A casa terá 614 metros quadrados de área construída em três pavimentos. O bairro onde fica localizada vai receber melhorias do poder público e uma universidade planeja instalar seu prédio nas imediações. De acordo com os engenheiros João Vicente de Araújo Lima e Ronaldo Rossi, o projeto arquitetônico terá "padrão médio alto", mas eles alegam que nas ruas do entorno existem "construções de baixo padrão com infraestrutura deficiente, ausência de pavimentação, guias, sarjetas, galerias de águas pluviais, rede de esgoto e iluminação público deficiente".
Fonte: Terra
Caros leitores, Gestores Imobiliários e Corretores de Imóveis: Essa é dificil de digerir!
Façamos uma breve análise, apenas da benfeitoria, com os dados fornecidos na matéria utilizando o Método do Custo de Reprodução. Vejamos:
DADOS OBTIDOS:
- Área construída: 614,00m2
- CUB-MT padrão residencial "médio alto", entendamos como ALTO e adotemos o R1 (Residência Unifamiliar) de junho de 2011 = R$ 1.292,62/m2
- Consideremos aí mais 35% a título dos custos que não incidem no CUB. Como todos os avaliadores sabem, as despesas indiretas que oneram a construção, são classificadas como da ordem de 35% em média (percentual que adotamos) a 65%.
- Como é imóvel a construir ou em construção não há depreciação nem vantagem da coisa feita.
Vamos aos cálculos:
(R$ 614,00m2 x R$ 1.292,62) x 1.35 = R$ 1.071.452,72
Valor apenas da benfeitoria = R$ 1.071.452,72
À título de curiosidade, se considerarmos as obras de urbanização a serem executadas no bairro em questão, incorporado ao perímetro urbano, para efeito de cálculo adote-se um percentual de 12% sobre o valor orçamentário das edificações existentes no bairro. Estas obras correspondem a arruamento, calçamento e meio-fio, calçadas, arborização e praças e/ou parques.
Consideremos também, igual percentual (12%) para as redes de instalações, aí contemplando as redes elétrica, hidráulica, sanitária e águas pluviais.
Assim sendo, o custo com as obras complementares, exclusive a terraplenagem, patrocinadas pelo poder público, pode ser estimado em valores percentuais iguais a 24% sobre o valor orçamentário de cada edificação existente no bairro.
Quanto aos engenheiros João Vicente de Araújo Lima e Ronaldo Rossi que elaboraram o laudo em pauta, de tamanha fragilidade técnica e total falta de isenção, só tenho a recomendar que revejam, ou melhor, que REAVALIEM seus conceitos. Seria hilário, se não fosse trágico!
Para acessar a página do Sinduscon MT clique no link http://www.sindusconmt.org.br/ktml2/files/uploads/CUBjun2011.pdf
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