Depois de bater um novo recorde no ano de 2013, atingindo R$ 134,9 bilhões em contratações, a Caixa Econômica Federal espera dar continuidade ao crescimento do crédito para esta categoria em 2014, quando espera encerrar o ano com crescimento entre 10% e 20%.
Para 2015 as perspectivas ainda são positivas. "Todos os dados e o comportamento do mercado nos dão a confiança de que o crédito continuará crescendo. Sendo o mais conservador possível, no ano de 2015 devemos ter um crescimento em torno de 10%", estima Teotonio Rezende, diretor de habitação da Caixa.
O diretor de habitação comenta sobre um dos maiores temores do mercado: a possível bolha imobiliária. Para ele, não há sinais de que o segmento enfrente este risco, considerando que a situação econômica e social no Brasil se difere do que aconteceu nos Estados Unidos e que pode ser identificado também na Europa. A demanda ainda reprimida por novas moradias no Brasil ainda deve segurar este mercado aquecido nos próximos anos.
Em relação ao preços dos imóveis, ele acredita que o período de maior entusiasmo já passou e os preços devem permanecer mais próximo da estabilidade nos próximos anos. "Ainda temos um grande déficit habitacional no Brasil. Outro ponto é a relação do PIB (Produto Interno Bruto) e o crédito, que mostra que o Brasil ainda tem muito espaço para crescer", afirma.
Rezende compara os indicadores imobiliários do Brasil e dos Estados Unidos para justificar sua opinião. A avaliação do crédito imobiliário, o LTV (Loan-to-Value), do Brasil está em torno de 70% da média nacional, com um montante de financiamentos contratados nessa modalidade representando cerca de 8% do PIB (Produto Interno Bruto). A expectativa é que os financiamentos imobiliários atinjam 10% do PIB até o ano de 2015.
Nos Estados Unidos, em 2007, quase 1/3 dos imóveis novos financiados tinham LTV maior que 90%. Este tipo de financiamento representa em torno de 80% do PIB. "Não há risco de bolha imobiliário no Brasil. No nosso modelo de financiamento normalmente a pessoa vai para o prazo máximo de financiamento e acaba quitando o imóvel em um tempo muito menor", completa.
Fonte: msnDinheiro
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