quinta-feira, 20 de setembro de 2018

IGMI-R AGOSTO 2018


O IGMI-R/ABECIP registrou ligeira elevação (0,04%) em agosto, retornando à trajetória interrompida pela pequena queda observada no mês anterior. Com isso, a variação acumulada em 12 meses dos preços dos imóveis residenciais no Brasil continuou sua lenta tendência de recuperação nominal, registrando elevação de 0,43% ante aos 0,30% observados em julho. Esta tendência aparece claramente no índice para o Brasil e para as nove capitais, comparando-se a variação acumulada de janeiro a agosto de 2018 sobre 2017, contra a de 2017 sobre 2016, como pode ser visto na tabela abaixo.

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Enquanto no agregado para o Brasil, assim como para as nove capitais, os primeiros oito meses de 2017 apresentavam variações negativas quando comparados aos oito primeiros meses de 2016, na comparação envolvendo os mesmos períodos de 2018 contra 2017 a maioria das capitais passou a apresentar variações positivas, ou com menores montantes de queda. O destaque positivo fica por conta de São Paulo, cuja variação dos preços dos imóveis residenciais passou de -1,59% no período de janeiro a agosto de 2017 sobre o mesmo período do ano anterior, para 1,01% comparando-se o acumulado ao longo dos mesmos meses de 2018 contra 2017. Do outro lado, sempre na mesma base de comparação, o Rio de Janeiro ainda apresenta uma queda de -3,21% em 2018 contra 2017, ainda que inferior ao montante da queda de 2017 contra 2016 (-4,10%). Fortaleza foi a única das capitais onde observou-se uma aceleração do ritmo de queda na mesma base de comparação, apesar do montante ser relativamente pequeno (-0,28%).

Em termos da variação de agosto contra julho, apenas o Rio de Janeiro e Porto Alegre tiveram quedas nos preços dos imóveis residenciais, ainda que o montante destas quedas possa ser melhor interpretado como praticamente uma estabilidade dos preços nominais. A partir de outra perspectiva, das variações acumuladas em 12 meses, todas as capitais menos Recife e Fortaleza tiveram resultados melhores, com destaque para Belo Horizonte, que passou dos -0,12% em julho para +0,11% em agosto. Apesar do desempenho negativo na variação mensal em agosto, o Rio de Janeiro continuou na tendência de desaceleração do ritmo de queda nesta perspectiva do acumulado em 12 meses.

A retomada mais vigorosa das variações dos preços dos imóveis residenciais no Brasil ainda depende de condições cuja probabilidade é relativamente pequena nos próximos meses. Notadamente, as incertezas internas ligadas ao cenário eleitoral e à política fiscal, e externas decorrentes de um cenário mundial menos favorável, têm impactado negativamente as decisões de investimentos no país. Neste cenário, a trajetória mais provável para os preços dos imóveis residenciais até o final do ano continua sendo a de uma lenta convergência rumo à estabilização dos valores nominais.

Fonte: ABECIP

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