Os fundos imobiliários entraram de vez
no radar dos investidores. Com rendimentos mensais isentos de
recolhimento de Imposto de Renda para pessoas físicas, esse tipo de
aplicação vem se consolidando como opção preferencial, num momento em
que a queda das taxas de juros estimula uma autêntica corrida por maior
retorno financeiro.
Se para investidores os fundos são uma
alternativa real à procura de ganhos, para as empresas significam a
possibilidade de captar recursos para expansão. Conseguir ampliar a rede
de atendimento sem a necessidade de recursos próprios tem sido a
estratégia utilizada, por exemplo, por alguns bancos de grande porte.
É o caso da Caixa Econômica Federal, que
recentemente estruturou o Fundo de Investimento Imobiliário Agências
Caixa. O fundo, que tem como objetivo adquirir imóveis que depois serão
transformados em agências e locados ao banco, levantou R$ 405 milhões em
apenas 12 dias. A previsão inicial era obter R$ 300 milhões.
No entanto, como houve grande demanda, a
Caixa utilizou cotas adicionais e suplementares para atender os
investidores. Grande parte das cotas foi adquirida por correntistas do
banco federal, clientes da Rio Bravo e investidores institucionais. Os
aplicadores têm seu rendimento atrelado às receitas de aluguel dos
imóveis. A Rio Bravo atuou como coordenadora contratada e instituição
administradora do fundo.
O fundo tem consultoria imobiliária da
Jones Lang LaSalle. Multidisciplinar, o trabalho envolve profissionais
de três áreas da empresa: Representação de Ocupantes; Gestão de Projetos
e Desenvolvimento; e Gerenciamento de Propriedades.
A área de Representação de Ocupantes é
responsável, entre outras atividades, por encontrar os imóveis adequados
para receber as futuras agências da Caixa. “Por se tratar de uma compra
pelo banco, além de buscar o local, analisar o negócio e negociar a
aquisição, há o grande desafio de conseguir regularizar a documentação
dos imóveis”, explica Monica Lee, diretora de Representação de Ocupantes
da Jones Lang LaSalle.
Antes de selecionar os imóveis que podem
ser adquiridos pelo fundo, é preciso analisar diversos aspectos de cada
local. Se o ponto e a localização são bons, se o imóvel tem as
dimensões e o zoneamento adequados, por exemplo.
Esse tipo de análise só é possível
graças a um trabalho realizado em conjunto com a área de Gestão de
Projetos e Desenvolvimento, lembra Sueli Nagata, gerente de Negócios da
Jones Lang LaSalle.
“A junção dessas duas áreas, assim como o
compartilhamento do plano com a equipe, é fundamental como forma de
complementar as tarefas e prestar um serviço de qualidade diferenciada”,
observa.
Rodrigo Morais, gerente da área de
Gestão de Projetos e Desenvolvimento, acredita que, ao entregar imóveis
de qualidade à Caixa, a Jones Lang LaSalle dará uma clara demonstração
ao mercado de que tem toda a expertise necessária para se credenciar a
prestar o serviço para futuros fundos que possam ser montados.
“Muitos desses fundos devem surgir, pois eles são uma ótima opção não apenas para bancos, mas também para empresas de varejo que tenham planos de expansão e não disponham de capital”, projeta.
“Muitos desses fundos devem surgir, pois eles são uma ótima opção não apenas para bancos, mas também para empresas de varejo que tenham planos de expansão e não disponham de capital”, projeta.
Vistoria detalhada
Outro serviço oferecido pela Jones Lang LaSalle no fundo da Caixa envolveu a vistoria de imóveis. Esse trabalho pode ocorrer antes ou depois da locação.
Antes, como forma de conhecer em
detalhes as condições de conservação do local e, a partir daí, saber
quais investimentos precisam ser feitos para que um inquilino se instale
futuramente.
O serviço de vistoria também pode ser
contratado após a locação. Nesse caso, o objetivo é acompanhar as
condições de conservação e manutenção do estabelecimento.
“Podemos ser contratados por vendedores
ou compradores para realizar esse trabalho”, diz Fábio Martins, diretor
de Gerenciamento de Propriedades da Jones Lang LaSalle. “Trata-se de um
relatório técnico, bastante detalhado, com registros fotográficos do
local. O documento pode ser preparado mensalmente, bimestralmente ou
trimestralmente.”
A Jones Lang LaSalle atua, ainda, na
ponta de consultoria. Nesse tipo de serviço, o objetivo é estudar os
imóveis para oferecer projetos de melhoria. “Nessa fase, oferecemos
adequações ao projeto que vão de adaptações em elevadores, no sistema de
ar-condicionado e saídas, chegando a sugestões que possam tornar a
operação mais tranquila, funcional e com redução de custo no futuro”,
exemplifica Fábio Martins.
Fonte: http://www.br.vidaimobiliaria.com
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