quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

COM ALTA DEMANDA, FUNDO IMOBILIÁRIO DE AGÊNCIAS DA CAIXA CAPTA R$ 405 MILHÕES EM APENAS 12 DIAS

Os fundos imobiliários entraram de vez no radar dos investidores. Com rendimentos mensais isentos de recolhimento de Imposto de Renda para pessoas físicas, esse tipo de aplicação vem se consolidando como opção preferencial, num momento em que a queda das taxas de juros estimula uma autêntica corrida por maior retorno financeiro.

Se para investidores os fundos são uma alternativa real à procura de ganhos, para as empresas significam a possibilidade de captar recursos para expansão. Conseguir ampliar a rede de atendimento sem a necessidade de recursos próprios tem sido a estratégia utilizada, por exemplo, por alguns bancos de grande porte.

É o caso da Caixa Econômica Federal, que recentemente estruturou o Fundo de Investimento Imobiliário Agências Caixa. O fundo, que tem como objetivo adquirir imóveis que depois serão transformados em agências e locados ao banco, levantou R$ 405 milhões em apenas 12 dias. A previsão inicial era obter R$ 300 milhões.

No entanto, como houve grande demanda, a Caixa utilizou cotas adicionais e suplementares para atender os investidores. Grande parte das cotas foi adquirida por correntistas do banco federal, clientes da Rio Bravo e investidores institucionais. Os aplicadores têm seu rendimento atrelado às receitas de aluguel dos imóveis. A Rio Bravo atuou como coordenadora contratada e instituição administradora do fundo.

O fundo tem consultoria imobiliária da Jones Lang LaSalle. Multidisciplinar, o trabalho envolve profissionais de três áreas da empresa: Representação de Ocupantes; Gestão de Projetos e Desenvolvimento; e Gerenciamento de Propriedades.

A área de Representação de Ocupantes é responsável, entre outras atividades, por encontrar os imóveis adequados para receber as futuras agências da Caixa. “Por se tratar de uma compra pelo banco, além de buscar o local, analisar o negócio e negociar a aquisição, há o grande desafio de conseguir regularizar a documentação dos imóveis”, explica Monica Lee, diretora de Representação de Ocupantes da Jones Lang LaSalle.

Antes de selecionar os imóveis que podem ser adquiridos pelo fundo, é preciso analisar diversos aspectos de cada local. Se o ponto e a localização são bons, se o imóvel tem as dimensões e o zoneamento adequados, por exemplo.

Esse tipo de análise só é possível graças a um trabalho realizado em conjunto com a área de Gestão de Projetos e Desenvolvimento, lembra Sueli Nagata, gerente de Negócios da Jones Lang LaSalle.
“A junção dessas duas áreas, assim como o compartilhamento do plano com a equipe, é fundamental como forma de complementar as tarefas e prestar um serviço de qualidade diferenciada”, observa.

Rodrigo Morais, gerente da área de Gestão de Projetos e Desenvolvimento, acredita que, ao entregar imóveis de qualidade à Caixa, a Jones Lang LaSalle dará uma clara demonstração ao mercado de que tem toda a expertise necessária para se credenciar a prestar o serviço para futuros fundos que possam ser montados.
“Muitos desses fundos devem surgir, pois eles são uma ótima opção não apenas para bancos, mas também para empresas de varejo que tenham planos de expansão e não disponham de capital”, projeta.

Vistoria detalhada
Outro serviço oferecido pela Jones Lang LaSalle no fundo da Caixa envolveu a vistoria de imóveis. Esse trabalho pode ocorrer antes ou depois da locação.

Antes, como forma de conhecer em detalhes as condições de conservação do local e, a partir daí, saber quais investimentos precisam ser feitos para que um inquilino se instale futuramente.

O serviço de vistoria também pode ser contratado após a locação. Nesse caso, o objetivo é acompanhar as condições de conservação e manutenção do estabelecimento.
“Podemos ser contratados por vendedores ou compradores para realizar esse trabalho”, diz Fábio Martins, diretor de Gerenciamento de Propriedades da Jones Lang LaSalle. “Trata-se de um relatório técnico, bastante detalhado, com registros fotográficos do local. O documento pode ser preparado mensalmente, bimestralmente ou trimestralmente.”

A Jones Lang LaSalle atua, ainda, na ponta de consultoria. Nesse tipo de serviço, o objetivo é estudar os imóveis para oferecer projetos de melhoria. “Nessa fase, oferecemos adequações ao projeto que vão de adaptações em elevadores, no sistema de ar-condicionado e saídas, chegando a sugestões que possam tornar a operação mais tranquila, funcional e com redução de custo no futuro”, exemplifica Fábio Martins.

Fonte: http://www.br.vidaimobiliaria.com

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