segunda-feira, 17 de novembro de 2014

MERCADO IMOBILIÁRIO BAIANO: CONHEÇA AS ESTRATÉGIAS PARA ENCARAR O ANO NOVO


O ano de 2015 promete ser de ajustes no campo econômico com reflexos incertos para os vários segmentos do mercado, inclusive o de imóveis. Na Bahia, representantes do mercado imobiliário, ouvidos pelo CORREIO, esperam que seja um ano de recuperação em função dos últimos resultados: no primeiro semestre de 2014 foram apenas 800 lançamentos de novos empreendimentos. Em 2013, foram 3,3 mil. O déficit habitacional e a oferta do crédito são as esperanças de crescimento para a construção civil.

O vice-presidente da Associação de Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), Marcos Vieira Lima, argumenta que o investimento em imóveis tende a permanecer interessante, mesmo com a economia desfavorável.

“Investir em imóvel pode não ser sinônimo de liquidez como aplicar em uma renda fixa, mas sem dúvida, por ser um bem de raiz, é o investimento mais seguro que se pode ter. Diversificar a carteira de investimento comprando imóvel pode ser uma alternativa para blindar parte do patrimônio pessoal. Nos momentos de crise, o imóvel dá a segurança que o mercado precisa”, explica.

Para superar a crise, ele acredita que as empresas precisam rever suas estratégias. “Lançar empreendimentos menores (com menos unidades), mas com projetos diferenciados e excelente localização, sem dúvida alguma, será a forma de driblar a crise. As incorporadoras terão que encontrar os seus nichos de mercado. O Salão Imobiliário da Bahia foi a prova que os incorporadores precisavam para voltar a ter confiança e voltar a lançar. Com mais de 18 mil pessoas circulando nos dez dias do evento, ficou comprovado que a realização do sonho de adquirir a casa própria está nos objetivos de muitas pessoas”, argumentou.

Marcos Vieira Lima está à frente da MVL Incorporadora, empresa que está concluindo o desenvolvimento de um projeto de alto padrão na Linha Verde, em um dos últimos terrenos de frente para o mar, que deverá ser lançado no início de 2015. “Focamos no nicho de mercado das pessoas que buscam uma segunda residência para fugir do estresse do dia a dia. Nesse empreendimento, estamos criando uma atmosfera aconchegante com a utilização de muita madeira e um paisagismo que valorizará o verde. Nele, as pessoas que buscam qualidade de vida e a prática de esporte encontrarão diversas opções como academia, pista bowl para skate e um apoio náutico para guarda de stand ups e pranchas de surfe”, adianta.

O diretor da Fator Realty, Marco Chompanidis, indica que no segundo semestre de 2014 houve uma maior movimentação do mercado, mesmo que ainda tímida, o que pode ser um presságio de um 2015 mais produtivo.

“Percebe-se a volta dos lançamentos, campanhas publicitárias e emissão de novos alvarás. Isto significa que, em 2015, o ano poderá ser melhor. Acreditamos que em 2015 o país conseguirá ajustar sua economia, manter o controle da inflação e impedir o aumento das taxas de juros, condições indispensáveis para a confiança no mercado imobiliário”, indica.

Para o ano novo, as metas da Fator Realty são acelerar os empreendimentos em construção e, possivelmente, fazer mais dois ou três novos lançamentos entre residenciais e comerciais.

Lançamentos
Rodrigo Dratovsky, diretor-geral da Via Célere no Brasil, acredita que em função dos ajustes econômicos, as empresa terão que se reorganizar nas produções. “Estamos trabalhando para melhorar ainda mais nossos processos e enxugar nossos custos, para conseguirmos ter um produto final mais competitivo. Apesar da incerteza do mercado, o déficit habitacional existe e o crédito ainda é abundante, com isso teremos após essa fase de ajuste, um mercado crescendo novamente e teremos que estar preparados para isso”, destaca.

A Via Célere está em fase final de estudo para lançamento em 2015 de um projeto de 3 e 4 quartos no Cidade Jardim. “Será um projeto inovador, que oferecerá ao comprador maior conforto na área interna e design contemporâneo, algo realmente diferenciado”, antecipa Dratovsky.

Econômicos
O segmento de imóveis econômicos é o que tem mais esperança de um ano novo melhor. A MRV Engenharia, que atua na oferta de empreendimentos populares, por exemplo, acredita que esse segmento vai permanecer aquecido.

O diretor comercial da empresa na regional Nordeste, Yuri A. Chain Ramires, destaca que mesmo com a indústria da construção civil como um todo passando por dificuldades neste ano, a empresa bateu recordes de vendas.

“Isso pode ser explicado porque o público da companhia é um público de primeiro imóvel que compra por necessidade, compra porque precisa sair do aluguel, ou porque vai se casar e quer sair da casa dos pais ou parentes. Acreditamos que em 2015 o mercado do imóvel econômico vá se manter aquecido, uma vez que nesse ano há um grande déficit habitacional no país que concentra-se principalmente nesse público que é atendido pela MRV”, completou.

Outra empresa que acredita na melhoria do cenário para 2015 é a Odebrecht Realizações Imobiliárias. De acordo com o diretor regional da empresa na Bahia, Eduardo Pedreira, há espaço e demanda no mercado. “Atualmente, estamos desenvolvendo o projeto de empreendimento de alto luxo no bairro de Jaguaribe. O condomínio ocupará um terreno de cerca de seis mil metros quadrados e oferecerá unidades de quatro suítes com área média de 230 metros quadrados e vista para o mar. Antes mesmo de lançado, o projeto já tem interessados, em razão dos atributos como qualidade, pontualidade, credibilidade e inovação, que têm marcado a atuação da empresa e contribuído para deixar um legado de empreendimentos seletivos e diferenciados por onde atua. O futuro lançamento contribuirá ainda mais para a valorização da orla de Jaguaribe que está sendo requalificada com vistas ao desenvolvimento sustentável da cidade. Certamente há espaço e demanda, na capital, para projetos bem formatados, desenvolvidos para diferentes nichos de consumidores”, destaca.

Fonte: Jorge Gauthier - CORREIO

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