terça-feira, 16 de setembro de 2014

BRASIL INVESTE POUCO E MAL, DIZ PRESIDENTE DO TCU



O ministro Augusto Nardes criticou a falta de investimentos do governo brasileiro. Ele participou da abertura do Congresso Internacional do Mercado Imobiliário que está sendo realizado no Centro de Eventos do Ceará.

O Brasil investe pouco em relação ao custo que o Estado tem - próximo dos R$ 550 milhões só na parte da Previdência Social e no ano passado só investiu em torno de 50% do previsto que era de R$ 180 bilhões. “Portanto para manter a estrutura da empresa Brasil o investimento é pequeno e essa é uma das razões para o baixo crescimento”. A avaliação é do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Augusto Nardes, que falou ontem para os corretores de imóveis durante o Congresso Internacional do Mercado Imobiliário (CIMI 2014).

Dentro do tema “Governança Pública Para o Desenvolvimento Nacional Sustentável” o ministro destacou os muitos gargalos que o Brasil enfrenta e que elevam o custo Brasil. Como exemplo citou o setor transporte e os custos para transportar uma tonelada de soja que para os brasileiros é de US$ 90, enquanto que nos Estados Unidos e na Argentina sai por US$ 25.

“Temos que trabalhar para o aperfeiçoamento dos nossos portos, ferrovias e hidrovias. Nardes falou ainda dos problemas de gestão ressaltando que é preciso acabar com a cultura do “jeitinho” e do improviso. “Temos ilhas de governança, de excelência mas no geral não”, comentou, observando que a Receita Federal arrecada bem mas existem grandes problemas de gestão na educação e na saúde. Para o ministro o Estado precisa devolver ao cidadão serviços de qualidade porque hoje eles não são adequados pela alta carga tributária.

Ele também enfatizou a necessidade de crescimento. Para ele, o Brasil precisa crescer entre 4% e 5% para se desenvolver. “Os setores da corretagem precisam desse crescimento para vender e sobreviver”, comentou.

COPA
Sobre a possibilidade de uma “bolha imobiliária” no Brasil, como ocorreu nos Estados Unidos e Espanha, Nardes considera que vai depender do crescimento da economia. Para ele, auditorias preventivas deviam ter sido realizada naqueles países para evitar as crises econômicas que se sucederam aos desequilíbrios.

O ministro também falou sobre o problema nas obras de reforma e ampliação do Aeroporto Pinto Martins que está parada desde maio deste ano. Lembrou que 43% das obras previstas para antes da Copa do Mundo, especialmente as de mobilidade urbana, não ficaram prontas.

“O transporte foi o grande gargalo e se não tivessem ocorridos os feriados não teríamos conseguido atender os turistas que vieram para o evento”, completou, criticando o Regime Diferenciados de Contratação (RDC), instituído pelo governo federal como uma nova modalidade de licitação para agilizar e ampliar a eficiência nas contratações de obras para o mundial. “Não resolver porque empresas que não tinham capacidade de cumprir os contratos”, conclui.

SERVIÇO
Congresso Internacional do Mercado Imobiliário (CIMI 2014), juntamente com a III Convensi e VI Enbraci

Quando: hoje e amanhã

Onde: Centro de Eventos do Ceará

Fonte: O POVO Online

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