investidores, sobre os valores reais dos ativos. Como vários cotistas não acompanham as avaliações de valores dos empreendimentos – muitas vezes por falta de informações - acabam tomando suas decisões de compra e venda com base apenas no rendimento do fundo. “Eles ignoram o valor de avaliação do ativo lastro do fundo, que é o mais importante,” diz Rodrigues.

Outro ponto negativo dos fundos imobiliários, também em função de ser um mercado relativamente novo, é a falta da participação de investidores institucionais e estrangeiros. “Falta gente para arbitrar no mercado secundário. Falta gente que veja a tendência, discorde e tenha dinheiro para negociar ou a favor.”

Fonte: IG Economia

Nenhum comentário:

Postar um comentário