terça-feira, 18 de março de 2014

SALVADOR: OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL FAZEM MANIFESTAÇÃO

Manifestação reuniu cerca de 4 mil operários na Pinto de Aguiar (Foto: Mauro Akin Nassor)

Os operários da da construção civil voltaram a ser reunir na manhã desta terça-feira (18) na praça Marconis, próximo ao Correio central, na Pituba. Cerca de 1000 pessoas saíram em caminhada pelo Caminho das Árvores. Eles pedem reajuste salarial de 14%, cesta básica e contrato de experiência de 30 dias para a categoria.

Na manhã de segunda (17), o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracon) reuniu cerca de 4 mil operários na avenida Pinto de Aguiar. A avenida ficou instrasitável das 8h até depois das 10h.

Segundo o vice-presidente do Sintracom, José Ribeiro, o impasse começou porque os empresários oferecem apenas 3% de reajuste e ainda não avançaram nos outros pontos. “Os empresários estão retirando direitos históricos conquistados pela classe. Já dialogamos muito, mas sem avanço. Nosso limite é o dia 24 de março. Após essa data, estamos discutindo uma greve”, afirmou José.

Apesar da sinalização de greve, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon), Carlos Henrique Passos, diz estranhar a situação. Ele afirma que as reuniões com os trabalhadores são realizadas desde dezembro, mas as negociações não avançam porque, diz Passos, os operários pedem um reajuste incompatível com a situação do mercado imobiliário baiano.

“Inicialmente, o Sintracom nos propôs o aumento de 20%, agora diminuíram para 14%, mas não temos condição. Hoje, o mercado enfrenta uma forte insegurança jurídica. Estamos impedidos até de lançar novos empreendimentos”, disse Passos, citando a derrubada na Justiça da Lei do Uso do Solo e do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano.

Excertos do texto do Jornal CORREIO

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